terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Mensagem do Papa Francisco Quaresma 2017

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2017

Queridos irmãos e irmãs:

A Quaresma é um novo começo, uma estrada que leva a um destino seguro: a Páscoa de Ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte. E este tempo não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão: o cristão é chamado a voltar para Deus «de todo o coração» (Jl 2, 12), não se contentando com uma vida medíocre, mas crescendo na amizade do Senhor. Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona, pois, mesmo quando pecamos, espera pacientemente pelo nosso regresso a Ele e, com esta espera, manifesta a sua vontade de perdão (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de Janeiro de 2016).

A QUARESMA É O MOMENTO FAVORÁVEL PARA INTENSIFICARMOS A VIDA ESPIRITUAL ATRAVÉS DOS MEIOS SANTOS QUE A IGREJA NOS PROPÕE: O JEJUM, A ORAÇÃO E A ESMOLA. NA BASE DE TUDO ISTO, PORÉM, ESTÁ A PALAVRA DE DEUS, QUE SOMOS CONVIDADOS A OUVIR E MEDITAR COM MAIOR ASSIDUIDADE NESTE TEMPO

A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos que a Igreja nos propõe: o jejum, a oração e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus, que somos convidados a ouvir e meditar com maior assiduidade neste tempo. Aqui queria deter-me, em particular, na parábola do homem rico e do pobre Lázaro (cf. Lc 16, 19-31). Deixemo-nos inspirar por esta página tão significativa, que nos dá a chave para compreender como temos de agir para alcançarmos a verdadeira felicidade e a vida eterna, incitando-nos a uma sincera conversão.


1. O outro é um dom

A parábola começa com a apresentação dos dois personagens principais, mas quem aparece descrito de forma mais detalhada é o pobre: encontra-se numa condição desesperada e sem forças para se solevar, jaz à porta do rico na esperança de comer as migalhas que caem da mesa dele, tem o corpo coberto de chagas, que os cães vêm lamber (cf. vv. 20-21). Enfim, o quadro é sombrio, com o homem degradado e humilhado.

LÁZARO ENSINA-NOS QUE O OUTRO É UM DOM. A JUSTA RELAÇÃO COM AS PESSOAS CONSISTE EM RECONHECER, COM GRATIDÃO, O SEU VALOR

A cena revela-se ainda mais dramática, quando se considera que o pobre se chama Lázaro, um nome muito promissor pois significa, literalmente, «Deus ajuda». Não se trata duma pessoa anónima; antes, tem traços muito concretos e aparece como um indivíduo a quem podemos atribuir uma história pessoal. Enquanto Lázaro é como que invisível para o rico, a nossos olhos aparece como um ser conhecido e quase de família, torna-se um rosto; e, como tal, é um dom, uma riqueza inestimável, um ser querido, amado, recordado por Deus, apesar da sua condição concreta ser a duma escória humana (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de Janeiro de 2016).

A QUARESMA É UM TEMPO PROPÍCIO PARA ABRIR A PORTA A CADA NECESSITADO E NELE RECONHECER O ROSTO DE CRISTO

Lázaro ensina-nos que o outro é um dom. A justa relação com as pessoas consiste em reconhecer, com gratidão, o seu valor. O próprio pobre à porta do rico não é um empecilho fastidioso, mas um apelo a converter-se e mudar de vida. O primeiro convite que nos faz esta parábola é o de abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um dom, seja ela o nosso vizinho ou o pobre desconhecido. A Quaresma é um tempo propício para abrir a porta a cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo. Cada um de nós encontra-o no próprio caminho. Cada vida que se cruza connosco é um dom e merece aceitação, respeito, amor. A Palavra de Deus ajuda-nos a abrir os olhos para acolher a vida e amá-la, sobretudo quando é frágil. Mas, para se poder fazer isto, é necessário tomar a sério também aquilo que o Evangelho nos revela a propósito do homem rico.


2. O pecado cega-nos

A parábola põe em evidência, sem piedade, as contradições em que vive o rico (cf. v. 19). Este personagem, ao contrário do pobre Lázaro, não tem um nome, é qualificado apenas como «rico». A sua opulência manifesta-se nas roupas, de um luxo exagerado, que usa. De facto, a púrpura era muito apreciada, mais do que a prata e o ouro, e por isso se reservava para os deuses (cf. Jr 10, 9) e os reis (cf. Jz 8, 26). O linho fino era um linho especial que ajudava a conferir à posição da pessoa um carácter quase sagrado. Assim, a riqueza deste homem é excessiva, inclusive porque exibida habitualmente: «Fazia todos os dias esplêndidos banquetes» (v. 19). Entrevê-se nele, dramaticamente, a corrupção do pecado, que se realiza em três momentos sucessivos: o amor ao dinheiro, a vaidade e a soberba (cf. Homilia na Santa Missa, 20 de Setembro de 2013).

