segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

QUEM SOU EU ?

Quem sou eu perante mim mesmo?

Quem sou eu perante os outros?

Quem sou eu perante Deus?

Quem sou eu em mim mesmo?


Nós temos muitas identidades na única identidade que nós somos. Somos uns para nós mesmos (temos uma imagem de nós mesmos); somos diferentes para os outros (eles têm outra imagem diferente daquela que nós temos de nós mesmos) e mais ainda diferentes para Deus a quem não enganamos, nem escondemos nada. Ele que conhece a nossa verdadeira e total identidade. Para mim posso pensar que sou um e ser diferente; para os outros posso parecer um e ser diferente; para Deus sou quem sou… Não há máscaras, não há mentiras, não há enganos…

A nossa identidade (o saber “quem sou eu?”) é muito importante quer nesta parte da nossa vida antes da morte, quer na parte da nossa vida depois da morte.

A nossa vida é uma só. Há só uma vida. Na dimensão corporal, terrena e na dimensão futura depois da morte. A minha identidade é a mesma. Sou o mesmo, mas sou diferente antes de morrer e depois de morrer. Mas é importante dizer: “sou o mesmo, mas estou diferente”. Aliás até neste mundo, sou o mesmo, mas estou diferente hoje do que era há dez, 20, 30 anos atrás. O mesmo poderei dizer daqui a 10, 20, 30 anos e depois da morte. Sou o mesmo, mas estou diferente.

O SER permanece, o ESTAR mudar.

Saber quem sou é muito importante.
Quem me dá a minha identidade?
Quem me diz quem sou?
Serei eu mesmo, será a minha auto-consciência?
Será a minha memória?
Será o meu corpo biológico, as minhas células?
Será aquilo que faço?
Será aquilo que tenho?
Será aquilo que conheço quem me dá a minha identidade?
Será o meu carácter e personalidade?
Tudo isto é aceitável, mas incompleto, como uma verdade parcial.

Numa perspectiva antropológica cristã, NÃO SOU EU QUE DOU A MINHA IDENTIDADE A MIM MESMO, porque não sou eu que dou a vida e o ser a mim mesmo.

A minha identidade é RECEBIDA em relação com os outros e com Aquele que é totalmente OUTRO porque radicalmente diferente dos outros humanos. Este OUTRO, eu chamo de Deus. O ser humano é um ser que se relaciona com o mundo, consigo mesmo, com os outros e se relaciona com Deus (aceitando, rejeitando, ignorando).

O bebé e a criança descobre-se a si mesmo e à sua identidade na sua relação com os outros e com o mundo à sua volta.

O ser humano é um ser Dado por Deus, criado por Deus (naturalmente servindo-se dos pais), chamado por Deus a relacionar-se com Ele.

A nossa identidade e a permanência da nossa identidade depende Daquele que nos dá a vida – Deus e depende dos outros como instrumentos de Deus.

Nós somos e existimos enquanto Deus nos der a vida e a existência e nos relacionamos com os outros.

A quaresma aproxima-se e é tempo de pensar a sério.

Quem sou eu?

Para que serve a minha vida?

Como estou a gastar a minha vida?

Qual o sentido da minha vida?

Qual o sentido da minha morte?

Que significa para mim viver?

Que significa para mim morrer?


Hélder Gonçalves

sábado, 19 de fevereiro de 2011

VIVE O PRESENTE

Senhor,
dia após dia,
instante após instante,
eu redijo o romance da minha vida
escrevo-o para a eternidade.

Concede-me que eu viva o mais possivel
em plenitude cada instante.

Cada instante que me dás
nunca mais será dado novamente.
Não quero que isso me angustie
mas que me dê o desejo
de não desperdiçar a minha vida.

Cada instante
é uma gota de união Contigo
eu não vivo o passado nem o futuro
mas vivo este momento.

E se eu estou unido a Ti, tenho Tudo.

Ricardo Igreja

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

IRMÃ LUCIA - 6 Anos depois

Santuário de Fátima
 Celebrou-se recentemente o 6º aniversário da morte da Irmã Lúcia, vidente de Fátima, que faleceu no dia 13 de Fevereiro de 2005, com 97 anos, no Mosteiro das Carmelitas, em Coimbra, onde viveu mais de 50 anos e onde os seus restos mortais permaneceram durante um ano a seu pedido.
 
A 19 de Fevereiro de 2006 o seu corpo foi trasladado para a Basílica do Santuário de Fátima, onde se encontra sepultado ao lado da sua prima, a beata Jacinta Marto.
 
