- Para os Gregos, Delfos foi um local de peregrinação sagrado.
- Aqui vinham os réis das cidades-estados antes de uma guerra, de um negócio ou de um casamento, para ouvir, da boca da pitonisa, que as suas expectativas estavam certas.
- Aqui vinham os réis das cidades-estados antes de uma guerra, de um negócio ou de um casamento, para ouvir, da boca da pitonisa, que as suas expectativas estavam certas.
- E assim foi durante muitos séculos, até que a
incrédula Roma decidiu esquecê-lo.
Considerada pelos antigos Gregos como
o centro da Terra, a cidade de Delfos estava situada na encosta sudoeste do
monte Parnaso, apenas a dez quilómetros do golfo de Corinto.
Em 480 a.C, um terramoto frustrou um
ataque persa À cidade, o que foi visto como uma intervenção de Apolo. No entanto, a riqueza de Delfos fez com que fosse objecto de repetidos ataques e
invasões. Em 346 a.C, foi assolada pelo rei Filipe II da Macedónia. Os Celtas
chegaram mesmo a realizar uma incursão em 279 a.C.
Com a chegada do Império Romano e a
cristianização da Grécia, Delfos entrou em decadência. As suas obras de arte e
tesouros foram saqueados; só o imperador Nero apoderou-se de 500 estátuas.
Surpreendentemente, o oráculo continuou activo até 390 d.C, momento em que foi
definitivamente encerrado por Teodósio I, imperador romano do Oriente e do
Ocidente.
Em 1892, iniciaram-se escavações, que
trouxeram à luz vários templos, um altar e um estádio, bem como os muros
originais da cidade. Encontraram-se também inscrições com hinos dedicados a
Apolo.
A escolha deste lugar sagrado para o
oráculo tem origem no deus do amor, filho de Zeus e de Leto. De acordo com a
lenda, Apolo derrotou a gigantesca serpente que guardava o santuário. A partir
deste facto mitológico, os sacerdotes de Delfos desenvolveram um sofisticado
ritual em torno da sacerdotisa, a pítia, através do qual o próprio Apolo se
manifestava para revelar o presente e o futuro.
Alexandre de Delfos - «Antes da invasão da Pérsia…, os Gregos
acreditavam cegamente no oráculo de Delfos, onde uma pitonisa escondida numa
gruta revelava o futuro. Alexandre Magno dirigiu-se a Delfos para que o oráculo
confirmasse a sua vitória, mas a pítia não o quis receber porque não era dia de
previsões. Alexandre entrou então na gruta sagrada e puxou a pitonisa,
arrastando-a pelos cabelos. As sacerdotisas do templo e os soldados estavam
horrorizados, porque acreditavam que Alexandre caíria imediatamente fulminado
por um raio divino, como assegurava a lenda. No entanto, não lhe aconteceu nada
e a pitonisa, morta de medo, viu-se obrigada a confirmar a invencibilidade de
Alexandre. Diz-se que esta visita ao oráculo marcou o fim da Antiguidade e o
inicio do classicismo»: (Francesco Moralles)
HÉLDER GONÇALVES
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