EM VEZ DE SER UM INSTRUMENTO AO NOSSO SERVIÇO PARA FAZER O BEM E EXERCER A SOLIDARIEDADE COM OS OUTROS, O DINHEIRO PODE-NOS SUBJUGAR, A NÓS E A TODO O MUNDO, NUMA LÓGICA EGOÍSTA QUE NÃO DEIXA ESPAÇO AO AMOR E DIFICULTA A PAZ

O apóstolo Paulo diz que «a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro» (1 Tm 6, 10). Esta é o motivo principal da corrupção e uma fonte de invejas, contendas e suspeitas. O dinheiro pode chegar a dominar-nos até ao ponto de se tornar um ídolo tirânico (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 55). Em vez de instrumento ao nosso dispor para fazer o bem e exercer a solidariedade com os outros, o dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço ao amor e dificulta a paz.
Depois, a parábola mostra-nos que a ganância do rico fá-lo vaidoso. A sua personalidade vive de aparências, fazendo ver aos outros aquilo que se pode permitir. Mas a aparência serve de máscara para o seu vazio interior. A sua vida está prisioneira da exterioridade, da dimensão mais superficial e efémera da existência (cf. ibid., 62).

ASSIM O FRUTO DO APEGO AO DINHEIRO É UMA ESPÉCIE DE CEGUEIRA: O RICO NÃO VÊ O POBRE ESFOMEADO, CHAGADO E PROSTRADO NA SUA HUMILHAÇÃO.

O degrau mais baixo desta deterioração moral é a soberba. O homem veste-se como se fosse um rei, simula a posição dum deus, esquecendo-se que é um simples mortal. Para o homem corrompido pelo amor das riquezas, nada mais existe além do próprio eu e, por isso, as pessoas que o rodeiam não caiem sob a alçada do seu olhar. Assim o fruto do apego ao dinheiro é uma espécie de cegueira: o rico não vê o pobre esfomeado, chagado e prostrado na sua humilhação.
Olhando para esta figura, compreende-se por que motivo o Evangelho é tão claro ao condenar o amor ao dinheiro: «Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Mt 6, 24).


3. A Palavra é um dom

O Evangelho do homem rico e do pobre Lázaro ajuda a prepararmo-nos bem para a Páscoa que se aproxima. A liturgia de Quarta-Feira de Cinzas convida-nos a viver uma experiência semelhante à que faz de forma tão dramática o rico. Quando impõe as cinzas sobre a cabeça, o sacerdote repete estas palavras: «Lembra-te, homem, que és pó da terra e à terra hás-de voltar». De facto, tanto o rico como o pobre morrem, e a parte principal da parábola desenrola-se no Além. Dum momento para o outro, os dois personagens descobrem que nós «nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele» (1 Tm 6, 7).

A LITURGIA DA QUARTA-FEIRA DE CINZAS CONVIDA-NOS A VIVER UMA EXPERIÊNCIA SEMELHANTE À QUE FAZ DE FORMA TÃO DRAMÁTICA O RICO

Também o nosso olhar se abre para o Além, onde o rico tece um longo diálogo com Abraão, a quem trata por «pai» (Lc 16, 24.27), dando mostras de fazer parte do povo de Deus. Este detalhe torna ainda mais contraditória a sua vida, porque até agora nada se disse da sua relação com Deus. Com efeito, na sua vida, não havia lugar para Deus, sendo ele mesmo o seu único deus.
Só no meio dos tormentos do Além é que o rico reconhece Lázaro e queria que o pobre aliviasse os seus sofrimentos com um pouco de água. Os gestos solicitados a Lázaro são semelhantes aos que o rico poderia ter feito, mas nunca fez. Abraão, porém, explica-lhe: «Recebeste os teus bens na vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado» (v. 25). No Além, restabelece-se uma certa equidade, e os males da vida são contrabalançados pelo bem.

NO ALÉM, RESTABELECE-SE UMA CERTA EQUIDADE, E OS MALES DA VIDA SÃO CONTRABALANÇADOS PELO BEM

Mas a parábola continua, apresentando uma mensagem para todos os cristãos. De facto o rico, que ainda tem irmãos vivos, pede a Abraão que mande Lázaro avisá-los; mas Abraão respondeu: «Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam» (v. 29). E, à sucessiva objeção do rico, acrescenta: «Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos» (v. 31).

