quinta-feira, 31 de maio de 2012

MARIA, MULHER DE FÉ

Na largueza do amor, Maria de Nazaré, a Senhora do Rosário e a aurora dum mundo novo, veio a Fátima abrir as páginas do Evangelho e, simultaneamente, abrir o Seu Regaço de Mãe à Humanidade inteira: aos ricos e aos pobres, aos cultos e incultos, aos simples e aos complicados, aos justos e aos pecadores, aos mais santos e aos menos santos.

Assim como Jesus não quer perder nenhum dos que o Pai lhe entregou, assim Maria, a Mãe, não quer perder nem um só dos que Jesus lhe confiou.

Jesus renova incessantemente a entrega a Maria. Incessantemente é também o acolhimento e a protecção de Maria na nossa vida.

As Aparições de Fátima aconteceram em 1917 como sinal de que o pecado no mundo atingiu proporções assustadoras. A Nova Criação afastou-se, pois, muito daquilo que Jesus quer de cada homem e de cada mulher no imperativo que lhes lançou há dois mil anos: “Sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai Celeste”.

E Maria, a Mãe, preocupada, veio fazer de Fátima o Altar do mundo para lançar à Humanidade o apelo à mudança de vida.

Se o mundo não é ainda aquilo que devia ser e o que precisamos todos, é porque uma grande parte da Humanidade não está ainda com Maria, não A conhece, não A escuta, não está também com Jesus em profundidade, não O conhece bem, não O escuta com a devida atenção, não O atende no Seu apelo à santidade.

Mas, a nossa fé tem de ser como a de Maria: não desanimar. Não desesperar. E não desistir de procurar o reino da santidade, individual e colectiva, nas dimensões da esperança de confiança.

É preciso levar a nossa fé às entranhas de Maria, Aquela que é uma de nós, a Mulher da Fé.

HÉLDER GONÇALVES

segunda-feira, 28 de maio de 2012

ROMA - Cidade de Sonho

Basílica de São Pedro
Roma è verdadeiramente uma cidade de sonho.
Acabei de chegar de Roma e para ser sincero nem sei que dizer.

Roma é uma cidade fascinante e um autêntico e magnífico museu a céu aberto.

A partir de Roma, o Império Romano foi o principal propulsor para a aceitação e divulgação do cristianismo.

Se dissermos história antiga, arte, pintura, escultura, templos, tudo isto está ligado à cidade e não ficarão desapontados ao visitarem a cidade, pois respira-se tudo isto e muito mais. É muito comum caminharem por uma rua estreita e esbarrarem com ruinas de 30m de altura, ou ver uma fonte ornamentada com trabalhos na pedra. Monumentos que são tão normais em Roma que se estivessem noutras cidades eram locais fechados com visitas turísticas pagas.

Coliseu
Fiquei estupefacto com a Basílica de São Pedro tão importante e grande é a sua riqueza e beleza. Difícil de explicar o que se sente quando se lá está dentro. Fiquei a saber que se pode tirar fotos no interior da basílica porque todos os quadros que vêem não são pintados, são formados de minúsculos mosaicos mas de tal forma detalhada que parecem mesmo quadros, e que as letras que vêem no topo da igreja têm 4mt de altura, porque como tudo é em escala tão grande perdemos por completo a noção de grandeza.

Podia continuar a falar acerca da capela cistina, coliseu, fonte de trevi, forum romano… mas daria um artigo muito longo. Apenas 3 que adorei:

Basílica de São Pedro: pela dimensão, arte e beleza. Um frade franciscano debaixo de um voto de pobreza, ao entrar na basílica deve sofrer de ataque cardíaco.

Coliseu: Estar lá dentro, e pensar que a estrutura tem mais de 2 mil anos, é incrível, mas sobretudo um grande respeito e pesar pelos milhares de cristãos que ali morreram por professarem a fé cristã.

Fonte de Trevi: Magnífica. Óptimo lugar para descansar e contemplar.

Fonte de Trevi
Depois disto, meus irmãos e amigos, se algum dia tiverem a oportunidade para ir a Roma não se vão arrepender de certeza, mas de preferência levem no mínimo 3 dias para visitar a cidade, porque quando lá chegarem e começarem a caminhar, vão ficar deslumbrados com tantos edifícios, ruinas, etc... e com tanta coisa para ver que a cada esquina têm uma surpresa.

Vale mesmo muito apena visitar Roma.

HÉLDER GONÇALVES

sábado, 19 de maio de 2012

FESTA SANTA CRUZ - Alvarães

A Festa da Santa Cruz realiza-se no fim de semana antes do Pentecostes.

