sexta-feira, 12 de novembro de 2010

COMPLETAMENTE HUMANO, COMPLETAMENTE DIVINO

Os anjos viram Maria trocar as fraldas de Deus.
O Universo assistiu maravilhado ao Todo-poderoso aprender a andar.
Crianças brincaram com Ele na rua.
Se o líder da sinagoga de Nazaré soubesse quem estava a ouvir os seus sermões...

Talvez Jesus tenha tido espinhas.
Quem sabe se fosse desafinado.
Pode ser que uma menina da sua rua se tenha apaixonado por Ele, ou vice-versa.
Seus joelhos podem ter sido ossudos.
Uma coisa é certa: embora fosse completamente Divino, Ele tambem era completamente humano.

Durante trinta e três anos Ele sentiria tudo o que voçê e eu ja sentimos.
Ele sentiu-se fraco.
Os seus pés doeram.
Teve medo do fracasso.
Era susceptível a mulherres sedutoras.
Ficou resfriado, arrotou e partes do seu corpor cheiravam mal.
Os seus sentimentos foram feridos.
Ficou cansado, a sua cabeça doeu.

Pensar em Jesus por esse ângulo é... bem, parece quase irreverente não é?Não é algo que gostamos de fazer; é incomodo.
É muito mais facil manter a humanidade de fora da encarnação.
Vamos tirar o esterco em volta da manjedoura.
Limpar o suor do seu rosto.
Fingir que nunca roncou, que nunca assou o nariz ou que nunca acertou no dedo com o martelo...

Mas não faça isso. Pelos céus, não faça.
Deixe que Ele seja tão humano quanto desejava ser.
Deixe que Ele entre no meio da sujidade e da lama do nosso mundo.
Pois somente se o deixarmos entrar é que Ele poderá tirar-nos  dali.

Ricardo Igreja

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