A Ordem Militar de Aviz foi criada,
segundo se crê, a 13 de Agosto de 1162, por iniciativa de D. Afonso Henriques e
o seu primeiro mestre foi D. Pedro Afonso, irmão bastardo do primeiro rei de
Portugal.
Inicialmente, fixou sede em Coimbra,
mudando-se posteriormente para Évora e, por último, para Aviz, em 1214.
Uma vez que os seus freires respeitavam
as regras de São Bento passou a designar-se Ordem de São Bento de Aviz.
Por iniciativa do fundador da monarquia
portuguesa, esta instituição, ficou submetida às regras e à autoridade
religiosa da Ordem de Calatrava, cujos cavaleiros usavam uma cruz própria,
autorizada pelo Papa Benedicto XIII,
no final do século XIV. A Cruz de Calatrava passou, então, a ser também usada pelos
membros da Ordem de Aviz.
Tornando-se independente da Ordem de
Calatrava, com o mestre D. Fernando Rodrigues Sequeira, esta instituição
militar e religiosa passou a ser tutelada por membros da realeza e pelos
próprios réis portugueses a partir de D. João III.
A Ordem de Aviz está intimamente ligada
com a Casa de Aviz, dinastia portuguesa que reinou de 1385 a 1580. Fundou-a D.
João I, cognominado o de Boa Memória, que apenas com seis anos de idade foi
nomeado Mestre de Aviz e armado cavaleiro.
Ao serviço deste rei, no combate contra
Castela, estava D. Nuno Álvares Pereira, hoje beato com o nome de Dom Nuno de
Santa Maria, o génio militar que permitiu a victória portuguesa na Batalha de
Aljubarrota, e que, segundo relatos da época, envergava a Cruz de Aviz nas suas
roupas.
Devido aos seus feitos militares,
tornou-se uma das maiores figuras da História de Portugal.
HÉLDER
GONÇALVES
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