quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Formação do Tempo do Advento

O Tempo do Advento só se encontra nos livros litúrgicos ocidentais. Nenhuma família litúrgica oriental o possui. Porém, na liturgia romana, é por ele que começa o Missal, o Leccionário e a Liturgia das Horas.

As suas origens encontram-se na Gália e na Espanha, e remontam ao século IV. Mas ainda se lhe não chamava então Advento.

Na Gália, por volta do de 360, Santo Hilário, Bispo de Poitiers, referia-se a um período de preparação de três semanas para a Epifania, com início no dia 17 de Dezembro e termo no dia 6 de Janeiro.

Em Espanha, no ano 380, o Concilio de Saragoça determinava: "ninguém deve faltar à igreja nas três semanas que precedem a Epifania".

Por que razão falam esses dois testemunhos de Epifania e não de Natal? Porque ainda não se celebrava o Natal, festa que viria a nascer em Roma só por volta do ano 375, e demorou alguns anos a ser acolhida por todas as Igrejas do Ocidente.

Como instituição litúrgica, o Tempo do Advento só se formou nos finais do século VI. Consistia então em seis semanas de preparação para o Natal. Foi São Gregório Magno (590-604) que o reduziu a quatro semanas, duração que ainda mantém.

Hoje, quando o Advento começa, sente-se que estão próximas as festas com que os cristãos celebram, todos os anos, o nascimento de Jesus.


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