segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Cruz do Santo Graal

A Cruz do Santo Graal é a Cruz da Verdade, na qual se encontra todo aquele que promana da Verdade.

Promanar da Verdade, no entanto, significa: promanar do divinal, pois somente no divinal se encontra a Verdade viva, que se evidencia através dessa Cruz. 

A Cruz não é nenhum símbolo, nenhum distintivo, mas sim a própria Verdade viva.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

10 Mandamentos do Papa Francisco

O Papa Francisco concedeu uma entrevista à revista argentina Viva, publicada no dia 27 de Julho, em que deixou para os leitores algumas dicas preciosas para ajudar na busca da felicidade. Eis os 10 conselhos do Papa:


1) Viver e deixar viver, primeiro passo para a felicidade
"Aqui os romanos têm um ditado e podemos levá-lo em consideração para explicar a fórmula que diz: 'Vá em frente e deixe as pessoas irem junto'." Viva e deixe viver é o primeiro passo da paz e da felicidade.

2) Doar-se aos outros para não deixar o coração dormindo
"Se alguém fica estagnado, corre o risco de ser egoísta. E água parada é a primeira a ser corrompida."

3) Mover-se com humildade, com benevolência entre as pessoas e as situações
O Papa usa o termo “remansadamente”, de um clássico da literatura argentina. "No [romance] 'Dom Segundo Sombra' há uma coisa muito linda, de alguém que relê a sua vida. Diz que em jovem era uma corrente rochosa que levava tudo à frente; quando adulto era um rio que andava para a frente e que na velhice se sentia em movimento, mas remansado. Eu utilizaria esta imagem do poeta e romancista Ricardo Guiraldes, este último adjectivo, remansado. A capacidade de se mover com benevolência e humildade, o remanso da vida. Os anciãos têm essa sabedoria, são a memória de um povo. E um povo que não se importa com os mais velhos não tem futuro."

4) Preservar o tempo livre como uma sadia cultura do ócio
“O consumismo levou-nos a essa ansiedade de perder a sã cultura do ócio, desfrutar a leitura, a arte e as brincadeiras com as crianças. Agora confesso pouco, mas em Buenos Aires confessava muito e quando via uma mãe jovem perguntava: Quantos filhos tens? Brincas com os teus filhos? E era uma pergunta que não se esperava, mas eu dizia que brincar com as crianças é a chave, é uma cultura sã. É difícil, os pais vão trabalhar e voltam às vezes quando os filhos já dormem. É difícil, mas há que fazê-lo".

5) O domingo é para a família
"Um outro dia, em Campobasso (Itália), fui a uma reunião entre o mundo universitário e mundo trabalhador, todos reclamavam que o domingo não era para trabalhar. O domingo é para a família".

6) Ajudar de forma criativa os jovens a conseguir um emprego digno
"Temos de ser criativos com este desafio. Se faltam oportunidades, caem na droga. E é muito elevado o índice de suicídios entre os jovens sem trabalho. Outro dia li, mas não me fio porque não é um dado científico, que havia 75 milhões de jovens com menos 25 anos desempregados. Não basta dar-lhes comer, há que inventar cursos de um ano de canalizador, electricista, costureiro. A dignidade de levar o pão para casa".

7) Cuidar da natureza, amar a criação
"Há que cuidar da criação e não o estamos fazendo isso. É um dos maiores desafios que temos.”

8) Esquecer-se rapidamente do negativo que afecta a vida
“A necessidade de falar mal de alguém indica uma baixa auto-estima. É como dizer ‘sinto-me tão em baixo que em vez de subir baixo o outro’. Esquecer-se rapidamente do negativo é muito mais saudável”.

9) Respeitar o pensamento dos outros
“Podemos inquietar o outro com o testemunho para que ambos progridam com essa comunicação, mas a pior coisa que se pode fazer é o proselitismo religioso, que paralisa: ‘Eu dialogo contigo para te convencer'. Não. Cada um dialoga sobre a sua identidade. A Igreja cresce por atracção, não por proselitismo".

10) Buscar a paz é um compromisso
"Vivemos uma época de muitas guerras. Na África parecem guerras tribais, mas são algo mais. A guerra destrói. E o clamor pela paz é preciso ser gritado. A paz, às vezes, dá a ideia de quietude, mas nunca é quietude, é sempre uma paz activa".

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

São Francisco Xavier

Francisco: A semente de Deus no Oriente

Francisco não desistiu no seu ardor evangelizador em terras de missão 

São Francisco Xavier foi um grande missionário. Dedicou os últimos 11 anos da sua vida a evangelizar a Índia, o sudeste asiático e o Japão, num incrível périplo que deixou à sua passagem a semente de Cristo a partir da qual começaram a crescer as comunidades cristãs. O santo navarro é padroeiro das missões.