Ao celebrarmos a festa da Exaltação da Santa Cruz, queremos proclamar que é da Cruz "sinal do amor universal de Deus, fonte de toda a graça que deriva toda a vida da Igreja. Queremos também manifestar o nosso desejo de colaborar com Cristo na salvação dos homens, aceitando a Cruz, que a carne e o mundo fizeram pesar sobre nós" (cfr GS, 38).

É uma festa muito rica pela sua obra prima dos seus habitantes locais, pois todos os andores e quadros neles expostos são totalmente feito em petalas de flores, uma a uma, e todo tipo de verdura, árvores ou plantas verdes ou secas e até mesmo sementes e outros...

Esta festa já tem algumas décadas de existência e é única a nivel nacional e até a nivel mundial pela sua dimensão e trabalho realizado.

De facto são milhares os peregrinos de toda a região e não só, que ali se deslocam todos os anos para comtemplar tão magnifica obra de arte.

Alvarães subiu a vila recentemente e é uma vila com uma população de cerca de 5.000 mil habitantes a sete kilómetros de Viana do Castelo, Portugal.

Aqui deixo algumas fotos de alguns andores e de alguns quadros colocados nos andores para que possam comtemplar, mas nada evita uma visita ao local para se apreciar ao vivo que é outra coisa que é dificil transmitir através de fotografias.


Andor da Santa Cruz
Andores



Quadros



Cruzes



HÉLDER GONÇALVES

quinta-feira, 17 de maio de 2012

PROCISSÃO EUCARÍSTICA DE MARIA

“Maria, pôs-se a caminho e dirigiu-Se, apressadamente, a casa da Sua prima Isabel, que estava para ser mãe” (Lc 1,39-46).

Maria, depois do anúncio do Anjo e de aceitar ser Mãe de Deus, não se fecha em Si mesma, mas vai apressadamente a casa da Sua parente, para servir, ajudar e partilhar com ela a alegria do nascimento do filho – João Baptista.

Sob o signo da exaltação, aparece Maria, para servir e estar disponível a ajudar. A voz de Maria e a presença de Cristo, no Seu ventre, fazem “saltar de alegria João Baptista, no seio de sua mãe” (Lc 1,44).

Maria, quando chegou, saudou Isabel, que exclamou, sob a acção do Espirito Santo: “Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do Teu ventre”.

A voz silenciosa de Jesus faz-se ouvir a João, que é consagrado “profeta” e “percursor”. Mas ele é mais que um profeta. Ele “é a voz que clama no deserto: “preparai os caminhos do Senhor”

Isabel felicita Maria pela Sua Fé. Maria, trazendo no Seu seio é um autêntico “ostensório”. Ficou admirada com aquela saudação e mais admirada ficou, quando Isabel exclamou: “Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?!”

Então, Maria entoa o Seu cântico de louvor e acção de graças: “A Minha alma glorifica o Senhor e o Meu espirito exulta em Deus Meu Salvador” (Lc 1,39-46).

Podemos afirmar que a viagem que Maria fez pelas montanhas da Judeia, até à casa de Isabel foi “a Primeira Procissão Eucarística”, na História da Humanidade. Maria, a Mulher Eucarística, leva no Seu seio “o Pão da Vida, o Pão do Céu”, como um ostensório leva a Hóstia Consagrada, pelas ruas das nossas terras. Maria é “Mulher Eucarística”, porque é o Tabernáculo vivo de Deus, Arca da Aliança em que o Senhor “visitou e redimiu o Seu Povo”. Como sacrário divino leva o Seu Filho com todo o regozijo em procissão.

Há sempre uma ligação muito íntima entre a Mãe e o Filho. A esse propósito, o Beato João Paulo II, na Carta Apostólica “O Rosário da Virgem Maria”, diz-nos: “Proponho à Igreja que comtemple o Rosto de Cristo com a presença de Maria. Não podemos separar Maria de Cristo. A Igreja vive da Eucaristia. As três realidades “Igreja, Eucaristia e Maria”,” são elos fortes de ligação, que nunca se separam”.

Maria deu-nos Cristo Eucarístico, ao oferecer o Seu ventre virginal para a Encarnação do Verbo de Deus. Por isso, podemos chamar “Maria – a Mulher Eucarística”. É Ela que inicia as “Procissões Eucarísticas” que se fazem, através dos séculos, nas ruas das nossas aldeias e cidades. Foi Maria que iniciou a “Procissão Eucarística” por isso podemos chamá-La “Rainha do Santíssimo Sacramento”, cujo único anseio é conduzir-nos para o Seu Filho Jesus Cristo.

