sexta-feira, 28 de junho de 2013

Cruz da Ordem de Aviz

A Ordem Militar de Aviz foi criada, segundo se crê, a 13 de Agosto de 1162, por iniciativa de D. Afonso Henriques e o seu primeiro mestre foi D. Pedro Afonso, irmão bastardo do primeiro rei de Portugal.

Inicialmente, fixou sede em Coimbra, mudando-se posteriormente para Évora e, por último, para Aviz, em 1214.

Uma vez que os seus freires respeitavam as regras de São Bento passou a designar-se Ordem de São Bento de Aviz.

Por iniciativa do fundador da monarquia portuguesa, esta instituição, ficou submetida às regras e à autoridade religiosa da Ordem de Calatrava, cujos cavaleiros usavam uma cruz própria, autorizada pelo Papa Benedicto XIII, no final do século XIV. A Cruz de Calatrava passou, então, a ser também usada pelos membros da Ordem de Aviz.

Tornando-se independente da Ordem de Calatrava, com o mestre D. Fernando Rodrigues Sequeira, esta instituição militar e religiosa passou a ser tutelada por membros da realeza e pelos próprios réis portugueses a partir de D. João III.

A Ordem de Aviz está intimamente ligada com a Casa de Aviz, dinastia portuguesa que reinou de 1385 a 1580. Fundou-a D. João I, cognominado o de Boa Memória, que apenas com seis anos de idade foi nomeado Mestre de Aviz e armado cavaleiro.

Ao serviço deste rei, no combate contra Castela, estava D. Nuno Álvares Pereira, hoje beato com o nome de Dom Nuno de Santa Maria, o génio militar que permitiu a victória portuguesa na Batalha de Aljubarrota, e que, segundo relatos da época, envergava a Cruz de Aviz nas suas roupas.

Devido aos seus feitos militares, tornou-se uma das maiores figuras da História de Portugal.

HÉLDER GONÇALVES

domingo, 23 de junho de 2013

Salvação incoada e plenitude da Salvação

A salvação, como objectivo alcançado mediante a redenção, é essa nova situação para a qual a humanidade foi transferida e que, desde a ressurreição de Jesus, é n’Ele realidade consumada e plena e nos que n’Ele acreditam e n’Ele são baptizados, realidade incoada neste mundo, orientada para a sua consumação e plenitude no mundo futuro. Falar de salvação neste sentido passivo implica pois a necessidade de distinguirmos entre salvação incoada e plenitude da salvação.

A salvação em plenitude é realidade actual em Jesus Cristo ressuscitado e elevado ao Céu como cabeça da humanidade redimida, que constitui o seu Corpo Místico. Em relação a cada individuo humano, ela será a sua plena participação nessa mesma sorte de Cristo ressuscitado e glorioso junto do Pai, após a sua passagem pela morte. Ela será o que chamamos, em termos simples e correntes, a posse da vida eterna, ou da salvação eterna, isto é, o Céu.

Que relação tem isso com a existência humana, enquanto salvação? Isso significa a plena e definitiva ultrapassagem da situação de perdição – da sujeição ao sofrimento, ao pecado e à morte, enfim, à contingência e fragilidade da condição humana. Em relação à ânsia de infinito inscrita no coração do homem, isso significa a sua plena realização; e portanto, a plenitude da sua felicidade, a beatitude indestrutível; e por conseguinte, a saída feliz e absoluta para o seu drama existencial, o fim de toda a inquietude, “a paz do sábado que não entardece”.

A salvação plena e absoluta tem como antítese perfeita o absoluto da perdição, ou seja, aquela perdição para a qual não há mais hipótese nem esperança de salvação. Tal é a eterna condenação, enquanto absolutização e eternização da situação de perdição, pela recusa absoluta e definitiva da mão estendida de Deus, livremente decidida pelo homem e, pela morte, fixada e firmada para a eternidade. No essencial, é isso o inferno.

