domingo, 29 de julho de 2012

CRUZ DE BORGONHA

A instituição da Cruz de Borgonha deve-se a Filipe I, o Belo (Bruges, 1478-Burgos, 1506), soberano dos Países Baixos entre 1482 até ao fim da sua vida e rei de Castela durante os dois anos que antecederam a sua morte.

Era filho de Maximiliano da Áustria e de Maria de Borgonha, desposou Joana, a Louca, filha dos Reis Católicos, de quem teve como filhos Carlos V e Fernando I.

Foi durante o seu efémero matrimónio com a Rainha Joana, que Filipe I introduziu o símbolo distintivo da Casa da sua mãe no escudo da Coroa espanhola.

Trata-se de uma cruz em forma de X, formada por dois troncos de árvores desprovidos de folhas.

Utilizada desde o início do século XVI até praticamente o ano de 1931, a partir de 1971 passou a estar representada no estandarte do príncipe das Astúrias e desde 1975 no do rei Juan Carlos.

É, contudo, importante, a relação que o nosso país teve com a Casa de Borgonha.

A esta linhagem pertencia o conde D. Henrique, pai de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

Na Borgonha ficava o Mosteiro de Cluny, que no século XI se tornou um foco irradiante de renovação cristã, de que também beneficiou a nação portuguesa.

A Cruz de Borgonha é muito semelhante á Cruz de Santo André, um dos apóstolos de Cristo que foi crucificado numa cruz em forma de X.

Para lembrar o sofrimento deste santo, a Cruz de Borgonha geralmente é representada pelas cores vermelha ou carmesim.

HÉLDER GONÇALVES

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