Ela é a Mãe e Rainha do Santíssimo Sacramento, Templo e Morada da Santíssima Trindade.

HÉLDER GONÇALVES

terça-feira, 15 de maio de 2012

MARIA IMACULADA

O mérito de Maria, a Sua principal grandeza, está na docilidade ao projecto de Deus.

As maravilhas que Deus pode realizar nas criaturas acontecem admiravelmente em Maria Santíssima, por causa da Sua docilidade. Ela, a Mulher tão discreta e silenciosa, expressa no Seu Sim o sim de tantas mulheres silenciosas da história, o sim silencioso do Povo de Deus, silêncios forçados de tantos homens e mulheres, todos eles fecundos.

Maria é A totalmente dócil à voz do Espirito. Esta docilidade é fruto da Sua fé, porque só reconhecendo Deus é possível alguém abandonar-se totalmente. Nela se realiza o perder a vida para a ganhar. Ao “expropriar-Se” diante de Deus, Maria recebe em Seu seio o “próprio Deus”. “Eis a escrava do Senhor”.

A nossa geração, tão orgulhosa da conquista da liberdade, não aceita qualquer alusão a uma submissão, embora haja tantas “escravidões” voluntárias e forçadas.

De facto, não podia ser de outro modo. Aquela que ía ser a Mãe do Filho de Deus pressentia a docilidade e a obediência de Deus que Se submete pelo Filho à nossa carne. Por isso Jesus é O obediente. Maria é A dócil. O Espirito sugere-Lhe a docilidade para que receba no Seu seio Aquele que se fez escravo e dependente. Como fruto desta docilidade, Maria está associada definitivamente ao Mistério da Salvação, razão por que está também intimamente ligada à Humanidade. Ela esmagará a cabeça da serpente.

Conceber virginalmente só a Virgem Maria, como tinha sido profetizado. Mas, depois, vem o anúncio do Anjo: “vais conceber e dar à luz um Filho”. Foi a primeira vez em toda a história humana que Deus revelou ao mundo o Mistério da Santíssima Trindade.

Todos nós temos muita gratidão pelas nossas mães, mas nenhum de nós escolheu a mãe da qual nasceu. Cristo escolheu a Mãe. Por isso, só Ele a pôde modelar Imaculada. A verdade está definida historicamente (D.João IV). Mais tarde, a Virgem apareceu em Lourdes e à pergunta de Bernardete, diga-me lá como é que se chama? Nossa Senhora respondeu: “Eu sou a Imaculada Conceição”. O Dogma foi declarado e é assim que A podemos invocar.

A nossa devoção a Maria Santíssima é fundamentada no Evangelho. Maria continua atravessando a História da Igreja com testemunhos que confirmam nunca ser errada a devoção a Nossa Senhora. Devemos a devoção à Virgem Maria ao colo das nossas mães.

A Fé cristã funda-se na Palavra de Deus, mas não só. É tão importante a Tradição como a Palavra. Tradição e Palavra completam-se.

A Solenidade da Imaculada Conceição é alegria e esperança para todos os cristãos.

HÉLDER GONÇALVES

domingo, 13 de maio de 2012

FÁTIMA 2012

Dom Gianfranco Ravasi
O Santuário de Fátima, viveu e deu mais uma vez este ano um grande testemunho de fé ao mundo inteiro.

As celebrações deste ano foram presididas pelo presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, o cardeal italiano D. Gianfranco Ravasi.

Dom Gianfranco Ravasi à sua chegada a Fátima, em declarações aos jornalistas, afirmou que "Fátima deve ser considerado não só um lugar de fé mas também de cultura".

Foram milhares os peregrinos que lá se deslocaram, e muitas peregrinações do mundo inteiro de países que até se poderia pensar quase impossível estarem presentes.

O Santuário, este ano devido ao 12 e 13 de Maio terem caído num fim de semana, tornou-se pequeno para quantos lá se deslocaram, havendo muita gente que não coube dentro do recinto. foi impressionante para quem viu tudo como eu que estive lá este ano.

De facto é dificil explicar o que se lá passa, porque tudo é uma vivência e não tem explicação.

Quem alguma vez tiver a oportunidade de poder lá passar um 13 de Maio ou um 13 de Outubro, acho que se vai lembrar para o resto da sua vida.

