segunda-feira, 9 de maio de 2016

Maria Mãe da Misericórdia

Existe uma íntima relação entre Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, o mistério da misericórdia divina e a prática da misericórdia.

Maria está desde a sua concepção envolta na misericórdia infinita do Pai, pelo Filho e no Espírito (preservada do pecado e do demónio), ao mesmo tempo em que o seu agir – antes e depois da sua Assunção – está assinalado pelo amor efectivo aos seres humanos (especialmente pelos pecadores e sofredores).

Oficialmente a Igreja Católica aprovou a 15.08.1986 o formulário da Missa Votiva “Santa Maria, Rainha e Mãe de Misericórdia”, importante marco para a história de sua veneração – sem nos esquecermos que a 30.11.1980 o Papa João Paulo II destacara na sua Encíclica Dives in misericórdia que Maria é a “pessoa que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina” (n.9). Anos depois o Catecismo da Igreja Católica (1997) dirá que ao rezar na Ave Maria: “rogai por nós, pecadores”, estamos a recorrer à “Mãe da Misericórdia” (n.2677).

A invocação “Salve, Rainha de misericórdia” se encontra pela primeira vez com o Bispo Adhémar, de Le Puy (+1098); destaca a qualidade do olhar materno de Maria: “esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei”, e conclui com o sentido desta sua misericórdia: “ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria”.

Já o titulo “Mãe de Misericórdia” se crê que foi dado pela primeira vez a Maria por Santo Odão (+942), abade de Cluny. “Ego sum Matermisericordiae” (Eu sou a Mãe de Misericórdia), Maria lhe teria dito em sonho.

No mundo oriental podemos encontrar testemunhos ainda mais antigos. O padre oriental da Tiago de Sarug (+511), aplicou a Maria explicitamente o título de “Mãe de misericórdia” (Sermo de transitu), o que é por muitos considerado como sua primeira atribuição em absoluto. 

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