Tanto a plenitude da salvação como o absoluto da perdição são de ordem transcendente e escatológica, isto é, dão-se para além da morte, na vida e no mundo futuro. Mas é neste mundo que o homem é chamado a, livremente, decidir sobre a sua sorte transcendente e eterna, projectando para a eternidade a sua existência temporal. A salvação é por Deus oferecida a todos gratuitamente. Ao homem pertence acolhê-la ou recusá-la. Em rigor, pois, a salvação é, em última análise, responsabilidade do homem. O que decide a condenação é a fixação do homem, por uma opção fundamental, no seu pecado, enquanto “aversio a Deo, conversio ad creaturas” (Santo Agostinho).

Não só, porém, a eterna condenação, mas também a salvação eterna se começa neste mundo e nesta vida. É a esse começo ou esboço de salvação, já neste mundo, que chamamos a salvação incoada e relativa. Com efeito, se a salvação plena e absoluta é a plena realização humana, tudo aquilo que, neste mundo e nesta vida, contribui para a verdadeira realização e felicidade do homem – isto é, tudo aquilo que vai na linha da superação dos dramas humanos do sofrimento, do pecado e da morte – é já salvação incoada e relativa. Note-se porém que falamos da verdadeira realização e felicidade humanas, isto é, daquela que se dá na abertura para Deus e para a salvação eterna, já que tal abertura faz parte da verdade do homem. Qualquer realização em sentido contrário não é verdadeira realização, mas antes destruição do homem e principio ou esboço da condenação, ainda que, na aparência imediata, isso não seja evidente.

A salvação incoada, tal como a salvação eterna, é de ordem sobrenatural, ou seja, é, no essencial, obra da graça de Cristo oferecida ao homem e por este livremente acolhida. Mas essa graça sobrenatural atinge também a ordem natural da existência humana, na medida em que o homem concreto é uma pessoa una e integradora do natural no sobrenatural: “não se pode nunca dissociar o plano da Criação do plano da Redenção” (E.N. 31). Na pessoa concreta, o sobrenatural e o natural, embora distintos, estão pois unificados, de tal forma que, para o homem que vive sob a acção da graça salvífica de Cristo, podemos dizer que “tudo é graça” (1Cor 10,31).

Concretizando um pouco, podemos dizer que a salvação incoada é, antes de mais e no essencial e decisivo, a participação na graça na graça de Cristo Redentor, a qual se dá pelo baptismo e pelos restantes sacramentos, com especial relevo para o da penitência, a que acrescem outras “acções sacramentais” (que significam e realizam incoativamente a salvação) – palavra de Deus, acções litúrgicas, etc. – através das quais Deus canaliza para o homem crente a graça da salvação, infundindo e alimentando nele essa vida divina que é semente de vida eterna e que os teólogos costumam chamar “graça santificante”. O homem é permanentemente chamado a acolher, a defender e a robustecer em si essa vida divina, pela fé e pelas boas obras, nas quais se inclui em primeiro lugar a resistência ao pecado. Nesta linha, a salvação incoada é de ordem directamente sobrenatural, situa-se directamente na ordem da Redenção.

Mas salvação incoada é também a participação, cristãmente ordenada, nos bens deste mundo. Ou seja: a participação nos bens deste mundo, na medida em que – estando liberta da corrupção do pecado, que tudo endereça no sentido da condenação – não impede mas antes se integra na ordem sobrenatural da salvação, ou seja, na medida em que ela representa a ordem da Criação integrada na ordem da Redenção, é também salvação incoada (E.N. 31): “Tudo é vosso… vós porém sois de Cristo e Cristo é de Deus” (1Cor 3, 21-23). Nesta linha, a salvação, embora directamente se situe na ordem natural da existência humana, indirectamente é também de ordem sobrenatural, na medida em que nela se encontra integrada e como que por ela assumida.

Voltando à imagem do êxodo, podemos dizer que a salvação incoada é a travessia do deserto, enquanto que a salvação plena e definitiva é a posse da terra de Israel.

HÉLDER GONÇALVES

domingo, 16 de junho de 2013

10 Mandamentos da Santidade

1- Sede santos, por opção e não por distracção. 