Aqui deixo algumas imagens que tirei, para poderem ter uma pequena ideia.



Procissão de Velas


Eucaristia Nocturna


Andor de Nossa Senhora de Fátima


Peregrinações do Mundo



Procissão do Adeus


Hélder Gonçalves


sexta-feira, 11 de maio de 2012

MARIA

Maria,
Fonte de calma e de serenidade,
Queremos dizer-te que te amamos,
Pelo teu rosto cheio de luz,
Pelo teu olhar de ternura,
Pelo profundo das tuas palavras silenciosas,
Pela tua transparente disponibilidade.

Maria,
Mãe que encaminha e liberta,
Mãe que perdoa e sempre esquece,
Mãe que é constante,
Que está atenta,
Que orienta e guia,
Que não sufoca nem oprime,
Que desde sempre me recebe
no seu colo que abraça e conforta,
Que desde sempre me acolhe
na minha fragilidade e na minha grandeza.

Maria,
faz connosco o caminho
E ajuda-nos a encontrar as coisas que não se vêem.
Ilumina-nos com a tua luz,
Enche-nos o coração do que é de verdade importante,
E contagia-nos a tua disponibilidade
Ante as supressas de Deus.

HÉLDER GONÇALVES

quarta-feira, 9 de maio de 2012

MARIA EUCARÍSTICA

Devemos e podemos invocar Maria como a Senhora do Santíssimo Sacramento da Eucaristia.

Jesus Cristo instituiu a Eucaristia, na Última Ceia, pronunciando as palavras sacramentais: “Isto é o Meu Corpo. Tomai e bebei, isto é o Meu Sangue”.

Este Jesus é o Filho de Maria. Ele é carne da Sua carne, e sangue do Seu sangue. É o fruto virginal do Seu ventre. Foi Maria que O deu à luz, no Natal e O apresentou no Templo.

Este Jesus de Maria é O que disse de Si mesmo: “Eu sou o Pão do Céu; quem comer e beber o Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele”. Podemos, portanto, afirmar que a Eucaristia é o dom de Maria a toda a humanidade. É uma dádiva da Mãe Eucarística.

Percorrendo a Sagrada Escritura, não encontramos qualquer texto ou passagem que nos garanta que Maria estivesse no Cenáculo na Última Ceia. Mas sabemos que após a Ressurreição de Jesus, Maria viveu com os Apóstolos e discípulos que se reuniam para celebrar “a fracção do pão” – a Eucaristia. Isso leva-nos a pensar que Maria participasse na “fracção do pão”. Podemos imaginar com que amor, fé e devoção Ela participava na Eucaristia! Ao receber “esse pão divino”, esse Jesus, voltava a viver a alegria que a inundou quando O deu à luz, pelo poder do Espírito Santo.

A Eucaristia é a actualização do Mistério Pascal, pelo Sacrifício da Cruz e pela gloriosa Ressurreição de Jesus Cristo. Esse Sacrifício de Jesus, que Se entregou por amor, corresponde ao Fiat ao Sim de Maria. O sim que continuou durante toda a sua vida. No momento solene da morte de Jesus, Maria oferece o Seu Filho e oferece-Se, com Ele, renovando o Seu sim duma maneira absoluta, repleto de verdadeiro amor. Todo esse amor, sob a acção do Espirito Santo, está presente em cada Eucaristia – “Mistério de Fé e Amor”. Por tudo isso o Beato João Paulo II escreveu a linda e profunda Encíclica – “A Igreja vive da Eucaristia” para que possamos viver mais profundamente esse Mistério.

João Paulo II, ao escrever esta encíclica, tinha em mente Maria, mulher eucarística, por analogia entre o seu fiat, na Anunciação, e o sim de Jesus, no Alto da Cruz e no Altar, duma maneira cruenta e incruenta, quando se celebra a Eucaristia, respectivamente. A este respeito, dizia o Santo Padre: “Existe uma profunda analogia entre o fiat pronunciado por Maria, em resposta às palavras do Anjo, e o ámen que cada fiel pronuncia quando receber o Corpo de Senhor”.

E pergunta: se não será o mesmo olhar, quando Ela contemplou o Seu Filho recém-nascido que quer que nas nossas comunhões eucarísticas tenhamos para com Jesus na Eucaristia. A Senhora da Eucaristia é, realmente, a Mãe do Pão do Céu para alimento das nossas almas; é modelo na nossa Eucaristia. Ela ensina-nos, pelo seu “Magnificat”, a louvar e a adorar o Mistério Eucarístico e a invocá-La como “a senhora da Eucaristia”, disse João Paulo II na sua encíclica.