Esta data foi assinalada com uma Eucaristia tanto em Coimbra como em Fátima.
 
O dia 13 de cada mês, é um dia que se celebra de um modo especial em Fátima todo o ano e são muitos os peregrinos que ali afluem todos os meses, embora as aparições tenham decorrido entre Maio e Outubro, afirmou o reitor do Santuário, padre Virgílio Antunes.
 
O Bispo de Coimbra, Dom Albino Cleto destacou a «fidelidade da irmã Lúcia na sequência do que Nossa Senhora lhe pediu»

Neste momento, está a decorrer o processo de beatificação, aguardando algumas formalidades que podem demorar ainda algum tempo mas que será coroada de êxito, assim como foram os seus primos Jacinta e Francisco já Beatos.
 
Os peregrinos depositam na Irmã Lúcia muita confiança na sua Beatificação, a quem ela era e continua a ser apenas o caminho para Deus.
 
Hélder Gonçalves
 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SÃO VALENTIM - AMOR VERDADEIRO


No dia 14 de Fevereiro é hábito os jovens celebrarem o dia de S. Valentim, o chamado Dia dos Namorados. Na ocasião, trocam prendas ou mensagens de amor. No entanto, a maneira de viver este dia pode ser também uma superficialização, banalização e comercialização de um valor tão nobre e profundo como é o amor.
A associação do dia de São Valentim ao amor, deve-se à uma tentaiva de cristianisar o festival pagão de Lupercália, festejado no dia 15 de fevereiro. Esta data marca o início do acasalamento dos pássaros, sendo uma festa dedicada à fertilidade.

A partir da minha experiência com jovens e adolescentes apercebo-me, cada vez mais, da sensação de frustração e de fracasso que muitas destas experiências provocam. Há que recuperar e afirmar o valor deste sentimento.
 
* São Valentim
 
Há várias teorias relativas à origem de São Valentim e à forma como este mártir romano se tornou o patrono dos apaixonados. Uma delas afirma São Valentim como um mártir que, em meados do século III, se recusou a abdicar da fé cristã que professava e, consequentemente, foi decapitado.
Outra sustenta que o imperador romano teria proibido os casamentos de modo a ter mais homens para as frentes de batalha. Um sacerdote cristão, de nome Valentim, teria violado este decreto imperial e realizava casamentos em segredo. Este segredo teria sido descoberto e Valentim teria sido preso, torturado e condenado à morte.
 
Ambas as teorias apresentam factores em comum. São Valentim foi um sacerdote cristão ou um mártir que teria sido morto a 14 de Fevereiro de 269, por não abdicar das suas convicções: o amor aos homens e a Deus. Foi, podemos dizê-lo, um mártir do amor.
 
* Amar e ser amado
 
Cada um de nós tem gravado no seu interior a necessidade de ser amado e de amar. A pessoa humana foi feita para a relação.
Há diversos tipos e níveis de amor: o amor entre Deus e os homens; o amor entre esposos; o amor entre pais e filhos; o amor entre amigos… Todos eles revelam a necessidade de nos entregarmos e de nos darmos a conhecer de uma maneira mais profunda e total em vista à nossa felicidade.
 
O maior desafio para cada um de nós é… encontrar o amor da nossa vida. Aquele amor total, que inclui a pessoa toda, tanto a alma como o corpo. Nesse amor, uma pessoa pode dizer e exprimir tudo, até ao mais íntimo, porque o outro vai compreendê-la, aceitá-la e amá-la tal como é. Há uma confiança absoluta e recíproca que permite e exige transparência e abertura – condições para a relação.
 
O amor engloba a totalidade da pessoa (corpo e alma) e é uma entrega total e incondicional.
 
* Amor de Deus e a Deus
 
Amar! É isto o que Deus faz por nós e é o que Ele quer que nós façamos por Ele. E amar é a entrega incondicional, que gera vida e felicidade.
 
«Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna», escreveu o apóstolo predilecto de Jesus, João, no capítulo 3, versículo 16 do seu Evangelho. Deus deu-nos o exemplo, para que nós possamos aprender o verdadeiro sentido do amor que é sempre uma entrega total e incondicional ao outro. Assim, para nós cristãos, a origem e o fundamento do amor encontra-se em Deus, que nos amou, que nos convida a amá-l’O, e que nos apresenta como mandamento fundamental que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou (lê no Evangelho de São Mateus o capítulo 22, versículos 37 a 39).
 
