quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

A celebração deste dia como data de aniversário de Jesus provavelmente foi influenciada por festivais pagãos (não cristão) que estavam a decorrer naquela altura. Os romanos antigos faziam celebrações de fim de ano para honrar Saturno, o deus da Colheita e Mithras, o deus de luz. Vários povos na Europa do norte faziam festivais a meio de Dezembro para celebrar o fim da estação de colheita.

Como parte de todas estas celebrações, as pessoas prepararam comidas especiais, decoraram as suas casas com verduras, e uniam-se cantando e trocando presentes. Estas tradições foram-se tornando, gradualmente, parte da celebração de Natal. Nos final dos anos 300 D.C., o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império romano.

Por volta de 1100 D.C., Natal tinha se tornado o festival religioso mais importante na Europa, e São Nicolau era um símbolo de dádiva de presentes em muitos países europeus. A popularidade do Natal cresceu até à Reforma, de um movimento religioso dos anos 1500 D.C.. Este movimento deu à luz o Protestantismo. Durante a Reforma, muitos cristãos começaram a considerar os Natais uma celebração pagã porque incluiu tradições não religiosas. Durante os anos 1600 D.C., por causa destes sentimentos, o Natal foi prescrito na Inglaterra e em partes das colónias inglesas na América. As tradições, de festejar e decorar, porém, reapareceram logo e misturaram com os aspectos mais Cristãos do Natal.

A celebração da data natalícia de Cristo, 25 de Dezembro, é a mais ecuménica, enternecida e espiritual de toda as outras datas, em todas latitudes e longitudes do globo terrestre. Cristo fez-se homem. Ele fez-se criança… E o que poderia ser mais indefeso, dentre a natureza humana, do que um recém-nascido completamente dependente de sua mãe? E esta característica de peculiar ternura do Natal que tanto atrai o verdadeiro sentimento religioso das pessoas – sentimento que tem por finalidade religar, tornar a ligar, a atar a filiação com o Pai.

Cristo propôs aos homens a lei do amor. Primeiro a Deus, depois ao próximo, sem condições ou distinções, quaisquer que as fossem. Eis que a humanidade toda, com o Natal, inicia uma nova vida, sob o signo da Estrela de Belém. Aquilo que denominamos Espírito de Natal, a atitude de generosa e boa disposição que toma conta das pessoas nesta época, e na realidade, reflexo do Amor de Deus pela humanidade manifestado em nós, resplandecente filhos unigénitos do Pai.

A vinda de Cristo a este mundo foi espontânea, gratuita e generosa. Espontânea: foi Ele que tomou a iniciativa, antecipou-se, veio ao nosso encontro.
Gratuita: veio a nós sem olhar para o nosso merecimento, motivado unicamente pelo amor e pelo desejo de salvar.
Generosa: veio a nós sem nada exigir em troca. Não é preciso procurar Deus. Ele vem ao nosso encontro. Da nossa parte basta apenas tornar-se receptivo, acolhê-lo e deixando livremente agir em nós. A noticia mais alegre de toda a história do homem é esta: Nasceu Jesus, nasceu o Salvador.

Nos primeiros séculos do cristianismo, os cristãos comemoravam as festa pagãs. O nascimento de Jesus, a verdadeira luz que ilumina este mundo, foi colocado no dia 25 de Dezembro para substituir a festa pagã do deus do sol, que apenas ilumina a terra materialmente. Hoje em dia, o materialismo paganiza as festas cristãs. Para muitos, o Natal é apenas ocasião para dar e receber presentes, enviar e receber mensagens, cumprimentar amigos em encontros meramente sentimentais e comezainas. Para os comerciantes, o Natal é apenas ocasião de vender mais e faturar bem. Para o povo, o Natal é ocasião de consumir. Festeja-se o Natal, mas é esquecido o aniversariante, que é Jesus.

Mas para quem é cristão, o Natal tem que ser muito mais.

Natal, será sempre que o homem quiser.
Não se esqueça do próximo...

Hélder Gonçalves

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