segunda-feira, 1 de setembro de 2014

ORÁCULO DE DELFOS - Grécia

- Para os Gregos, Delfos foi um local de peregrinação sagrado.

- Aqui vinham os réis das cidades-estados antes de uma guerra, de um negócio ou de um casamento, para ouvir, da boca da pitonisa, que as suas expectativas estavam certas. 

- E assim foi durante muitos séculos, até que a incrédula Roma decidiu esquecê-lo.


Considerada pelos antigos Gregos como o centro da Terra, a cidade de Delfos estava situada na encosta sudoeste do monte Parnaso, apenas a dez quilómetros do golfo de Corinto.

Em 480 a.C, um terramoto frustrou um ataque persa À cidade, o que foi visto como uma intervenção de Apolo. No entanto, a riqueza de Delfos fez com que fosse objecto de repetidos ataques e invasões. Em 346 a.C, foi assolada pelo rei Filipe II da Macedónia. Os Celtas chegaram mesmo a realizar uma incursão em 279 a.C.

Com a chegada do Império Romano e a cristianização da Grécia, Delfos entrou em decadência. As suas obras de arte e tesouros foram saqueados; só o imperador Nero apoderou-se de 500 estátuas. Surpreendentemente, o oráculo continuou activo até 390 d.C, momento em que foi definitivamente encerrado por Teodósio I, imperador romano do Oriente e do Ocidente.

Em 1892, iniciaram-se escavações, que trouxeram à luz vários templos, um altar e um estádio, bem como os muros originais da cidade. Encontraram-se também inscrições com hinos dedicados a Apolo.

A escolha deste lugar sagrado para o oráculo tem origem no deus do amor, filho de Zeus e de Leto. De acordo com a lenda, Apolo derrotou a gigantesca serpente que guardava o santuário. A partir deste facto mitológico, os sacerdotes de Delfos desenvolveram um sofisticado ritual em torno da sacerdotisa, a pítia, através do qual o próprio Apolo se manifestava para revelar o presente e o futuro.

Alexandre de Delfos - «Antes da invasão da Pérsia…, os Gregos acreditavam cegamente no oráculo de Delfos, onde uma pitonisa escondida numa gruta revelava o futuro. Alexandre Magno dirigiu-se a Delfos para que o oráculo confirmasse a sua vitória, mas a pítia não o quis receber porque não era dia de previsões. Alexandre entrou então na gruta sagrada e puxou a pitonisa, arrastando-a pelos cabelos. As sacerdotisas do templo e os soldados estavam horrorizados, porque acreditavam que Alexandre caíria imediatamente fulminado por um raio divino, como assegurava a lenda. No entanto, não lhe aconteceu nada e a pitonisa, morta de medo, viu-se obrigada a confirmar a invencibilidade de Alexandre. Diz-se que esta visita ao oráculo marcou o fim da Antiguidade e o inicio do classicismo»: (Francesco Moralles)

HÉLDER GONÇALVES


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