* Amor ao próximo e do próximo
 
O amor é o princípio que sustenta, qualifica e dignifica as relações humanas. Há vários tipos de amor, com várias intensidades e tonalidades mas que no fundo revelam um único sentimento: o carinho, o encanto, a admiração e o respeito pelo outro.
 
O amor, assim como todos os valores, não é uma coisa concreta e palpável, mas manifesta-se e expressa-se através de coisas concretas e palpáveis: os gestos.
 
O amor, por sua própria natureza, jamais se esgota. Podemos sempre amar mais e melhor. Acima de tudo, o amor cria um norte nas nossas vidas, funciona como uma bússola para os nossos sentimentos, pondo em ordem o nosso caos emocional. É através dele que conseguimos discernir o que há de mais importante e o de menos importante.
 
O amor é o sentimento mais íntimo, profundo e maior que uma pessoa pode sentir, que a absorve por inteiro, levando-a a entregar-se a outro de forma livre e responsável, com vista à construção da sua própria felicidade e da felicidade do outro. O amor é, assim, uma entrega recíproca, incondicional, mas restrita. Quando duas pessoas se amam, sabem que vão compartilhar toda a sua vida, ao ponto de já não serem dois mas um só: uma só carne e uma só vida.
 
Neste espírito, o amor conjugal é um projecto único de felicidade a dois, que pressupõe adaptações e sacrifícios em vista ao bem comum. Dizer a uma pessoa que a amo é dizer que me quero entregar e me comprometer incondicionalmente e para sempre num projecto de felicidade e realização pessoal. Não tem sentido dizer: «Amo-te, mas provavelmente só durará uns meses, ou uns anos, desde que continues a ser simpática e agradável, ou eu não encontre uma melhor, ou não fiques feia com a idade.» Um amo-te que implica «só por algum tempo» não é um amor verdadeiro. É antes um «gosto de ti, agradas-me, sinto-me bem contigo, mas de modo algum estou disposto a entregar-me inteiramente, nem a entregar-te a minha vida».
 
No fundo o verdadeiro amor, que o exemplo de São Valentim nos dá, não é o amor carnal, mas o amor Cristão, uma vez que ele ao amar Cristo antes de tudo, deu a sua vida defendendo a fé. Que o exemplo de São Valentim, possa abrir os nossos corações ao verdadeiro amor que nos vem de Jesus Cristo.


* Carta de amor
 
Caro/a amigo/a, amar alguém (uma pessoa ou Deus) é um sentimento maravilhoso, mas é igualmente um compromisso sério e exigente.
Neste mês de Fevereiro, se estás a pensar em celebrar o Dia de São Valentim e o valor do amor, enviando uma carta ou um gesto de amor a alguém, lembra-te que o amor que levou São Valentim a dar a sua própria vida ao ser martirizado é um sentimento maravilhoso, mas igualmente exigente e incondicional.
Escreve as tuas cartas de amor, enaltecendo o sentimento, mas nunca o banalizes, instrumentalizes ou comercializes, pois podes criar grandes frustrações e desilusões, quer nos outros, quer em ti próprio.
 
Amar não é fácil, é muito difícil, mas procura o caminho da felicidade e não o da facilidade.
 
E, já agora, deixo-te um desafio: porque não escreves uma carta de amor a Deus que te ama e que tu amas. Será que és capaz?


Hélder Gonçalves

 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

10 MANDAMENTOS PARA IDOSOS

Aqui há tempos, pediram-me umas "máximas" que ajudassem a viver os que vão sendo atingidos pela chamada Terceira Idade. E sai-me isto que, já agora, partilho convosco:


1 - NÃO TE DEIXES ENVELHECER: nunca digas, mesmo a brincar, que estás velho. O estar velho não tem muito a ver com a idade. É uma atitude.

2- TAMBÉM NUNCA DIGAS QUE ESTÁS JOVEM: se o ouvires dos outros, não acredites em demasia.

3- PROCURA SER DO TEU TEMPO, ENTENDER O TEU TEMPO: Nem olhes para trás, nem ultrapasses as nuvens.

4- QUE O PASSADO SIRVA PARA TE SITUARES NO PRESENTE E PERSPECTIVARES O FUTURO COM SABEDORIA.

5- NÃO TE "ARMES" EM CONSELHEIRO: com os pretextos da experiência vivida e acumulada. Que sejam os outros a descobrir-te e a procurar-te.