2- Sede santos do quotidiano, nas tarefas e ocupações de cada dia, e não só em momentos heróicos ou eufóricos. 

3- Sede santos, dentro do mundo do nosso tempo: amai-o com as suas belezas e potencialidades, com as suas crises e misérias.

4- Sede santos, da gratuitidade  da doação e do serviço que não tem preço nas cotações da Bolsa. 

5- Sede santos deixando-se habitar pelo mistério e pela santidade de Deus, e não turistas da santidade que só a vêem e admiram de longe nos outros. 

6- Sede santos, em comunidade e em família; uns com os outros, uns para os outros, ajudando a dar passos em frente. 

7- Sede santos, penitentes, humildes, conscientes de que «Deus é sempre maior». 

8- Sede santos, protagonistas de uma humanidade exemplarmente assumida e vivida: santos plenamente homens, cuja santidade enriquece e embeleza a sua humanidade. 

9- Sede santos, de amor puro, verdadeiro, casto, fiel, alegre e sorridente. 

10- Sede santos, da alegria e da esperança, que ajudam a descobrir as belezas do caminho e possibilidades de vida nova. 

HÉLDER GONÇALVES

terça-feira, 11 de junho de 2013

Pedagogia da Fé - Evangelização Missão da Igreja

Que  sentido  tem  um  “projecto  de  evangelização”  na  Igreja ?
           
Por  um  lado,  falar  em  ‘projecto’,  poderia  parecer  restritivo,  pois  a  Igreja  deve  colocar  em  prática  a  proposta  do  Evangelho  de  Jesus  no  seu  todo:  poderia  parecer  que  a  Igreja  não  tem  já  um  ‘projecto’  de  acção…   De  facto,  não  é  isso:  um  projecto  de  evangelização,  sem  deixar  de  atender  à  globalidade  da  missão,  ajuda  a  concentrar  os  esforços  para  responder  melhor  às  necessidades  e  urgências  do  momento.  A  nível  mundial,  temos  várias  situações  que  desafiam  a  missão  evangelizadora  da  Igreja;  a  experiência  da  fé  e  da  vida  eclesial  pouco  profunda  deixa  os baptizados  com  uma  identidade  cristã  e  católica  muito  fraca  e  com  um  escasso  sentido  de  pertença  à  Igreja;  e  disso  decorre,  entre  outras  coisas,  o  escasso  impulso  missionário  e  o  empenho  cristão  na  transformação  da  sociedade  não  suficientemente  assumido;  decorre  também  o  fácil  abandono  da  fé  ou  a  busca,  noutras  partes  de  respostas  às  profundas  interrogações  existenciais  e  religiosas,  desconhecendo  e  deixando  de  procurá-las  na  própria  comunidade  católica.  É  necessária  uma  acção  missionaria  mais  incisiva,  organizada  e  constante;  e  um  projecto  de  evangelização  pode  contribuir  para  alcançar  isso.


Em  que  consiste  um  ‘projecto’

Um  projecto  procurará  traduzir  na  prática  os  conceitos  ‘evangelizar’  e  ‘proclamar  a  Boa  Nova  de  Jesus  Cristo’.  A  fé  e  a  atitude  cristã  nascem  do  encontro  vital  com  a  pessoa  de  Jesus  Cristo,  caminho,  verdade  e  vida:  ele  é  a   ‘boa  noticia’  de  Deus  para  a  pessoa,  a  comunidade  e  para  a  sociedade;  n’Ele  vemos  espelhado  o  rosto  de  Deus  e  Ele  nos  revela  o  coração  do  Pai;  por  Ele  recebemos  o  Espírito  de  Deus,  que  nos  torna  capazes  de  traduzir  em  ‘vida  nova’  nossa  fé,  já  neste  mundo.  A  evangelização,  antes  de  propor  uma   ‘doutrina’,  precisa  de  ajudar  as  pessoas  a  terem  este  encontro  pessoal   com  Cristo,  mediante  o  anuncio  do  Evangelho;  a  doutrina,  a  proposta  moral  e  a  orientação  da  vida  inteira  ‘no  caminho’  de  Jesus  decorrem  desse  encontro  e  da  aceitação  da  pessoa  de  Jesus,  como  o  ‘Enviado  de  Deus,  cheio  do  Espírito  Santo’,  para  a  vida  do  mundo.