DESTE MODO DESCOBRE-SE O VERDADEIRO PROBLEMA DO RICO: A RAIZ DOS SEUS MALES É NÃO DAR OUVIDOS À PALAVRA DE DEUS; ISTO LEVOU-O A DEIXAR DE AMAR DEUS E, CONSEQUENTEMENTE, A DESPREZAR O PRÓXIMO

Deste modo se descobre o verdadeiro problema do rico: a raiz dos seus males é não dar ouvidos à Palavra de Deus; isto levou-o a deixar de amar a Deus e, consequentemente, a desprezar o próximo. A Palavra de Deus é uma força viva, capaz de suscitar a conversão no coração dos homens e orientar de novo a pessoa para Deus. Fechar o coração ao dom de Deus que fala, tem como consequência fechar o coração ao dom do irmão.

A PALAVRA DE DEUS É UMA FORÇA VIVA, CAPAZ DE SUSCITAR A CONVERSÃO DO CORAÇÃO DOS HOMENS E ORIENTAR NOVAMENTE PARA DEUS

Amados irmãos e irmãs, a Quaresma é o tempo favorável para nos renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua Palavra, nos Sacramentos e no próximo. O Senhor – que, nos quarenta dias passados no deserto, venceu as ciladas do Tentador – indica-nos o caminho a seguir.
Que o Espírito Santo nos guie na realização dum verdadeiro caminho de conversão, para redescobrirmos o dom da Palavra de Deus, sermos purificados do pecado que nos cega e servirmos Cristo presente nos irmãos necessitados.

QUE O ESPÍRITO SANTO NOS GUIE NA REALIZAÇÃO DUM VERDADEIRO CAMINHO DE CONVERSÃO, PARA REDESCOBRIRMOS O DOM DA PALAVRA DE DEUS, SERMOS PURIFICADOS DO PECADO QUE NOS CEGA E SERVIRMOS CRISTO PRESENTE NOS IRMÃOS NECESSITADOS

Encorajo todos os fiéis a expressar esta renovação espiritual, inclusive participando nas Campanhas de Quaresma que muitos organismos eclesiais, em várias partes do mundo, promovem para fazer crescer a cultura do encontro na única família humana. Rezemos uns pelos outros para que, participando na vitória de Cristo, saibamos abrir as nossas portas ao frágil e ao pobre. Então poderemos viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Mosaico com 1500 anos

Mosaico cristão com 1.500 anos é desenterrado em Israel

Peça foi chão de uma igreja da época bizantina no sul de Israel. Os desenhos incluem representações de diversos animais.

Arqueólogos israelitas desenterraram um mosaico de 1.500 anos no chão do que, na época, foi uma igreja bizantina. O achado está na vila de Aluma, no sul de Israel, e começou a ser escavado há cerca de três meses.

O local foi descoberto durante uma escavação para uma obra. A antiga basílica tem 22 por 12 metros de área. Além do mosaico foram encontradas as bases de colunas de mármore que davam sustentação ao edifício.

Os desenhos do mosaico incluem vários animais, como zebra, girafa, flamingo, leopardo e coelho. Segundo o jornal israelita "Haaretz", um dos desenhos representava também um ser humano, mas foi cuidadosamente destruído.

De acordo com Daniel Varga, o pesquisador que lidera a escavação, isso provavelmente deve-se à acção de devotos que, na época do Império Bizantino, se opunham à representação de seres humanos dentro das igrejas.

Não foi encontrada nenhuma inscrição que indicasse como se chamava o local na época em que a igreja estava de pé. Os arqueólogos acreditam que ela servia a diversas comunidades ao longo da estrada entre Ascalão e Jerusalém.



domingo, 19 de fevereiro de 2017

São Francisco de Assis

São Francisco de Assis (1182-1226) foi um religioso italiano. Fundou a ordem dos Franciscanos. Era filho de um rico mercador e comerciante mas fez votos de pobreza. Foi canonizado pelo papa Gregório IX, dois anos depois de sua morte.

São Francisco de Assis (1182-1226) nasceu em Assis, na Itália, no dia 5 de Julho de 1182. Era filho de Joana e Pedro Bernardone Maricone, rico mercador e comerciante de tecidos. As suas mercadorias eram vendidas na praça central da cidade de Assis.