6- NÃO TE FECHES: nem em casa, nem em ti. O mundo é o teu espaço: sai, convive, troca de ideias e experiências, ajuíza os acontecimentos que vão marcando a marcha da comunidade. Se não forem bons, procura corrigi-los.

7- ENCONTRA TEMPO: para te pores as perguntas que, se calhar, nunca te puseste a sério: Afinal quem sou eu? Porque sou? Para que sou?

8- NÃO ÉS UMA ILHA: não fazes parte de um arquipélago. Antes és um membro de uma grande família, na qual e com a qual - com cuja sorte- estás comprometido até ao pescoço.

9 - ACEITA AS LIMITAÇÕES: com naturalidade, sem queixumes nem coitadinhos. Em qualquer estádio da vida, mesmo nos mais pujantes, aparecem limitações.

10- CANTA A VIDA: em cada dia. Cada dia é o nosso dia. Nele devemos ser e estar por inteiro.

Ricardo Igreja

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

PENSAMENTOS!... 2ª Parte

Continuação do anterior...

7. Desponta uma nova inquietação religiosa nas gerações jovens.
Se sentes o vazio de uma vida inútil, de uma vida egoísta e fechada em si mesma, está na hora de perceberes que te falta algo de muito essencial- Deus.

E Deus pode e deve ser conhecido e vivido dentro de uma comunidade que acredita, que celebra e que louva o seu Deus.

8. Não sejais cristãos de braços cruzados. O futuro depende de vós, da vossa acção, da vossa vontade, da vossa consciência bem formada. A água parada torna-se podre. Jovem parado é jovem estragado. Vive-se bem quando se vive em activa comunhão fraterna com os outros.

Não sejas passivo, disposto apenas a receber. Torna-te activo dando o que tens e o que és, pois quanto mais te deres aos outros, mais te desenvolverás. Dando-te tornas-te mais rico.

9. Jovens, construí a civilização do amor, não do sexo. Há sexo a mais e amor a menos. Não confundas um e outro, ou poderás estar a caminhar para o tédio e fastio da vida. Não temas o amor. Teme, sim o sexo mal usado.

O amor enche a vida de significado, de sentido, o sexo pode esvaziá-la.

10. Rejeitai a poluição moral da sociedade moderna. É preciso defender a pureza do ambiente, da natureza, mas é preciso defender a pureza, a limpidez, a rectidão das mentes e dos corações.

Não basta limpar o exterior do copo. É preciso também limpar o interior.

11. Jovens, a Igreja precisa de vós. Vós precisais de Cristo. É na Igreja que tendes de encontrar a Cristo hoje. Sem Igreja dificilmente encontrareis a Jesus Cristo. Não se pode dizer Sim a Cristo e Não à Igreja. Dizer Sim a Cristo implica dizer Sim à Igreja, sim à Comunidade. Ela é o espaço natural para viverdes a vossa fé e praticares a religião.

12. Jovens, Sede corajosos, fortes, fiéis e humildes como Jesus.
Não se trata de ser corajoso ou forte contra os outros, mas contra o mal que há dentro de cada um e no mundo. A humildade permite a cada um reconhecer as suas limitações, fragilidades e aproximar-se de Deus Pai para receber d'Ele o dom da sua misericórdia e perdão e a fortaleza para combater o mal, sem combater as pessoas.

* Continua próximamente

Hélder Gonçalves

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

AMOR VERDADEIRO


Esta é uma dura história de guerra, porém toca-nos o coração...

A esposa de John Gebhardt, Mindy, diz que toda a familia desta criança foi executada. Os executantes pretendiam também executá-la e ainda a atingiram na cabeça... mas não conseguiram matá-la.

Ela foi tratada no Hospital de John, está a recuperar, mas ainda chora e geme muito. As enfermeiras dizem que John é o único que consegue acalmá-la.

Assim, John passou as últimas 4 noites segurando-a ao colo na cadeira, enquanto os 2 dormiam. A menina tem vindo a recuperar gradualmente.

Eles tornaram-se verdadeiras "estrelas" da guerra. John representa o que o mundo ocidental gostaria de fazer.

Isto, meus amigos, vale a pena partilhar com o Mundo inteiro.
Vamos a isso !


Vocês nunca vêem notícias destas na TV ou nos Media em geral.
Se vos tocou, dêem a conhecer.
Todos precisamos de ver que (também) existem estas realidades em que pessoas como John marcam a diferença, mesmo que seja só com uma pequena menina como esta.

Não podemos orientar o vento, mas podemos ajustar a nossa vela...

Bem hajam!

Hélder Gonçalves

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