quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DEUS E O DIVÓRCIO

O divórcio é uma ofensa grave à lei natural. O cônjuge recasado passa a encontrar-se em situação de adultério público e permanente.


2385 O caracter imoral do divórcio advém-lhe também da desordem que introduz na célula familiar a na sociedade. Esta desordem acarreta graves danos: para o cônjuge que fica abandonado; para os filhos, traumatizados pela separação dos pais, e muitas vezes em desavença entre si; e pelo seu efeito de contágio, que faz dele uma verdadeira praga social.

2386 Pode acontecer que um dos cônjuges seja a vítima inocente do divórcio decidido pela lei civil; neste caso ele não vila o preceito moral. Existe uma diferença considerável entre o cônjuge que se esforçou sinceramente por ser fiel ao sacramento do Matrimónio e se vê injustamente abandonado, e aquele que, por uma falta grave de sua parte, destrói um casamento canonicamente válido.

(Catecismo da Igreja Católica)


Comentário:

- "Cada divórcio é um tragédia para as pessoas envolvidas, e geralmente não se sai dele sem enormes sofrimentos. Quando os casais têm filhos, são eles as vítimas da maior ofensa, pois são não só privados do amor e da solicitude recíproco entre os pais, aos quais eles têm direito, mas com frequência são empobrecidos e, às vezes, até mesmo se tornam instrumento das hostilidades entre os pais. Por vezes, ao procurarem reconstruir a própria vida, muitas pessoas divorciadas procuram a felicidade numa nova relação e contraem um matrimónio civil."

- "Devemos exprimir a nossa fé no sacramento do matrimónio: união definitiva de um homem e de uma mulher baptizados em Cristo; união ordenada ao acolhimento e à educação dos filhos (cf. Gaudium et spes, 48).

Constatamos que o Sacramento do matrimónio é uma riqueza para o próprio casal, para a sociedade e para a Igreja. Ele comporta um amadurecimento sob o sinal da esperança para aqueles que desejam fortalecer o seu amor na estabilidade e fidelidade, com a ajuda de Deus que abençoa a união deles. Essa realidade redunda em benefício de todos os outros casais.

Em muitos países, os divórcios tornaram-se uma verdadeira 'praga' social.

Estes 'insucessos' são uma fonte de sofrimento quer para os homens de hoje, quer sobretudo para aqueles que vêem desvanecer o projecto do seu amor conjugal.

A Igreja Católica é mais do que nunca sensível ao sofrimento dos seus membros: ela assim como se alegra com os que vivem na alegria, de igual modo chora com aqueles que choram (cf. Rm 12, 15).

'Estes homens e estas mulheres saibam que a Igreja os ama, não está longe deles e sofre pela situação. Os divorciados novamente casados são e permanecem seus membros, porque receberam o baptismo e conservam a fé cristã'.

Os padres, portanto, cuidem daqueles que sofrem com a consequência do divórcio, sobretudo dos filhos; preocupem-se com todos e, sempre em harmonia com a verdade do matrimónio e da família, procurem aliviar a ferida infligida ao sinal da aliança de Cristo com a Igreja.

- Quando o casal em situação irregular volta à prática cristã, é necessário acolhê-lo com caridade e benevolência, ajudando-o a esclarecer o estado concreto da sua condição, através dum trabalho pastoral iluminado e iluminante. Esta pastoral de acolhimento fraterno e evangélico, para aqueles que tinham perdido o contacto com a Igreja, é de grande importância: é o primeiro passo imprescindível para os inserir na prática cristã. É preciso aproximá-los da escuta da palavra de Deus e da oração, inseri-los nas obras de caridade que a comunidade cristã realiza em favor dos pobres e necessitados, e estimular neles o espirito de arrependimento, com obras de penitência que preparem os seus corações para acolher a graça de Deus.

Um capítulo muito importante é o que se refere à formação humana e cristã dos filhos da nova união. Torná-los partícipes de todo o conteúdo da sabedoria do Evangelho, segundo o ensinamento da Igreja Católica, é uma obra que prepara maravilhosamente os corações dos pais para receber a força e a clareza necessárias superarem as dificuldades reais, que existem no seu caminho, e para readquirirem a plena transparência do mistério de Cristo, que o matrimónio cristão significa e realiza."

(João Paulo II - L'Osservatore Romano de 01-02-97)


Resumo:

2400 O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do casamento.

Como é necessário para os filhos que os pais vivam unidos! A tragédia começa no processo do divórcio, da disputa pela guarda dos filhos. Depois a competição que é tão frequente, entre os pais para disputar o amor dos filhos. As marcas são inevitáveis.

"Ama-se verdadeiramente e até ao fundo, só quando se ama para sempre, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Os próprios filhos não têm uma necessidade extrema da união indissolúvel dos próprios pais, e não são talvez eles mesmos, muitas vezes, as primeiras vítimas do drama do divórcio?"

- Lembre-se que o sacramento do Matrimónio é o único sacramento em que quem celebra o casamento são os próprios noivos. O sacerdote é apenas uma testemunha que abençoa o casamento em nome de Deus.

- O casamento civil, os noivos podem casar o numero de vezes que quizerem e divorciarem-se as vezes que quizerem, mas essa é a lei dos homens, mas o casamento cristão, é a Lei de Deus e uma vez consumado por ambos os noivos é até á morte, nada os separará aos olhos de Deus e serão sempre casados até morrerem.

- O cônjuje que provocar a separação, está em pecado muito grave, e o seu único perdão é a reconciliação com o seu par.

- "Não separe o homem, aquilo que Deus uniu".

Hélder Gonçalves

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