Estudou na escola Episcopal, onde aprendeu a ler, escrever e principalmente contar. Enriquecera uma obsessão naquela época. Ajudou o seu pai no comércio, mas viver atrás de um balcão não era trabalho que o atraísse.

Em 1197, com a morte do imperador romano-germânico Henrique VI, que dominava a região, inicia-se uma revolta dos mercadores de Assis. O Ducado de Assis era controlado pelo Duque de Spoleto, que cobrava pedágio de tudo que atravessasse a região. Os revoltosos, entre eles Francisco, conseguem conquistar o poder. Em 1201, Francisco organiza uma tropa para dar combate à nobreza feudal que havia se refugiado na Perúsia. Na luta os mercadores de Assis são derrotados e Francisco é levado para a prisão, onde permanece durante um ano.

Em 1203, de volta a cidade natal, Francisco entrega-se a uma vida de festas e luxo. Depois de algum tempo resolve mudar de vida e ser cavaleiro. Para chegar a esse posto teria que começar como escudeiro de um nobre. Francisco parte para a sua missão.

Durante o percurso, ao encontrar os mendigos, vai desfazendo-se dos seus bens.

Em 1206, orando na capela de São Damião, acredita ouvir de Cristo as seguintes palavras: "Vá Francisco, e restaure a Minha Casa".

Imaginando tratar-se de reconstruir a Capela, volta para casa, vende boa parte dos tecidos do pai, e entrega-se ao serviço de Deus e dos miseráveis. Em 1208, faz votos de pobreza.

Francisco de Assis, decidido a cumprir as Sagradas Escrituras, passa a viver voltado apenas para o espírito. Os seus sermões eram cada vez mais frequentados, a sua fama vai espalhando-se e aos poucos já tinha seguidores, dispostos a formar uma nova ordem religiosa. Em 1210, fundaram a Ordem dos Irmãos Mendigos de Assis, que instalou-se em cabanas no alto dos montes.

Em 1212, voltando a sua cidade natal, vem a seu encontro a jovem Clara, que se junta ao grupo e funda mais tarde a Ordem das Clarissas. Em 1215, o papa Inocêncio III reconhece a "Ordem dos Franciscanos" e designa o Cardeal Ugolino, como protector da Ordem. Os discípulos são separados em dois grupos para seguir em peregrinação pelo mundo para disseminar o sentimento da fé cristã.

Durante a peregrinação os franciscanos tiveram os seus primeiros martírios, cinco discípulos foram mortos pelos muçulmanos, em Ceuta, por recusarem a conversão ao islamismo.

Francisco embarca para a Terra Santa, onde é aprisionado e levado ao Sultão. Para mostrar a superioridade da fé cristã, Francisco anda sobre brasas.
É imediatamente libertado e volta para a Itália.
Em 1221, apresenta um texto com as regras para a ordem, que é recusado pelo cardeal Ugolino. Em 1223 o texto é retocado e finalmente aceite pelo papa Honório III.

Em 1224, decepcionado e doente, com uma inflamação nos olhos, é obrigado a moderar as suas actividades. Nesse mesmo ano renuncia à direcção efectiva da irmandade que criara.

São Francisco, em companhia dos discípulos Ange, Rufino e Leão, parte para a floresta.

Conta-se que na floresta, na sua presença, os peixes saltavam da água e os pássaros pousavam nos seus ombros.

Certo dia enquanto rezava, no alto do rochedo, desceu do céu um Serafim de asas resplandecentes, trazendo nos braços uma cruz. Quando a imagem desapareceu, Francisco percebe marcas de sangue nas mãos e nos pés.

Em 1226, Francisco implora que levem-no a Assis onde, falece assistido pelos discípulos, no dia 3 de Outubro. A Ordem dos Franciscanos espalhou-se pelo mundo.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Bênção Papal

Já pensou em receber uma bênção apostólica do Papa Francisco, ou solicitar uma para alguém em especial?
Confira, a seguir, a explicação detalhada sobre como solicitar uma bênção apostólica ao Vaticano.


Informações sobre o modo de obter a Bênção Apostólica em pergaminho


1. Directamente junto do Departamento no Vaticano
É possível ter acesso pessoalmente aos escritórios da Esmolaria Apostólica, na Cidade do Vaticano, entrando pelo Ingresso Sant’Ana (à direita das Colunatas da Praça de São Pedro) nos horários de abertura: 8.30-13.30 (de segunda-feira a sábado).

2. Por meio de carta ou fax
Os pedidos de Bênção Apostólica em pergaminho podem ser dirigidos à Esmolaria Apostólica mediante correio ou fax (não por correio electrónico).

