quarta-feira, 2 de julho de 2014

Porque sou cristão?

Hoje em dia sente-se nos cristãos um certo cansaço, uma fadiga, um desânimo, uma certa frustração e desilusão pela prática religiosa, em especial nos jovens que não se sentem nada atraídos para a Igreja Católica.

Porquê? Perguntamos

Se calhar existem muitas respostas e muitas razões.
Em muita gente ficou a ideia da prática religiosa como uma tradição, um costume social, como quem cumpre uma lei externa para não pecar, em vez de se ter procurado dar formação às pessoas para elas perceberem que a prática religiosa devia ser entendida como uma necessidade que vem de dentro, como um verdadeiro encontro com Deus dentro e fora de nós, um encontro vivido em comunidade.

Ora, como se perdeu a noção de pecado, foi fácil deixar de ir à missa, deixar de se confessar, deixar de comungar, pois perdeu-se a motivação interior baseada na amizade a Deus, na necessidade de fazer da prática religiosa um encontro de corações e de dois amores: Deus e Eu…

O que é que estará mal na prática religiosa para muita gente se sentir mal disposta, triste, desiludida, contrariada, julgando que ir à igreja é perder tempo, rezar é perder tempo e que nada se lucra em ir a esse lugar sagrado rezar e praticar a religião.

O mal está na forma como se encara a prática religiosa: quem entende que se trata apenas de cumprir uma lei, um preceito, uma obrigação, vem contrariado à igreja, pois ninguém gosta de ser obrigado a fazer as coisas.
Ir à igreja praticar a religião porque se é obrigado, cansa, não dá alegria e até revolta algumas pessoas.

Acontece, por exemplo com os filhos que enquanto pequenos e solteiros são “obrigados” pelos pais a frequentar a igreja e a praticar a religião.
Quando se tornam mais independentes (vão para a universidade, emigram, casam, etc) deixam de ir.
Isso porque lhes faltava a motivação interior da fé baseada no amor íntimo a Deus e a Jesus Cristo e só iam pela pressão exterior dos pais.


PORQUE SOU CRISTÃO?

Uma das grandes falhas é que muitos católicos não se interrogam, não fazem perguntas, não reflectem acerca da sua vida e identidade cristã.
Por isso, faz bem a cada crente interrogar-se a si mesmo e fazer uma reflexão séria acerca da sua vida cristã:

“Quem é Deus para mim?
Que valor e importância tem Deus para mim?
Que ideia tenho eu de Deus?
Que significa ser baptizado na Igreja Católica?
Para que serve a minha fé no Deus de Jesus Cristo?
Porque é que eu rezo?
Porque é que eu vou à igreja praticar a religião?
Porque é que eu sou cristão?

Alguma vez já fiz da minha fé, um SIM, uma opção consciente e responsável por Jesus Cristo e pelo seu evangelho?

Sou cristão convicto, que procura ler, esclarecer e formar-se na fé cristã, ou limito-me a ser um cristão católico por rotina, por tradição? ”.

Por outras palavras: é preciso parar, fazer silêncio, meditar, pensar na minha forma de ser cristão católico.

Alguma vez, meu irmão e minha irmã, tu paraste para pensar nestas ou noutras perguntas semelhantes?

Alguma vez pensaste para ti mesmo(a): “porque é que eu sou cristão? Porque é que eu acredito em Deus, no Deus de Jesus Cristo?”.

Pensar pode ajudar a enraizar a verdadeira fé cristã, torná-la mais profunda, mais esclarecida.

Isso implica também ler livros de formação cristã, ler a Bíblia, ouvir homilias, reflexões, conferências, encontros de formação cristã, dialogar com pessoas que sabem um pouco mais do que nós, etc.

Sem um esclarecimento adequado as inteligências, não pode haver fé adulta, nem comportamento comandado por uma consciência e coerência cristã.
Importância da Palavra de Deus, da Oração e dos Sacramentos.

É a Palavra de Deus que converte e leva a viver uma vida de forma cristã.
Vemos muitos católicos cuja fé é ainda bastante infantil, ainda não atingiu a fé adulta, consciente, fé sólida, bem formada, comprometida, responsável, coerente no dia a dia.

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