sábado, 26 de outubro de 2013

Escola de Ministérios - Formador de Acólitos


Novos Formadores da Diocese

Realizou-se hoje de manhã no Instituto Católico de Teologia e Ciências Humanas de Viana do Castelo a entrega dos Certificados de Aproveitamento, por sua Eminência Dom Anacleto de Oliveira, Bispo da Diocese de Viana do Castelo, aos alunos que concluíram com êxito o Curso de Ministérios, durante o ano lectivo de 2012/2013.
Estes alunos foram formados para serem os formadores nas respectivas paróquias a que pertencem, na área de acólitos e de leitores.

HÉLDER GONÇALVES

domingo, 20 de outubro de 2013

São Vicente de Paulo

São Vicente de Paulo fundador dos Lazaristas e das Irmãs da Caridade, é um dos grandes santos franceses. 
Nasceu em 1580 em Ranquine, Gasconha, França. 

Após estudar com os franciscanos em Dax, ele foi ordenado em 1600 e foi para a Universidade de Toulouse. Cinco anos mais tarde ele estava a viajar de barco quando o mesmo foi capturado por piratas e foi preso como escravo.

Após dois anos na escravidão ele escapou chegando a Roma e depois alcançou Paris. Ali ele ficou sob a direcção influência do Cardeal Pierre de Berulle.

Vicente dedicou-se completamente á caridade e distinguiu-se na paróquia de Clichy. Ele fundou confrarias de homens e mulheres que ajudavam os pobres e grande número de doentes. 

Essencial para os seus esforços era a doação feita pelos ricos nobres que tornavam possível a fundação de hospitais e orfanatos. Em 1625 Vicente fundou a Confraria das Missões, chamada de Lazaristas ou Vicentinos, uma sociedade de padres com preparação para pregar junto dos pobres. 

Em 1633 com Santa Luiza de Marilac (festa 28 de Abril)  ele fundou a Ordem das Irmãs da Caridade, a primeira congregação de freiras que podia cuidar de pobres e doentes fora do convento. 

Durante a sua vida, os Lazaristas aumentaram muito em número e espalharam-se pelo mundo inteiro. 

Em 1643 Vicente foi nomeado para o conselho do "Consciente da Rainha Ana da Áustria", regente do Rei Luíz XIV e ele foi responsável para organizar uma trégua durante a guerra de Fronde que varreu a França de 1648 a 1653. 

Após longos anos de serviços aos pobres Vicente ficou a ser a consciência do reino, mas ele tinha a oposição dos ricos, que facilmente se esqueciam dos pobres. 

Ele morreu em Paris a 27 de Setembro de 1660 e foi canonizado pelo papa Clemente VII em 1737. 

Corpo incorrupto, até hoje.

A Sua festa é celebrada no dia 27 de Setembro.

HÉLDER GONÇALVES

sábado, 19 de outubro de 2013

Grande Felicidade

Era uma vez um homem triste. Parecia-lhe que a sua vida não valia nada. Era casado e tinha filhos. Trabalhava para manter a família, mas tudo o que ganhava era quase insuficiente. Os filhos cresciam, ele fartava-se de trabalhar e sentia-se a envelhecer. Não havia remédio, para a sua vida, pensava: depois de uma preocupação vinha outra, cansava-se para nada, tudo decorria como sempre. Bem procurava animar-se com o dia-a-dia da vida familiar e profissional  mas o cansaço levava-o a refugiar-se cada vez mais em si e acabava sempre imerso nos pensamentos sem esperança e preocupações estéreis.

Ao observar os pescadores no mar, pensou que a sua vida lhe parecia como uma rede lançada ao mar que quando era recolhida vinha sempre vazia.

Certa noite não conseguia dormir. O desânimo era grande e a angústia de uma vida sem sentido começou a tomar conta do seu pensamento. Olhou à sua volta e quase desesperado pegou no Evangelho, que há muito tempo já não lia, que a esposa tinha na mesinha de cabeceira  e abriu-o ao calhas. Os seus olhos começaram a ler: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes». Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixes» (Lc 5,5)

Pareceu-lhe compreender a sua vida. As redes estão vazias ou cheias dependendo se as lançamos em nome de Deus ou não. E pela primeira vez já não sabia há quantos anos sentiu uma grande felicidade. Quanto mais à frente depois leu «Não temais!», a sua felicidade transformou-se em pranto de felicidade. Tinha compreendido que cada Homem é chamado a reconhecer na sua própria condição a vontade de Deus e que a vida só tem valor se for vivida na confiança em Deus.

