Se eu tenho
uma dor de dentes, todo o corpo se sente mal.
Da mesma
forma: Se eu faço o bem, toda a gente é beneficiada; se eu faço o mal, toda a comunidade
é prejudicada.
Por isso, o
perdão de Deus dá-se através da reconciliação com a Igreja.
O sacerdote é
aquele que dá o perdão em nome de Deus, e reconcilia em nome da Comunidade.
- Calma e silêncio são aspectos fundamentais.
- Confesse os seus pecados e deixe os dos outros para eles.
- Seja simples e não conte histórias.
- Não passe à frente dos outros, mesmo que sejam crianças: é pecado contra a justiça. (Será necessário, para haver respeito, instalar o sistema das etiquetas por ordem de chegada?)
- Enquanto espera, dedique o seu tempo à oração e meditação.
- A confissão não é um interrogatório feito pelo sacerdote.
- Ao tentar enganar o sacerdote (é fácil!), está a enganar-se a si próprio, porque a Deus ninguém engana.
- Diga o acto de contrição de forma que
se entenda. (Se não o souber, pode aprendê-lo ou utilizar mesmo esta
folha.)
Meu
Deus, porque sois tão bom,
tenho muita pena de vos ter
ofendido,
ajudai-me
a não tornar a pecar. Ámen!
OU
Meu Deus, porque sois infinitamente
bom,
eu vos amo de todo o meu coração;
pesa-me de vos ter ofendido,
e com o auxílio da vossa divina
graça,
proponho firmemente emendar-me
e nunca mais vos tornar a ofender.
Peço e espero o perdão das minhas
culpas
pela Vossa infinita misericórdia. Ámen!
* EU... E EU
PRÓPRIO
- Aceito-me como uma pessoa com qualidades e defeitos?
- Respeito a minha dignidade e a dos outros?
- Aceito os outros como eles são, diferentes de mim?
- Assumo que sou chamado a praticar o bem?
- Sinto-me como uma pessoa de consciência e honra?
- Procuro sempre a verdade, ou submeto-a aos meus interesses?
- Vivo da imagem e cultivo as aparências?
- Fundamento as minhas opiniões ou deixo-me levar na enxurrada?
- Estou a realizar a minha felicidade ou apenas a dar mais atenção ao aspecto económico?
- A minha realização pessoal é mais importante do que tudo?
- Uso uma linguagem séria, honesta e limpa?
- Que lugar ocupam as anedotas e os palavrões?
- Sou fiel à minha palavra e levo até ao fim os compromissos assumidos?
- Assumo os estragos, voluntários ou involuntários, causados aos outros?
- Como utilizo o meu tempo? Sou dependente da televisão, dos jogos, ou de coisas inúteis?
- Respeito o meu corpo e a minha saúde, ou estrago-o com excessos de trabalho, ou comendo e bebendo sem medida, fumando, consumindo drogas ou prostituindo-me?
- O sexo é uma obsessão? Como são os meus comportamentos? Alimento pensamentos e desejos que não deveria? - Tenho consciência de que o sexo implica o amor?
- No namoro, no casamento ou noutra situação sou honesto e fiel?
- Revistas e filmes pornográficos que lugar ocupam na minha vida?
* EU... E A FAMÍLIA
- Ajudo, quero bem e procuro compreender os outros, sem impor a minha opinião?
- Sou uma pessoa preocupada com os problemas da minha família?
- Tenho procurado realizar a felicidade dos outros, ou são eles o “bode expiatório” dos meus stress e más disposições?
- Aceito reconhecer que errei e peço desculpa, mesmo que seja aos filhos ou aos pais?
- Preocupo-me com a educação humana, sexual, social e cristã dos filhos? Sou para eles um bom exemplo de vida?
- Participo nas reuniões da Escola e da Catequese? Porque não?
- Que lugar ocupam, na minha família, os mais idosos?
- A minha relação conjugal é equilibrada e sã? Há “outros amores”?
- Os laços do amor quebram-se por causa do álcool ou com maus tratos?
- Rezo em casal ou em família?