Francisco Xavier nasceu em 1506 no castelo familiar, muito próximo da capital navarra, Pamplona. De família abastada, os seus pais enviaram-no a estudar a Paris, em cuja universidade veio a conhecer Santo Inácio de Loyola. Num primeiro momento apenas tem um contacto formal com o basco, mas através de amigos comuns Xavier aproxima-se de Inácio. O fundador dos Jesuítas interpela-o a viver uma vida de plenitude, que só é possível com uma entrega total a Cristo. Xavier resiste, até que finalmente aceita o convite de Inácio para assistir a um retiro especial. Trata-se dos ‘exercícios espirituais’ jesuítas, o principal de todos, no qual – dirigido por Inácio - Xavier fica profundamente tocado e decidido a seguir Cristo.


A Companhia de Jesus

Xavier forma parte dos sete primeiros seguidores de Santo Inácio, consagrados a Deus em 1534. O plano de Inácio é o de viajar para a Terra Santa, mas acaba por abandonar  o projecto. Xavier é enviado em 1540 para a Índia. Para isso é necessário partir de Lisboa. O rei tem-no em tão grande estima devido à sua fama de santidade que o retém durante um ano. Finalmente em 1541 parte para o Oriente.

O barco de Xavier demora 13 meses a chegar ao seu destino, tempo no qual exerce a tarefa de director espiritual da embarcação. Finalmente chegam à colónia portuguesa de Goa a 6 de Maio de 1542.

Xavier encontra nas colónias um ambiente de abandono da prática religiosa e um abuso dos nativos, que são tratados como escravos ou como seres inferiores. Xavier denuncia isto em diversas ocasiões perante as autoridades locais, chegando inclusivamente a insistir com o rei de Portugal para que tomasse medidas contra os abusos. Xavier revela nas suas cartas que o trato dos cristãos de origem europeia para com os seus irmãos indígenas é “uma espinha cravada no meu coração”.

O ardor missionário de Xavier fá-lo viajar pelas diferentes colónias portuguesas do Oriente nesses anos. Ele visita a tribo dos Paravas que vive na costa de Ceilão, Malásia, Indonésia, a tribo das Molucas… e muitas outras.


Japão e China

Japão é o próximo objectivo do missionário navarro para onde parte em 1549. No Japão consegue a conversão de milhares de pessoas, ajudado por três japoneses que conheceu na Índia. Xavier viaja de cidade em cidade: Kagoshima, Hirado, Yamaguchi, Kioto, são testemunhas do apostolado de Xavier que deixa uma fecunda comunidade cristã que permaneceu através dos séculos até aos nossos dias.

1552 registou o regresso de Xavier à Índia, a partir de onde se multiplica para atender as diferentes colónias. Na sua ausência os abusos para com os indígenas aumentaram e Xavier concentra a sua preocupação em corrigir esses abusos e confirmar na fé os seus irmãos. Ali conhece um jovem chinês. A sua terra desperta o desejo do missionário para ir lá pregar a Palavra de Deus. Em Abril de 1552 parte para a China, um país até ao momento inacessível para os estrangeiros.

A sua ideia é desembarcar na ilha de Sancián, frente à costa chinesa e introduzir-se furtivamente no país, mas os seus planos não correm como esperava.

Xavier contrai uma febre que o deixa muito doente na ilha, é acolhido por um comerciante português, que o recebe numa cabana sem condições. De modo que, passadas poucas semanas naquele estado, em 3 de Dezembro de 1552 entrega a sua alma a Deus às portas da China.

Xavier entregou-se a Deus sem reservas. Como todos, se num primeiro momento resistiu a una vida de exigência, de anúncio da Palavra, depois aceitou a vontade de Deus para ser o seu instrumento. As comunidades cristãs do Oriente fundadas ou confirmadas pelo santo permanecem até hoje.

São Francisco Xavier foi canonizado em 1622, como aconteceu com Inácio de Loyola, Teresa de Jesus, Filipe Neri e Isidro o Lavrador.


Data de Nascimento: 07 de Abril de 1506; Castelo de Xavier, Navarra, Espanha.

Dia litúrgico: 3 de Dezembro

Causa da morte: Febre contraída durante a actividade missionária na China.

Título na Igreja: Apóstolo do Extremo Oriente.

Conhecido por: Ser um gigante na história das missões, baptizando mais de 50.000 pessoas de todas as raças e idades, desde crianças até estudantes universitários, de pobres leprosos a Reis saudáveis.

Evangelizador em: Toda a Ásia, África, as Índias Orientais.

Padroeiro de: Missões ad gentes, missionários, navegantes, missões paroquiais, Austrália, China, Índia, Japão e Nova Zelândia.

Virtudes a imitar: Permitir que Deus se sirva dele para pregar o Evangelho e servir a humanidade onde Ele quiser, não deixar que os estudos tenham prioridade sobre a vida espiritual, trabalhar incansavelmente para instaurar o Reino de Deus na terra, mesmo em circunstâncias difíceis.