No pedido é preciso indicar:
– o nome e sobrenome (apelido) e endereço do requerente
– o nome e sobrenome (apelido) do/s destinatário/s da Bênção
– o motivo ou a circunstância para a qual se pede
– a data, o nome da igreja e da localidade em que tem lugar a circunstância para a qual se pede a Bênção (todos necessários quando se trata de um Sacramento, da Profissão Religiosa ou de um Aniversário)
– o endereço para a expedição do diploma e o valor referente ao pagamento.
O pagamento pode ser feito (depois de ter recebido o pergaminho) em dois modos:
– por meio de uma ordem de pagamento bancária com as coordenadas bancárias inseridas na expedição.
– ou por meio do pagamento online com cartão de crédito no nosso site Internet.
O preço indicado se refere:
– ao pergaminho (preço que varia de 13 a 25 Euros dependendo do modelo escolhido pelo Departamento segundo a ocasião indicada)
– às despesas para a expedição (fora da Itália dependendo da destinação) pelo correio normal (10-16 euros) ou pelo correio expresso DHL (18-30 Euros).



Para algumas ocasiões particulares é necessário o nihil obstat do Pároco ou de outro eclesiástico (entende-se um parecer favorável, ou seja, que as pessoas destinatárias da Bênção Papal sejam católicas e praticantes, expresso mediante a sua assinatura e o selo da Paróquia apostos ao pé da carta de pedido ou no espaço previsto para tal no formulário infra, que se pode baixar).
Os tempo necessário para a expedição do pergaminho é de cerca de um mês a contar do dia em que foi pedido.
Não se admitem pedidos por telefone.


3. Circunstâncias previstas para a concessão da Apostólica em pergaminho

A Bênção Apostólica é concedida nas seguintes ocasiões:

1. Baptismo, Primeira Comunhão, Crisma
2. Matrimónio
3. Ordenação Presbiteral
4. Profissão Religiosa
5. Consagração Secular
6. Ordenação de Diácono permanente
7. Aniversario (10°, 25°, 40°, 50°, 60°) de Matrimónio*, Ordenação Presbiteral, Profissão Religiosa
8. Aniversário natalício (18°, 50°, 60°, 70°, 80°, 90°, 100°)*
9. Uma pessoa católica* ou família* (com nome e sobrenome/apelido dos cônjuges unidos em matrimónio religioso)

Em presença de um asterisco (*), se requer obrigatoriamente o nihil obstat ou beneplácito da Autoridade Eclesiástica.
Os pedidos de Bênção Apostólica em Pergaminho para circunstâncias diferentes das acima indicadas não poderão ser acolhidos.

Endereço postal:
ELEMOSINERIA APOSTOLICA
Ufficio pergamene
00120 CITTÀ DEL VATICANO
Telefone: (+39) 06.69873279 – (+39) 06.69871100
(horário: 08:00 – 14:00)
[UTC+1 : CET – Central European Time])
Telefax: (+39) 06.69883132 (ativo 24 H)
(Fonte: vatican.va)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Ordens Religiosas Militares e Honoríficas

Quais as Diferenças?

As duas grandes "famílias" de Ordens Cavalheirescas: As ORDENS RELIGIOSAS MILITARES, também chamadas apenas de ORDENS EQUESTRES ou ainda de ORDENS DE CAVALARIA; e as ORDENS HONORÍFICAS

Para o Leitor menos atento, poderia até parecer que todas as Ordens de Cavalaria são iguais, todavia isso não é assim. As Ordens Religiosas-Militares foram criadas entre o século XI ao século XVI, sempre com um Missão que lhe conferia o Romano Pontífice. Todavia, as Ordens Honoríficas, que são criadas até hoje, e que não possuem outro carácter que aquele honorífico e simbólico. 

Por terem sido criadas por Bula Papal, apenas as Ordens Religiosas-Militares possuem algum carácter Canónico, e por isso mesmo, apenas elas podem realizar Missas de Investidura. As Ordens Honoríficas não possuem ligação directa com a Igreja, e por isso mesmo seus Membros são Investidos em cerimónias civis, com ou sem elementos religiosos. 

Mas não é apenas a falta de Vida Religiosa que diferencia as Ordens de Cavalaria das Ordens Honoríficas: Apenas as Ordens Religiosas-Militares possuem Hábitos e Mantos Capitulares, que seus Cavaleiros e Damas envergam em seus Serviços Litúrgicos, coisa não permitida às Ordens meramente Honoríficas. 