A partir daquele dia não saía de casa sem dizer a si mesmo: «Quem tem um "porquê" na vida, consegue sempre superar as próprias incertezas»...

Em certos momentos da vida, a fé devolve-nos a razão do nosso viver. Apercebemo-nos de que o nosso quotidiano necessita de oração e reflexão para fazer sentido. Descobrimos que nos momentos tristes, assim como nos dias felizes, Deus é sempre a nossa bússola.

Se somos os débeis que Deus fortalece, os inquietos que Deus aclama, os avarentos que Deus liberta dos bens, os vingativos a quem Deus ensina o perdão... então temos e vivemos uma mensagem credível e uma salvação que é possível comunicar e testemunhar aos outros.

Toda a vida é uma vocação e cada vocação está ligada a uma missão. Deus sempre chamou e continua a chamar colaboradores para a historia da salvação.

HÉLDER GONÇALVES

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Catequese e Fé

Relação entre a Fé e a Catequese

Vejamos rapidamente qual é a ligação entre estes dois conceitos com que lidamos habitualmente: fé e catequese.



1. A catequese parte da fé inicial

A catequese “visa o duplo objectivo de fazer amadurecer a fé inicial e de educar o verdadeiro discípulo de Cristo” (CT, 19). Esta afirmação de João Paulo II (que contém a reflexão do Sínodo de 1977) pressupões que a catequese é o momento evangelizador que começa depois da conversão inicial. A partir da conversão inicial de uma pessoa ao Senhor, suscitada pelo Espírito Santo, mediante o primeiro anúncio, a catequese propõe-se dar um fundamento e fazer amadurecer esta primeira adesão (cf DGC, nº 80).

Essa é a sequência normal da evangelização, mas que hoje, muitas vezes, não se verifica com esta clareza. Na verdade, acontece muitas vezes chegarem á catequese crianças ou adolescentes que não tiveram o chamado despertar religioso, que poderia ser considerado uma forma aproximada de primeiro anúncio.

Nestes casos, terá a catequese de ser missionária, isto é, encontrar forma de fazer o primeiro anúncio (“Deus ama-te em Jesus Cristo”) e de suscitar uma primeira adesão.

Só na base dessa conversão inicial, é que a catequese terá alguma consistência.

Assim conclui o Directório Geral: “O primeiro anúncio é dirigido aos não crentes e àqueles que vivem de facto na indiferença religiosa. Ele tem a função de anunciar o Evangelho e de chamar à conversão. A catequese, ‘distinta do primeiro anúncio do Evangelho’, promove e faz amadurecer esta conversão inicial, educando a fé do convertido e inserindo-o na comunidade cristã. A relação entre estas duas formas do ministério da Palavra é, portanto, uma relação de distinção na complementaridade” (DGC, nº 61).


2. A catequese está ao serviço da fé adulta

“A catequese é a forma específica do ministério da Palavra que faz amadurecer a conversão inicial, até fazer dela uma confissão de fé viva, explícita e operante: ‘A catequese tem a sua origem na confissão de fé e leva à confissão de fé’” (DGC, nº 82; cf CT n º 20).  

A confissão de fé viva, capaz de dar um testemunho feliz e coerente do Evangelho, é a grande meta da catequese e de todas as actividades que lhe estão ligadas.  Trata-se de um outra forma de dizermos o grande objectivo da catequese: a comunhão com Jesus Cristo. A fé cristã é, antes de mais, conversão a Jesus Cristo, adesão plena e sincera à sua pessoa e a decisão de caminhar no seu seguimento. A fé é um encontro pessoal com Jesus Cristo, é fazer-se seu discípulo. Isto exige o compromisso permanente de pensar como Ele, de julgar como Ele e viver como Ele viveu. Assim o crente une-se à comunidade dos discípulos e faz sua a fé da Igreja.

A partir dessa conversão inicial, a catequese propõe-se fundamentar e amadurecer esse encontro com Jesus Cristo até que chega a ser comunhão.

Como diziam os bispos Portugueses, já em 1984, a finalidade específica da catequese é “desenvolver a fé inicial, levá-la à maturidade” (Renovação da Igreja em Portugal, nº 26).