HÉLDER GONÇALVES

segunda-feira, 7 de maio de 2012

MARIA NOSSA MÃE

Entre os santos que deram a vida à humanidade, a Igreja cita, em primeiro lugar, Maria, a primeira de entre todas as criaturas, escolhida por Deus para ser Mãe de Jesus e também nossa Mãe na ordem da graça. Ela é a primeira discípula de Jesus e a primeira cristã no seguimento de seu Filho. Melhor que ninguém, Maria aponta-nos Cristo na totalidade do seu mistério.

A denominação essencial de Maria no Novo Testamento é a de «Mãe de Jesus» (Mc 3,31; Jo 2,1-15; 19,25-27; Act 1,14). É com este título que Ela se inscreve na história da salvação como elo indispensável da mesma (Gal 4,4-5). Em Maria, a antiga Aliança dá lugar à nova, porque Ela consentiu plenamente no projecto de Deus: Ser Mãe de Jesus e nossa Mãe; colocou-se de um modo tão absoluto ao serviço do Espirito Santo que, pelo seu poder, se gerou nela o Filho. Os Padres da Igreja repetem-no continuamente: Maria concebeu Jesus na fé, antes de O conceber na carne.

Nossa Senhora é Mãe de Jesus, não só no sentido biológico ou físico, mas também no sentido espiritual, na ordem da graça. Quando uma mulher do povo, que ouvia a pregação de Jesus, exclamou: «Feliz o seio que Te trouxe e os peitos que Te amamentaram», exaltando assim a maternidade biológica de Maria, Jesus acrescentou: «felizes os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática».

Desta forma indica que a grandeza da sua Mãe se fundamenta também na fé: Ela escutou atentamente a Palavra do Senhor, guardando-a e meditando-a no seu coração para compreender o seu sentido profundo, e dispôs-se a colaborar humildemente com o desígnio de Deus: «Eis a Serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a Tua Palavra».

Recorrendo a Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, entregamo-nos ao Seu cuidado materno através da oração. Mas, o amor filial á Virgem Maria manifesta-se na imitação das suas virtudes. Ela é a Serva do Senhor que nos apresenta Jesus como Luz e Salvação da Humanidade.

HÉLDER GONÇALVES

domingo, 6 de maio de 2012

MÃE

17.08.1926 - 03.03.2009
* CARTA À MINHA MÃE
Como não pensar em ti, mãe, no dia em que para mim, como para muitos, continua a ser o verdadeiro Dia da Mãe?

Partiste a 03.03.2009, há três anos, mas nem assim me esqueço de ti.

Sei, mãe, que por aí, a contragosto meu, os dias continuam frios e um pouco escuros demais.

Outrora, mas não há muito, há três Primaveras, por exemplo, os ossos doeram-te na mesma, as rugas denunciavam os mesmos dias de dureza, passado e presente, os achaques eram os mesmos, o sono foi curto como sempre. Mas o frio não era o mesmo. E não falo assim por causa destes líquidos dias de chuva intermitente e fria.

Falo assim, porque também eu tenho mais frio neste percalço de Primavera 2012.

Desde que me lembro nunca passei tanto frio como nos últimos dias. E não sei como nem porquê, ele aumenta quando me lembro que hoje é o Dia da Mãe! Sei bem que o Dia da Mãe são todos os dias, todos os dias, todos os dias mesmo, mãe.

Ainda me lembro do teu rosto sem rugas. Ainda me lembro do teu passo ágil, ligeiro. Ainda me lembro dos teus braços fortes. Ainda me lembro que nesse tempo de sol quente não havia Dia da Mãe. Porque tu eras mãe todos os dias! Eu e os meus irmãos tivemos mãe todos os dias, embora por vezes incompreendida. Mas agora há Dia da Mãe, talvez porque haja mais coisas para comprar para mães a menos. Ou com tempo a menos.

Sim, mãe, até partires não me falhou. Mas também até partires não senti tanto frio como sinto hoje.

Tinhas as tuas ideias e um caminho para escoá-las. Lembro-me bem, sobretudo, da tua época áurea, a época dos teus sonhos, dos nossos sonhos, dos meus sonhos. Lembro-me bem que começou a amanhecer. E no amanhecer fui buscando o meu caminho, enfrentando novos horizontes, acaudalando sonhos diferentes, prespectivando novas soluções, buscando outras águas, outros prados, outros rumos.