Como dissemos acima, as Ordens de Cavalaria-Religiosas-Militares foram criadas entre o século XI ao século XVI, sendo a última a ser criada a Ordem de Santo Stefano Papa e Mártir, em 1562. Por terem sido criadas em um período determinado, as Ordens de Cavalaria-Religiosas-Militares são um grupo fechado, que podem listar, e assim o faremos, por ordem de criação:


Ordem de São Tiago d'Altopascio, também chamada de Ordem dos Cavaleiros del Tau, Fundada na Toscana em 1050 e que, por Bula Papal de 1587, foi unida à Ordem de Santo Stefano Papa e Mártir, Ordem Dinástica da Casa Grão-Ducal da Toscana.

Soberana e Militar Ordem Hospitalária de São João de Jerusalém, dita de Rodes, dita de Malta. Fundada no ano de 1050, e Reconhecida por Bula Papal em 1113.

Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, criada no ano de 1099: a Ordem foi criada com Cavaleiros e Cónegos Regrantes. O Papa Pio IX em 1848 a torna uma Ordem de Cavalaria unida à Santa Sé.

Ordem dos Pobres Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo no Templo de Salomão, também chamada de Ordem dos Templários. Criada entre os anos de 1118-1119 (Reconhecida por Bula Papal em 1139), extinta em 1312.

Ordem Militar de São Lázaro de Jerusalém, criada em 1142, unida depois em 1573 por Bula Papal à Ordem de São Maurício, formando a Ordem Dinástica dos Santos Maurício e Lázaro, Ordem Dinástica da Casa Real de Savóia.

Ordem Militar de São Bento de Avis, Fundada em Portugal em 1147, e tornada como Ordem Dinástica da Casa Real Portuguesa em 1555.

Ordem Militar de Alcântara, fundada em 1156 no Reino de Leão. Tornada Ordem Dinástica da Casa Real Espanhola em 1522.

Ordem Militar de Calatrava, fundada em 1158 no Reino de Castela. Tornada Ordem Dinástica da Casa Real Espanhola em 1482.

Ordem Militar de Santiago, fundada em 1170. Tornada Ordem Dinástica da Casa Real Espanhola em 1482.

Ordem do Monte Gioia, Fundada em 1180, unida depois à Ordem Militar de Calatrava.

Sacra e Militar Ordem Costantiniana de São Jorge, provavelmente Fundada em 1190, depois Ordem Dinástica da Casa Real de Bourbon-Duas Sicílias e de Bourbon-Parma.

Ordem Militar do Hospital Teutónico de Santa Maria de Jerusalém, ou simplesmente, Ordem Teutónica, Fundada em 1193.

Ordem de Cipro, também conhecida como Ordem do Silêncio e da Espada fundada em 1195 por Guido de Lusignan em Jerusalém, extinta.

Ordem do Monte das Oliveiras, Fundada em 1197 pelo Rei Balduino de Jerusalém. Extinta.

Ordem de Cristo e da Espada, também chamada de Ordem Livoniana (Schwertbrüder). Fundada em 1202 por Albrecht von Buxthoeven, sendo a única Ordem de Cavalaria-Religiosa-Militar fundada em solo germânico. Foi depois Unida à Ordem Teutónica.

Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria, dita Sacra Ordem da Milícia (S.O.M.) ou dos Cavaleiros da Mãe de Deus. Ordem criada em 1209 pelo Conde Simon IV de Monforte, com o nome de MILÍCIA DE JESUS CRISTO. Reconhecida por Bula PapaL em 1233. Tornada Dinástica da Casa Principesca de Trivulzio-Galli della Mesolcina em 1565.

Ordem de Santa Maria das Mercedes pela Libertação dos Escravos, Fundada na Catedral de Barcelona por São Pietro Nolasco, São Raimundo de Penafort e pelo Rei James I de Aragão, em 10 de Agosto de 1218.

Ordem da Fé de Jesus Cristo. Fundada em 1220 na França. Já extinta.

Ordem dos Cónegos da Cruz e da Estrela Vermelha. Ordem Religiosa fundada em 1233 por Santa Agnes da Boémia.

Ordem Militar de Santa Maria. Fundada em 1261 pelo Papa Urbano IV, e em seguida unida à Milícia de Jesus Cristo, formando assim a Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria, dita Sacra Ordem da Milícia (S.O.M.) ou dos Cavaleiros da Mãe de Deus, Ordem que, como vimos, foi tornada Dinástica da Casa Principesca de Trivulzio-Galli della Mesolcina em 1565.

