“O amor de Jesus Cristo para connosco é divino e humano, por
possuir Ele uma natureza e uma vontade divina e humana. Por isso o Sacratíssimo
Coração do Salvador pode ser considerado como o símbolo do Seu tríplice amor
para connosco: divino, humano espiritual e humano-sentimental.
No culto do Sacratíssimo Coração de Jesus veneramos sobretudo o amor humano de Jesus Cristo para com o género humano, além do Seu amor divino para connosco, que, como amor à miséria, é misericórdia Divina. De maneira que nesse culto veneramos apenas um vestígio da Divina misericórdia – que com ela se relaciona.
No culto do Sacratíssimo Coração de Jesus veneramos sobretudo o amor humano de Jesus Cristo para com o género humano, além do Seu amor divino para connosco, que, como amor à miséria, é misericórdia Divina. De maneira que nesse culto veneramos apenas um vestígio da Divina misericórdia – que com ela se relaciona.
No culto da Divina misericórdia, o objecto material mais próximo é o sangue e a
água que brotaram do lado aberto do Salvador na cruz. Eles são o símbolo da
Igreja (...). Esse sangue e essa água fluem incessantemente na Igreja em forma
de graças que purificam as almas (no sacramento do baptismo e da penitência) e
que proporcionam a vida (no sacramento do altar), e o seu autor é o Espírito
Santo, que o Salvador concedeu aos Apóstolos. (...) O objecto formal nesse
culto, ou seja, a sua motivação, é a infinita Misericórdia de Deus Pai, Filho e
Espírito Santo em relação ao homem decaído.
É o amor de Deus para com o género
humano num sentido mais amplo, visto que não é um amor que se compraz com a
perfeição, mas um compassivo amor à miséria...
(...) Do acima resulta que o culto da Divina misericórdia é uma consequência
lógica do culto do Coração de Jesus, com o qual mantém relação, mas agora se
apresenta separadamente e com ele não se identifica, visto que possui um outro
objecto material e formal, bem como um objectivo inteiramente diverso: diz
respeito a todas as Três Pessoas da Santíssima Trindade, e não apenas à
Segunda, como aquele, e corresponde mais ao estado psíquico do homem de hoje,
que necessita da confiança em Deus. JESUS, EU CONFIO EM VÓS, e por Vós confio
no Pai e no Espírito Santo.
A devoção à Divina misericórdia – misericórdia que Deus nos proporciona no
sacramento da penitência – faz parte daquelas que correspondem a todas as
almas. Com efeito, visa à glorificação do Salvador Misericordiosíssimo, não em
algum estado ou algum mistério seu particular, mas na sua universal
misericórdia, na qual todos os mistérios encontram a sua mais profunda elucidação.
E, embora essa devoção se distinga claramente, apresenta em si algo de
universal, visto que as nossas homenagens se voltam à Pessoa glorificada do
Deus Homem. Isso se expressa pela jaculatória: JESUS, EU CONFIO EM VÓS, que
desperta na alma do homem o sentimento de miséria e de pecaminosidade, bem como
a virtude da confiança, que é a base da nossa justificação”.
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