3. Fé e catequese estão em interação (Consequências):

- Devemos ser capazes de verificar a etapa de fé em que cada um se encontra na sua caminhada pessoal;

- Nos casos em que não tenha havido um primeiro sim de fé, a catequese deve ser capaz de fazer um verdadeiro primeiro anúncio desenvolvendo o seu carácter missionário) e de “ler” a primeira adesão a Jesus Cristo;

- Devemos ter em conta que a fé só é verdadeira se se viver em todas as suas dimensões: fé professada, fé celebrada, fé orada e fé vivida;

- A catequese há-de ter em conta uma constante integração na comunidade cristã, pois o “creio” está ligado ao “cremos”;

- Umas das melhores formas de integração na comunidade verifica-se pela descoberta e participação viva na Eucaristia de Domingo.

- A catequese é o serviço que introduz os catecúmenos e os catequizandos na unidade da confissão de fé (cf DGC, nº 106).

HÉLDER GONÇALVES

domingo, 6 de outubro de 2013

Cores Litúrgicas

Quando vamos à igreja, notamos que o altar, o sacrário, o ambão, e até mesmo a estola e a casula usadas pelo sacerdote, combinam todos com uma mesma cor.

Percebemos também que, a cada semana que passa, essa cor pode permanecer a mesma ou variar. Se acontecer de no mesmo dia irmos a duas igrejas diferentes, comprovaremos que ambas usam a mesma cor, com excepção, é claro, da igreja que celebra o seu padroeiro. Na verdade, a cor usada um certo dia é válida para a Igreja em todo o mundo, que obedece a um mesmo calendário litúrgico. Conforme a missa do dia, indicada pelo calendário, fica estabelecida uma determinada cor.

Estas diferentes cores possuem algum significado para a Igreja: elas visam manifestar externamente o carácter dos Mistérios celebrados e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do Ano Litúrgico. Manifesta também, de maneira admirável, a unidade da Igreja.

No início havia uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas cores litúrgicas. Estas só foram fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo, devido ao seu alto valor teológico e explicativo, os cristãos do mundo inteiro aderiram a esse costume, que tomou assim, carácter universal. As cores litúrgicas são seis, como veremos a seguir.


BRANCO:  O branco é usado nos Ofícios e Missas do Tempo Pascal e do Natal do Senhor, bem como nas suas festas e memórias, excepto as da Paixão; nas festas e memórias da Bem-aventurança Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não Mártires, na festa de Todos os Santos (1 de Novembro), na Natividade de São João Baptista (24 de Junho), na festa de São João Evangelista (27 de Dezembro), da Cátedra de São Pedro (22 de Fevereiro) e da Conversão de São Paulo (25 de Janeiro). O branco é símbolo da luz, tipificando a inocência e a pureza, a alegria e a glória.


VERMELHO:  O vermelho é usado no Domingo de ramos e na Sexta-feira Santa; no domingo de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos e Evangelistas (com excepção de São João), e nas celebrações dos Santos Mártires. Simboliza as línguas de fogo em Pentecostes e o sangue derramado por Cristo e pelos mártires, além de indicar a caridade inflamante.


VERDE: O verde se usa nos Ofícios e Missas do Tempo Comum. Simboliza a cor das plantas e árvores, prenunciando a esperança da vida eterna.


ROXO:  O roxo é usado no tempo do Advento e da Quaresma. Pode também ser usado nos Ofícios e Missas pelos mortos. Significa penitência, aflição e melancolia.


PRETO:  O preto pode ser usado, onde for o costume, nas Missas pelos mortos. Denota um símbolo de luto, significando a tristeza da morte e a escuridão do sepulcro. Ao contrário do que pensam muitos clérigos e leigos, a cor preta não foi abolida nem pela IGMR anterior nem pelo actual  Segue sendo uma opção para a missa pelos mortos, onde for costume utilizá-la. No Brasil, contudo, o uso do preto nas celebrações pelos fiéis defuntos foi, na prática, abolido, havendo sido substituído pelo uso do roxo, uso este facultado pela própria IGMR. Isto não constitui óbice, contudo, para que um clérigo venha a utilizar paramentos negros.


ROSA:  O rosa pode ser usado nos domingos Gaudete (III do Advento) e Lætare (IV da Quaresma), ocasiões em que também poderá ser utilizado o roxo.

HÉLDER GONÇALVES

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