Antes de se tornar no ícone do
cristianismo e até da própria cultura ocidental, foi utilizada, na Antiguidade,
por outras culturas e religiões, assumindo os mais diversos significados, como
instrumento de castigo e de morte.
Os romanos, por exemplo, utilizavam o
suplício da cruz – mais não era do que a crucificação imposta mais tarde a Cristo
– como a pena mais cruel e vergonhosa que podia ser infligida aos seus escravos
e súbditos.
O sentido espiritual da cruz, indicado
pelo próprio Jesus Cristo e reforçado por São Paulo, foi incluído no culto
cristão, segundo se crê, logo a seguir à era apostólica.
De instrumento tosco de suplício,
composto por dois troncos de madeira unidos perpendicularmente, a cruz passou,
então, a símbolo, mais ou menos elaborado, mais ou menos rico, do triunfo e do
amor; utilizado na guerra e em actos litúrgicos.
Apesar de a sua forma poder variar
ligeiramente, a Cruz Latina apresenta braços superiores e laterais com o mesmo
comprimento e braço inferior com o dobro do tamanho dos restantes.
A tradição diz que estas eram as
proporções da cruz sobre a qual Cristo foi crucificado.
A Cruz Latina é, ainda, uma forma
profusamente utilizada na configuração das plantas arquitectónicas de igrejas,
catedrais e outros monumentos religiosos, um pouco por todo o mundo, mas
sobretudo no Ocidente, rivalizando, neste aspecto, com a Cruz Grega.
HÉLDER
GONÇALVES
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