Começaste aí a ser mais mãe. Vias-me de longe e sobretudo de longe a longe. Mas vias-me, e eu sei que os filhos gostamos que as mães nos vejam quando procuramos equilibrar-nos nos primeiros andamentos de bicicleta.

Não nasci, como bem sabes, para ficar no ninho ou por perto dele. E a bicicleta levou-me por vezes para longe de ti. Mas tem piada! Agora lembro-me quando por vezes pegavas no telefone e me ligavas e começavas: «Querido Filho…», e essa voz continuo a ouvir no tempo e a sentir a tua presença, sempre preocupada no meu dia-a-dia.

Sim, já partiste, e é esse frio de que tanto me custa falar, porque não estava habituado a ele. E, meu Deus, como hei-de habituar-me? Ah, mas que fogo me há-de aquecer com a sua ausência?

Agora voltas a ser novamente mãe e pai. Não foi assim que cresci, vendo-te a fazer girar a mó do moinho e a pegar na rabiça do arado? Agora, porém, as tuas mãos já não têm força e esmaeceram sob o sol fresco da Primavera. Peço por isso a Deus, a Quem elas se vão elevando, para me abençoar, abençoar os filhos e netos, os nossos sonhos, as nossas labutas e combates.

Agora que voltas a ser mãe e pai, lembro-me bem das curvas do teu colo, do teu regaço onde sabia bem adormecer, quando lá jamais trepavam dragões, porque desde lá jamais se viam fantasmas ou guerras, jamais se sentia medo ou terror algum.

Agora que voltas a ser mãe e pai, quero lembrar-me bem que foi à lareira do teu colo que eu aprendi a ter fé, que primeiro amei Jesus e Maria, José, os Santos que estavam por toda a casa, o Santo Padre e a Bíblia.

Agora que voltas a ser mãe e pai, oro duplamente por ti ao Pai. Rezo-lhe para que vele por ti, que é o mesmo que velar por nós.

Fico sem palavras agora que voltas a ser mãe e pai. Di-las-ei qualquer dia, num outro qualquer Dia da Mãe.

Onde quer que estejas, algures no Céu, mãe, recebe um beijo sentido deste teu filho e não deixes de continuar a velar por mim.

HÉLDER GONÇALVES

sexta-feira, 4 de maio de 2012

100 SEGUIDORES

O nosso Blog completou hoje 100 Seguidores.

É um dia de muita alegria para nós e uma bênção de Deus, sabermos que temos tanta gente que nos segue.

Isto traz-nos uma responsabilidade acrescida pelas matérias publicadas e ao qual prometemos não descuidar a sua qualidade e diversidade de conteúdos.

Queremos agradecer todos aqueles que ao longo destes dois anos de existência nos visitaram e nos deram força para continuar na nossa missão de evangelizar.

Todos nós estamos neste mundo com um propósito: anunciar a Palavra de Deus, até aos confins do mundo.

Que Deus nos dê força a nós e a vós para continuarmos a sua missão na terra. “Ide por todo o mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura”. Mc 16,15

OBRIGADO, a Todos.

RICARDO IGREJA e HÉLDER GONÇALVES

quarta-feira, 2 de maio de 2012

ACÓLITOS EM FÁTIMA - Coroinhas

Ontem, dia 1 de Maio, mês de Maria, decorreu no Santuário de Fátima, mais uma Peregrinação Nacional de Acólitos (Coroinhas), onde estiveram presentes mais de 4.000 de quase todas as dioceses do País. 

Logo pela manhã, iniciaram-se os trabalhos no centro Paulo VI que foi demasiado pequeno para todos os que queriam participar neste encontro.

D. Anacleto Oliveira, Bispo de Viana do Castelo na qualidade de Presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, celebrou a Eucaristia às 12h30 na Igreja da Santíssima Trindade.
D. Anacleto baseou a sua homlia no tema do encontro deste ano "Quereis-vos oferecer a Deus"  salientando o projecto de santidade na vida de cada acólito, para que um dia sejam dignos da Alba que vestem e possam figurar juntamente com o Beato Francisco e São Tarcísio, padroeiros dos Acólitos, no número dos santos.

No final da celebração foi apresentado o novo Hino Oficial dos acólitos de Portugal. (www.youtube.com/user/snacolitos  ou www.youtube.com/watch?v=n8Pz8o2bo3M)

Na parte da tarde, pelas 16h na Capelinha, os acólitos rezaram o terço e às 17.30h participaram na Procissão do Santíssimo Sacramento no Recinto do Santuário.

HÉLDER GONÇALVES

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