Quer  dizer  que  um  projecto  estará  voltado  para  os  que  já  são  cristãos  e  participam  na  vida  da  Igreja ?

Será,  uma  proposta  missionária,  voltada  para  atingir  os  que  não  participam  da  vida  eclesial.  Não  podemos  ficar  indiferentes  diante  dos  muitos  cristãos  baptizados,  que  nunca  foram  ‘incluídos’  devidamente  na  vida  cristã  e  eclesial.  Mas  quem  deverá  fazer  isto?  Certamente  isto  é  esperado   por  aqueles  que  participam  nas  nossas  comunidades.  A  eles,  em  primeiro  lugar,  devia  ser  proposto  um  novo  e  aprofundado  encontro  com  Jesus  Cristo,  para  descobrirem  a  alegria  de  crer  e  de  pertencer  à  Igreja,  e  para  sentirem  o  desejo  de  contagiar  outros  com  a  própria  fé.


Como  fazer  com  que  cada  católico  se  sinta  um  missionário ?

‘Ninguém  dá  o  que  não  tem’…  Para  se  ter  o missionário  e  o  apostolo,  é       preciso  formar  antes  o  cristão  e  o  discípulo.  Se  pretendermos  que  todos  os  baptizados  sejam  apóstolos  e  abracem  a  proposta  do  Evangelho  na vida  pessoal  e  a  tornem  mais  presente  e  operante  nas  estruturas  da  vida  social,  precisamos  de  ajudar  os  cristãos  a  terem  uma  experiência  profunda,  alegre  e  convicta  de  Deus,  através  de  Jesus  Cristo,  e  também  da  vida  eclesial;  se  queremos  os  frutos  da  fé,  precisamos  de  alimentar  a  vida  cristã.  E  isto  faz  parte  de  um  projecto  de  evangelização.


Um  projecto  tem  que  falar  nas  suas  directrizes,  daquilo  que  é  permanente  na  vida  eclesial:  o  anuncio  da  Palavra,  a  liturgia  (sacramentos,  especialmente  a  Eucaristia)  e  a  caridade:  de  que  maneira  isto  entra  num  projecto ?

Um  projecto  de  evangelização  não  pretende,  nem  pode  parar  a  vida  eclesial;  aquilo  que  é  permanente,  continua;  mas  também  aí  pode  ser  colocado  um  novo  ‘acento’  e  um  novo  enfoque,  de  maneira  que  o  ‘ordinário’  da  vida  cristã  e  eclesial,  experimentado  em  profundidade  e  de  maneira  renovada,  manifeste  a  profundidade  e  a  alegria  serena  e  contagiante  da  fé,  levando  ao  impulso  missionário.  O  quotidiano  da  vida  eclesial  atinge,  normalmente,  os  baptizados  que  frequentam  as  comunidades  e  se  destina  a  alimentar  neles  a  fé  e  a  esperança,  e  a  animá-los  na  caridade.  É  necessário  que  o  encontro  com   a  Palavra  de  Deus,  a  celebração  dos  mistérios   da  fé  nos  sacramentos  e  a  prática  da  caridade  sejam  vitais  e  tragam  uma  forte  motivação  para  os  que  crêem,  para  continuarem  a  crer,  e  para  aprofundarem  a  comunhão  com  Deus  e  com  os  irmãos.  Mas  não  nos  podemos  contentar  com  os  que  já  frequentam  as  nossas  comunidades;  se  perdermos  a  dimensão  missionária  concreta   e  efectiva,  a  Igreja  vai  empobrecendo-se  e  perdendo  vitalidade.


Um  projecto  deixará  de  lado  a  preocupação  social,  tão  característica  da  Igreja,  para  concentrar-se  somente  sobre  na  sua  vida  interna ?