Ordem dos Cavaleiros Guelfos. Ordem Fundada em Florença em 1266 pelo Papa Clemente IV. Já extinta.

Ordem Militar de Montesa. Ordem Fundada em 1312, tornada Dinástica da Casa Real Espanhola em 1587.

Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo. Fundada em Portugal em 14 de Março de 1319 pela bula pontifícia "Ad ea ex-quibus" do Papa João XXII, que, deste modo, atendia aos pedidos do rei Dom Dinis. Recebeu o nome de Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo e foi herdeira das propriedades e privilégios da Ordem do Templo.

Ordem Militar do Santíssimo Salvador e de Santa Brígida da Suécia. Fundada por Santa Brígida em 1366, e Aprovada pelo Papa Urbano V em 1370. Já extinta.

Ordem do Dragão. Criada em 1387 por Segismundo, Rei da Hungria, e depois Sacro Imperador Romano-Germânico, e depois Confirmada pelo Papa Eugénio IV em 1433. Já extinta.

Ordem dos Cavaleiros Cruzados da Sociedade de Jesus Cristo, Fundada em 13 de Janeiro de 1459 pelo papa Pio II. Já extinta.

Ordem dos Crucíferos, ou Ordem Militar dos Crucíferos com Estrela vermelha em Campo Azul. Fundada no século XII, e declarada extinta pelo Papa Alessandro VII em 1656.

Ordem de Santa Maria de Belém, criada em 19 de Janeiro de 1459. Já extinta.

Ordem de São Maurício, criada pelo Duque Amadeu VIII de Savóia como Ordem Dinástica da Casa de Savóia. É unida, em 1573 com a Ordem de São Lázaro, para formar a Ordem Dinástica dos Santos Maurício e Lázaro,

Ordem Dinástica da Casa Real de Savóia.

Insigne Sacra Militar Ordem de Santo Stefano Papa e Mártir, Criada pelo papa Pio IV em 1º de Fevereiro de 1562 com a Bula "His quae", como Ordem Dinástica da Casa Grão-Ducal da Toscana.

Como podemos ver, foram criadas 30 Ordens de Cavalaria-Religiosas-Militares, das quais, 9 já estão extintas, 6 foram unidas a outras Ordens, ou incorporadas pela Santa Sé, 11 tornaram-se Ordens Dinásticas de Casas Principescas, 1 tornou-se apenas Religiosa, deixando de ser Ordem de Cavalaria, permanecendo assim apenas 3 como Ordens Militares-Religiosas independentes, como no ato de sua Fundação, e estas são a Ordem de Malta, a Ordem Teutónica, e a Ordem dos Mercedários. 

Como pode-se ver, sempre que alguém afirmar fazer parte de alguma Ordem de Cavalaria Religiosa e Militar, deve-se pedir informações mais precisas, para saber se, a pessoa de fato faz parte de uma Ordem Religiosa-Militar, que pode realizar Missas de Investidura, ou se apenas faz parte de uma Ordem Honorífica, que são as Ordens legitimamente criadas por um Monarca, Chefe de Casa Real ex-Reinante ou Chefe de Estado, e que tem a única missão como a de premiar os méritos de seus cidadãos.

E mesmo que uma Ordem Honorífica, ou mesmo, uma "ordem" claramente falsa, ou seja, que não tenha sido Criada por Bula Papal, nem por um Monarca; Chefe de Casa Real ex-Reinante ou Chefe de Estado, mesmo que utilize os Ritos de Investidura (Benedictio Novis Militis), jamais poderá ser tida como Ordem Religiosa-Militar, pois mesmo que um determinado Bispo, realize todos os actos próprios do Consistório, como que "criando" um novo "cardeal", o ato careceria de validade, uma vez que apenas o Papa pode criar novos Cardeais. Assim mesmo, de igual forma que um Bispo realize todos os actos para "investir" um novo "cavaleiro", porém sem que isso se faça dentro de uma Ordem Religiosa-Militar verdadeira, o ato carecerá de toda e qualquer validade, uma vez que apenas o Papa, por meio de Bula Pontifícia, pode criar uma Ordem de Cavalaria-Religiosa-Militar, o que sabemos, já não se faz desde 1562, quando a Insigne Sacra Militar Ordem de Santo Stefano Papa e Mártir, Criada pelo papa Pio IV com a Bula "His quae", como Ordem Dinástica da Casa Grão-Ducal da Toscana foi criada, sendo esta, a ÚLTIMA ORDEM RELIGIOSA-MILITAR A SER CRIADA NA HISTÓRIA DA SANTA IGREJA CATÓLICA. 