Sabia que.? São Francisco Xavier estudou com Santo Inácio de Loyola, na Universidade de Paris. São Francisco vivia uma vida mundana e converteu-se quando Santo Inácio lhe disse estas palavras do Evangelho: "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma" (Mc 8,26).


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Confissão de Santo Agostinho

Passei tanto tempo a Te procurar.

Não sabia onde estavas,
olhava para o infinito e não Te via.

E pensava comigo mesmo:
será que Tu existes???

Não me contentava com a busca e prosseguia...

Tentava encontrar-Te nas religiões e nos templos.
Tu também não estavas.

Procurei-Te através dos sacerdotes e pastores.
Também não te encontrei.

Senti-me só, vazio, desesperado e descrente.
E na descrença Te ofendi, 
e na ofensa tropecei,
e no tropeço caí,
e na queda senti-me fraco.

Fraco procurei socorro,
no socorro encontrei amigos;
nos amigos encontrei carinho;
no carinho eu vi nascer o amor,
com amor eu vi um mundo novo.

E no mundo novo resolvi viver...
O que recebi, resolvi doar. 
Doando alguma coisa muito recebi
e em recebendo senti-me feliz.

E ao ser feliz, encontrei a paz
e tendo a paz foi que compreendi
que dentro de mim é que Tu estavas;

E sem procurar-Te foi que Te encontrei.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Morte dos Apòstolos

Como morreram os Apóstolos de Jesus?

"Então, Jesus disse aos seus discípulos: Se alguém quiser seguir-Me,  negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me."(Mateus 16:24) 

"Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome."(Mateus 24:9) 


ANDRÉ
Foi discípulo de João Baptista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus:“Eis aqui o Cordeiro de Deus”. André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias” (João 1.35-42; Mateus 10.2). O lugar do seu martírio foi em Acaia (província romana que, com a Macedónia, formava a Grécia). Diz a tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de Xis (não foi pregado) para que o seu sofrimento se prolongasse.

BARTOLOMEU 
Tem sido identificado como Natanael. Natural de Caná de Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Mateus 10.3; João 1.45-47) Exerceu o seu ministério na Anatólia, Etiópia, Arménia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte. 

FILIPE 
Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe o seu amigo Natanael (João 1.43-46). Diz-se que pregou na Frígia e morreu como mártir em Hierápolis. 

JOÃO (apóstolo do amor) 
O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O discípulo que Jesus amava” (João 13.23). Pescador, filho de Zebedeu (Mateus 4.21) o único que permaneceu perto da cruz (João 19.26-27). O primeiro a crer na ressurreição de Cristo (João 20.1-10). A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse (Apocalipse 1.9). Após a sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos. 

JUDAS TADEU 
Foi quem, na última Ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, porque te manifestarás a nós e não ao mundo?" (João 14:22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote. 

JUDAS ISCARIOTES (o traidor) 
Filho de Simão, traiu Jesus por trinta peças de prata, enforcando-se em seguida.(Mateus 26:14-16; 27:3-5). 

MATEUS ( ex cobrador de impostos)
Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum (Marcos 2.14; Mateus 9.9-13; 10.3; Atos 1.13). Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia. 

MATIAS (substituto de Judas)
Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1.15-26). Diz-se que exerceu o seu ministério na Judeia e Macedónia. Teria sido martirizado na Etiópia. 

PAULO (maior missionário da igreja primitiva) 
Israelita da tribo de Benjamim (Filipenses 3.5). Natural de Tarso, na Cilícia (hoje Turquia). Nome romano de Saulo, o Apóstolo dos Gentios. De perseguidor dos cristãos, passou a pregador do Evangelho e perseguido. Realizou três grandes viagens missionárias e fundou várias igrejas. Segundo a tradição, foi decapitado em Roma, nos tempos de Nero, no ano 67 ou 70 (Atos 8.3; 13.9; 23.6; 13-20). 

PEDRO (estava sempre um passo a frente dos demais) 
Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo”(Mateus 16.16). Foi testemunha da Transfiguração (Mateus 17.1-4).
O seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição, a sua crucificxão verificou-se entre os anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero.
Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo. 

SIMÃO (o Zelote)
Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos 3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado. 

TIAGO (o maior)
Filho de Zebedeu, irmão do também apóstolo João. Natural de Betsaida da Galileia, o pescador (Mateus 4.21; 10.2). Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e morto à espada em Jerusalém, entre os anos 42 e 44. 

TIAGO (o menor)
Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egipto. Segundo a tradição, martirizado provavelmente no ano 62. 

TOMÉ (que só acreditava no que via) 
Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação (João 20.25). Segundo a tradição, a sua obra de evangelização estendeu-se à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que o seu martírio deu-se por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã. 


Obs:
O único apóstolo cuja morte está registada na Bíblia é Tiago (Atos 12:2). O rei Herodes “fez Tiago passar a fio de espada” – aparentemente uma referência à decapitação. As circunstâncias das mortes dos outros apóstolos só podem ser conhecidas baseadas em tradições da igreja medieval, estudos teológicos e livros apócrifos.

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