Não,  certamente.  A  presença  da  Igreja  nas  muitas  realidades  do  mundo  e  da  vida  social  faz  parte  e  é  essencial  na  sua  missão;  os  discípulos  de  Cristo  são  enviados  para  serem  ‘fermento,  sal  e  luz’  do  Evangelho  no  mundo;  da  mesma  forma,  a  actuação  da  Igreja  em  favor  da  pessoa,  de  maneira  muito  especial  em  relação  aos  pobres  e  necessitados  de  todos  os  tipos,  é  parte  da  missão  da  Igreja,  à  imitação  daquilo  que  fazia  Jesus  Cristo.  De  facto,  era  desejável  que  a  presença  da  Igreja  no  mundo  pudesse  aprofundar-se  e  ampliar-se  ainda  mais,  segundo  as  orientações  da  doutrina  social  do  Magistério;  por  isso  era  necessário  propor,  de  maneira  renovada,  os  fundamentos  e  os  motivos  evangélicos  desta  actuação  cristã  na  sociedade,  para  que  nela  apareçam  sempre  mais  os  sinais  do  reino  de  Deus,  que  é  a  vida  plena  para  todas  as  pessoas.


Quais  são  os  eixos   centrais  dum  projecto ?

Ao  longo  dos  anos,  um  projecto  deverá  prever  a  promoção  da  verdadeira  identidade  e  dignidade  da  pessoa  humana,  a  renovação  da  comunidade  nos  níveis  mais  básicos  da  convivência  humana  e  a  construção  da  sociedade  solidária:  isso  tudo  mediante  o  encontro  com  Jesus  Cristo  e  a  sua  Palavra.  Para  cada  ano  haveria  uma  frase  do  Evangelho,  como  lema;  ao  mesmo  tempo,  haveria  a  indicação  de  acções  e  programas.


De  que  maneira  um  projecto  poderia  alcançar  os  seus  objectivos ?

O  êxito  de  um  projecto  dependerá  de  uma  motivação  a  ser  despertada  nos  católicos;  por  isso  é  possível  esperar  que  se  possa  colocar  em  pratica  aquilo  que  o  Papa  pediu  na  Carta  Apostólica  “Novo  Millennio  Ineunte”:  que  cada  católico  se  sinta  missionário;  que  cada  comunidade  da  Igreja  seja  orientada   para  uma  nova  missionariedade. 



‘Para  Evangelizar  o  Mundo,  necessita-se  de  apóstolos  “peritos”  na  celebração,  adoração  e  contemplação  da  Eucaristia’  
(João  Paulo II)

‘O  encontro  com  Cristo  continuamente  aprofundado  na  intimidade  eucarística,  suscita  na  Igreja  e  em  cada  cristão  a  urgência  de  testemunhar  e  evangelizar’
(João  Paulo II)


Exame de "Pedagogia da Fé (Evangelização, Missão da Igreja)" 
de Hélder Gonçalves a 15.02.2006
Escola Superior de Teologia e Ciências Humanas de Viana do Castelo
Professor: Padre Alfredo Domingues de Sousa
Avaliação Final: 17 Valores

HÉLDER GONÇALVES

sábado, 8 de junho de 2013

Catedral da Aurora Boreal - Alta – Noruega



A princesa da Noruega, Mette-Marit, acaba de inaugurar a Catedral de Northern Lights [Aurora Boreal] situada na cidade norueguesa de Alta acerca de 500 km ao norte do Círculo Polar Ártico  Mesmo antes da inauguração, a catedral de 47 metros de altura, projectada pelos arquitectos do Schmidt Hammer Lassen, foi concebida como um símbolo e um marco arquitectónico para toda a área.

Em 2001, quando o concurso de arquitectura para a Catedral da Aurora Boreal foi criado, o conselho da cidade de Alta não queria apenas uma nova igreja: procuravam um marco arquitectónico que sublinhasse o papel de Alta como um local público a partir do qual o fenómeno natural da aurora boreal pudesse ser observado.

A Catedral da Aurora Boreal é, na sua concepção um resultado da natureza circundante e da cultura local. O edifício é um marco, que através de sua arquitectura simboliza o fenómeno natural extraordinário das luzes do norte do Ártico“, explica John F. Lassen, sócio fundador da arquitectos Schmidt Hammer Lassen Architects. 