Acima colocamos uma ilustração (organizadas pela ordem de Criação de cada uma das Ordens) das Cruzes das 15 Ordens de Cavalaria-Religiosas-Militares que, ainda podem ser vistas em Hábitos Religiosos Legítimos e em Missas de Investiduras. Além dessas, quaisquer outras são representantes de FALSAS ORDENS. 


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Cristo do Sorriso

1. Amigo FRANCISCO, hoje é o teu DIA, a tua FESTA. Deixa que me alegre contigo, e que peça a tua LUZ de Mestre e Padroeiro para esta Europa rica, ensonada, atracada, sem mar, sem barco, sem farol e sem ideais.

2. S. Francisco Xavier, proclamado «Padroeiro Universal das Missões» (Pio X) e apontado como «Apóstolo mundial dos tempos modernos» (João Paulo II), de quem celebrámos há três anos os quinhentos anos do seu nascimento (07.04.1506 – 07.04.2006), postou-se, na esteira de Paulo, no humilde e fiel seguimento de Cristo, vivendo de Cristo (Fl 1,21), impelido pelo AMOR de Cristo (2 Cor 5,14) e pelo SIM de Cristo – que «não foi SIM e não, mas unicamente SIM» (2 Cor 1,19) –, testemunha da ALEGRIA nova de Cristo (Lc 10,21; 1 Pe 1,8) e cooperador dessa ALEGRIA (2 Cor 1,24).

3. Viveu apenas 46 anos sobre esta terra (07.04.1506 – 03.12.1552). 46 anos plenos de CRISTO, de AMOR e de ALEGRIA.

4. Partiu de Lisboa em 07 de Abril de 1541, dia em que completava 35 anos, para uma viagem de 20.000 km, rumo a Goa, onde desembarcou mais de um ano depois, em 06 de Maio de 1542, após paragem de quase meio ano (Setembro de 1541 até Fevereiro de 1542) na Ilha de Moçambique para o restabelecimento dos doentes, enquanto se esperava por ventos favoráveis à navegação.

5. Desde essa data até à sua morte, ocorrida na Ilha de Sanchoão, às portas da China, na madrugada do dia 03 de Dezembro de 1552, vão 10 anos e quase 07 meses de uma desmedida dedicação aos outros, sobretudo aos pobres e doentes, testemunhando com a sua vida humilde e dedicada a BONDADE, a PAZ e a ALEGRIA do EVANGELHO. o CRISTO «de la SONRISA», que muitas vezes contemplou Xavier e que muitas vezes Xavier contemplou.

6. Cumplicidade.  O Cristo daquele sorriso gravou-se no coração e nos lábios de Xavier, tomou conta dele, configurou-se nele, transvasou dele.

7. São, na verdade, muitas as testemunhas que descrevem Xavier «com a boca sempre cheia de riso e da graça de Deus» (Monumenta Xaveriana, tomo 2, Madrid, 1912, p. 291 e 306). É também de salientar a sua ilimitada CONFIANÇA em Deus, como transparece de uma sua carta, datada de 05 de Novembro de 1549, escrita de Kagoshima, no Japão, e dirigida aos seus companheiros de Goa: «Sei de uma pessoa a quem Deus concedeu muitas graças, que se ocupava muitas vezes, tanto nos perigos como fora deles, em pôr toda a sua ESPERANÇA e CONFIANÇA n’Ele, e o proveito que daí lhe adveio levaria muito tempo a descrever».

8. Aquele «Sei de uma pessoa» lembra Paulo (2 Cor 12,2). Pôr toda a sua confiança em Deus é firmar-se em Deus, viver de Deus e desde Deus. A tanto nos desafia também a nós, hoje, o nosso «Padroeiro Universal das Missões».

9. E aquele SORRISO nos lábios do Crucificado e de Xavier é outro impressionante desafio para nós. Na verdade, que EVANGELHO podemos nós viver e testemunhar sem CRISTO, sem CONFIANÇA e ALEGRIA?

10. Obrigado, amigo Francisco. Celebrarei gozosamente a tua Festa. Mas confesso que me sentirei muito mais FELIZ quando a nossa Igreja viver com ALEGRIA essa PAIXÃO de AMOR que tu viveste pelo CRISTO e pelos teus IRMÃOS.

11. E se aprendêssemos todos essa tua cumplicidade com CRISTO?!

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