Há uma lenda que diz que OS MONGES CARTUCHOS CAVAM A SUA PRÓPRIA
SEPULTURA, dia após dia, para que esteja pronta no dia em que eles morrerem.
E
conta-se também que quando dois cartuchos se cruzam no claustro, um diz: “Morrer
havemos", e o outro responde: “Já o sabemos”. Mas é apenas uma lenda.
Enquanto muitos religiosos dos nossos tempos procuram a fama e os
holofotes, os cartuchos procuram o "deserto", e ali vivem para sempre,
desconhecidos e escondidos. Morrem repetindo o latim medieval: “da cella ad cœlum”, da cela ao Céu.
O corpo do monge falecido é enterrado com o hábito branco, sem
caixão. E como recebe a “pedrinha branca” do Apocalipse com o seu nome, na
sepultura ele não terá nome.
Os seus irmãos realizam um funeral sóbrio, mas muito sentido. Os
cantos litúrgicos acompanham o cair da terra sobre um rosto protegido pelo
capuz fechado, para que a sua face só veja a Face de Deus.
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