- Gosto do meu lar ou é somente espaço para comer e dormir?
- Ando zangado com alguém da família? É por causa das partilhas? Perdoo mesmo?
- Respeitei sempre, na minha família, o direito à vida?
- Na relação conjugal/sexual sou generoso ou só procuro a minha satisfação, esquecendo o outro?
- Sinto que os outros são tão importantes quanto eu? Julgo-me superior a eles?
- Gozo com a ignorância ou simplicidade dos outros?
- Defendo os mais simples ou estou sempre do lado dos poderosos?
- Sigo a verdade e a minha consciência, ou deixo-me levar por clubismos, fanatismos, influências, compadrios, politiquices ou “cusquices”?
- Prejudiquei os outros: no trabalho, nos bens, em roubos, assaltos, incêndios, falsos testemunhos, fuga aos impostos? Vivo à custa dos outros, ou exploro o trabalho, a generosidade, etc. de alguém?
- Pertenço ao grupo dos críticos de tudo e de todos, ficando eu de fora?
- Tenho colaborado em actividades ilícitas?
- Procuro realizar um trabalho sério para ter direito a uma remuneração adequada?
- Estou preocupado com os grandes problemas e necessidades do mundo, sou sensível à partilha com os mais pobres?
- Colaboro activamente nas associações e organizações a que pertenço?
- Preocupo-me com a perda de valores da nossa sociedade? Que faço para os promover?
- Que lugar ocupa o voluntariado no meu dia-a-dia?
- Tenho consideração e respeito pelas crianças e pelos deficientes? Maus tratos, pedofilia, trabalhos inadequados?
- Penso mal ou faço juízos precipitados a respeito dos outros?
- Que tenho feito para que haja mais paz e justiça e o mundo se torne melhor?
- Que lugar ocupa Deus na minha vida? Paro para O escutar, ou vivo apenas preocupado com o êxito, o poder, o dinheiro, o sexo, o prazer e o bem-estar? Que lugar dou à oração e à escuta da Sua Palavra?
- Deixo-me amar por Deus pondo n’Ele toda a minha confiança?
- Tenho procurado esclarecer e purificar a minha fé? Deixo-me seduzir pela superstição, horóscopos, bruxarias e “outros poderes”?
- O meu Deus é o Deus de sempre ou o Deus da ocasião e do medo?
- Como baptizado, exprimo a minha fé em comunhão com a Igreja?
- Tenho procurado viver a Vida Nova de Jesus Cristo, ou limito-me às “vistorias” obrigatórias?
- Tomo parte activa na Missa dominical, ou sou cliente de “corpo presente”?
- Rezo a pensar só em mim, ou tenho o sentido da oração comunitária?
- Rezo pelas grandes intenções da Igreja?
- Rezo pelos doentes, pela igreja missionária e pelas vocações?
- Vivo em comunhão e paz com os outros? Se ando zangado, continuo a comungar o Corpo de Cristo?
- Sou membro activo da Igreja, ou jogo com um pau de dois bicos?
- Aceito a renovação da Igreja, ou jogo sempre à defesa?
- Assumo a doutrina da Igreja, mesmo quando não me agrada?
- Fora da igreja, procuro ser fiel à minha fé, ou tenho vergonha de me afirmar?
- A minha religião fica guardada na igreja, ou levo-a para o mundo do trabalho, da política, da vida social, da escola, para as férias, para as discotecas, para o futebol?..
- As anedotas a respeito de padres e freiras dão-me gozo ou pena?
- Quando é preciso apresentar opiniões, apareço ou fico em casa, demitindo-me da minha corresponsabilidade e comunhão de Igreja?
- Contribuo generosamente com bens e serviços para o bem da Comunidade, ou vivo à custa dos outros?
- Participo da ideia de que os padres dão cabo da fé ao povo, para defender tradições vazias?
- Resisto aos apelos de Deus? Estou a seguir a minha vocação?
- O bem que faço está impregnado de amor ou simplesmente pelo sentido do dever?
- Que é que eu podia ter feito de bem e não fiz?
HÉLDER GONÇALVES