domingo, 15 de julho de 2012

CRUZ BIZANTINA GREGA

De entre todas as cruzes próprias da arte bizantina, esta cruz teve uma ampla difusão. De quatro braços iguais e elaborada com metais preciosos, aparece em numerosos objectos litúrgicos, tais como candelabros, incensários, lâmpadas, cálices e sacrários, símbolos do esplendor da arte bizantina, assim como em mitras episcopais e coroas imperiais.

Podemos comtemplar exemplares da Cruz Bizantina Grega em diversos mosteiros do Monte Athos (Grécia), assim como nos principais museus de arte bizantina.

Em alguns desses exemplares, a cruz é constituída por metal nobre; noutras, aparece ornamentada com pedras preciosas. Contudo, em qualquer dos casos, é sempre a representação da Cruz de Cristo.

Tal como as suas congéneres, a cruz simboliza a integração do espaço e do tempo, pois retém e por vezes destrói o movimento. Por isso, a cruz é a antítese da serpente ou do dragão, que expressam o dinamismo primordial anárquico anterior ao cosmos.

Por isso existe uma estreita relação entre a cruz e a espada, pois ambas lutam contra o monstro primordial. Se tomarmos apenas como referência os braços da cruz, poderemos falar de símbolos de interpenetração de âmbitos opostos. Antes de mais, do céu e da terra, mas também do tempo e do espaço.

Na arquitectura, sobretudo em construções religiosas, a ordenação em forma de cruz tem, frequentemente, um papel importante, e não somente do ponto de vista prático. Assim, por exemplo, a cruz grega determina a planta de muitas igrejas bizantinas e sírias.

HÉLDER GONÇALVES

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