A fé
em Deus não é só para quando a vida corre mal:
crises,
doenças, morte, desgraças, etc...
A fé
não é uma muleta ou fuga do mundo, nem sequer o cinto de segurança, nem um
seguro contra todos os riscos.
A fé
é dar um salto no escuro, sabendo que o Pai espera por nós; é um empurrão que
nos leva a correr riscos;
A fé
é mais fonte de insegurança do que cinto de segurança.
A fé
não é como que um cobertor eléctrico que nos aquece no frio.
Fé
implica cruz, morte, despojamento, esvaziamento de nós mesmos, abandono.
Fé
não é ir ao sabor da corrente, do mais fácil, do mais cómodo, mas ir contra a
corrente, estar em minoria e seguir caminhos de subida, custosos, difíceis de
luta e de combate contra o mal que há em mim: vícios, defeitos e pecados.
A fé
não torna as coisas mais fáceis, nem mais claras.
A fé
é uma questão de confiança em Deus, em Jesus Cristo, no Espírito Santo; uma amizade
entre nós e Deus; melhor, uma questão de casamento entre Deus e nós, a tal
Aliança de que fala a Bíblia.
É
intimidade entre a divindade e a humanidade.
A fé
é intimidade de amor entre cada um de nós e o Criador do Universo.
Deus
ama-nos como um apaixonado ama a sua amada.
Quem
praticar a religião por obrigação, nada entende da fé como amizade, pois
não se pode obrigar uma pessoa a gostar do outro. Vir à missa é dizer: "eu
gosto de estar com Deus, com Jesus Cristo, eu preciso de ir à Missa".
HÉLDER GONÇALVES
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