Ele continua: “A catedral reflecte literal e metaforicamente, o fenómeno da aurora boreal: etérea, transitória, poética e bonita. Aparece como uma escultura solitária em interacção com a natureza espectacular.

O significado da aurora boreal reflecte-se na arquitectura da catedral. Os contornos da igreja ascendem como uma forma em espiral para o topo da torre do sino que está 47 metros acima do solo. A fachada, revestida em titânio, reflecte as luzes do norte durante os longos períodos de escuridão do inverno ártico e enfatiza a experiência do fenómeno.

Dentro da área principal da catedral, a sala da igreja cria um contraste pacífico para o exterior dinâmico do edifício. Os materiais utilizados, concreto bruto para as paredes e madeira para os pisos, painéis e tetos, salientam o contexto nórdico. A luz do dia entra em todo o ambiente da igreja através das janelas, altas e finas, posicionadas irregularmente. Uma clarabóia ilumina toda a parede atrás do altar criando uma atmosfera distinta no local.

HÉLDER GONÇALVES

domingo, 2 de junho de 2013

Corpo de Deus - Tapetes em Caminha

Mais uma vez, os habitantes da pequena vila de Caminha, trabalharam arduamente durante toda a noite na confecção dos tapetes floridos para a procissão do Corpo de Deus que sai à rua todos os anos.

Os tapetes são uma arte dos habitantes locais, que sentem muito orgulho pelo trabalho feito ao qual começam vários dias antes na sua preparação.

Utilizam vários tipos de materiais como: sal, serrim colorido, verdes, flores, casca de pinheiro, sementes de palmeira, etc...

São milhares as pessoas que ali se deslocam durante a tarde para ver os tapetes e participar na sua majestosa Procissão.

Parabéns aos habitantes de Caminha por mais este testemunho de fé.

Aqui deixo algumas fotos dos tapetes que foram tiradas bem cedo antes que chegasse muita gente, senão seria impossível tirar fotos.
Espero que gostem.


























HÉLDER GONÇALVES


sábado, 1 de junho de 2013

Corpo de Deus com o Papa Francisco

A Igreja Católica organiza pela primeira vez, hoje sábado, uma cerimónia de adoração eucarística simultânea em todos os fusos horários do planeta, para celebrar o "Ano da Fé", anunciou, na terça-feira passada, o responsável da "Nova Evangelização" do Vaticano.

As dioceses do mundo inteiro, que agrupam aproximadamente 1,2 mil milhões de pessoas baptizadas, foram chamadas a associar-se a esta oração silenciosa de adoração do Corpo e do Sangue do Cristo, que celebra o sacramento da Eucaristia.

Ao mesmo tempo celebra-se uma cerimónia semelhante na Basílica de São Pedro no Vaticano, com a presença do Papa Francisco entre as 15h00 e as 16h00.

Não importa a que hora do dia ou da noite, em todos os continentes, as catedrais e as numerosas igrejas estarão abertas para essa hora de adoração sob o tema "Um só Senhor, uma só Fé".

As milhares de comunidades monásticas estarão desta forma juntas em oração.

Em Honolulu, por exemplo, será 05:00 da manhã de sábado, mas na Papua-Nova-Guiné, na Oceania, já será uma da manhã de domingo. A hora de adoração terá lugar, às vezes em condições climáticas difíceis, no meio da noite, em lugares isolados e até privados de electricidade.

O presidente do Conselho Pontifical para a Nova Evangelização, o arcebispo italiano Rino Fisichella, explicou que o movimento de adesões é muito importante, ainda que algumas dioceses não tenham respondido, por exemplo em África, tal não significa que não organizarão uma hora de adoração. E respostas positivas têm chegado até de países onde os cristãos são minoritários ou em situação difícil, como o Iraque, a Rússia, o Japão ou o Bangladesh.
O dia de Corpo de Deus celebra-se este ano a 30 de maio.

HÉLDER GONÇALVES

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