Ao contrário do que muitos pensam, a
origem do pecado de cada um não está fora, mas no nosso próprio coração. É algo
de dentro para fora e não o contrário.
A raiz do pecado está na nossa livre
vontade, nas nossas escolhas, atitudes e acções, segundo o ensinamento do
próprio Cristo: "é do coração que
procedem as más inclinações, assassínios, adultérios, prostituições, roubos,
falsos testemunhos e difamações. São estas as coisas que tornam o ser humano
impuro". Mateus 15, 19-20 (Catecismo 1853).
A maldade presente no mundo não pode atingir-nos se nós não permitirmos, principalmente, se estivermos intimamente ligados a Deus. Mas, infelizmente, deixamo-nos levar pelo ritmo da vida, do meio social, das más influências e das modas que nos são impostos.
A maldade presente no mundo não pode atingir-nos se nós não permitirmos, principalmente, se estivermos intimamente ligados a Deus. Mas, infelizmente, deixamo-nos levar pelo ritmo da vida, do meio social, das más influências e das modas que nos são impostos.
O pecado é uma falta contra a verdade,
contra a razão (bom senso, juízo,
prudência, moral, direito, justiça) e contra a consciência recta (capacidade de estabelecer julgamentos
morais dos actos realizados).
Pecado é ofensa a Deus. É uma falta
contra o amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo. O pecado ergue-se
contra o amor de Deus por nós e desvia-nos
d’Ele os nossos corações. Fere a natureza do homem e ofende a
solidariedade humana (Catecismo 1849).
Pecado é a transgressão de um preceito
religioso. Pecado é a auto-suficiência. Santo Agostinho diz que "o
pecado é amor de si mesmo até ao desprezo de Deus".
Pode-se distinguir os pecados segundo os
actos humanos, os mandamentos que eles contrariam e às virtudes a que se opõem.
Podemos pecar por pensamentos, palavras, actos e omissões. Em relação à
omissão, não praticamos um mal, mas deixamos de fazer o bem.
O pecado é classificado, segundo a sua
gravidade, em venial e mortal.
Pecado venial (desculpável, perdoável) ainda deixa existir a força e a acção
da caridade, do amor na nossa vida, mas ofende-os e fere. Ele enfraquece a
graça de Deus em nós, mas não a destrói.
Os pecados veniais são faltas leves,
perdoadas no Acto de Contrição, rezado durante a Santa Missa, desde que
estejamos sinceramente arrependidos. Porém, a confissão regular dos nossos
pecados veniais ajudam-nos a formar a consciência, a lutar contra as nossas más
tendências, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida espiritual.
Recebendo mais frequentemente o perdão dos pecados e o dom da misericórdia do
Pai, somos levados a ser misericordiosos como ele (Catecismo 1458).
"O homem não pode, enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo menos os pecados leves. Mas, esses pecados que chamamos leves, não os considerem insignificantes: se os considerar insignificantes ao pesá-los, treme ao contá-los. Um grande número de objectos leves faz uma grande massa; um grande número de gotas enche um rio. Qual é então a nossa esperança? Antes de tudo, a Confissão" (Santo Agostinho).
Já o pecado mortal destrói a caridade, destrói o amor no coração do homem por uma infracção grave á lei de Deus; desvia o homem de Deus, preferindo um bem inferior, sem valor (Catecismo 1855).
"O homem não pode, enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo menos os pecados leves. Mas, esses pecados que chamamos leves, não os considerem insignificantes: se os considerar insignificantes ao pesá-los, treme ao contá-los. Um grande número de objectos leves faz uma grande massa; um grande número de gotas enche um rio. Qual é então a nossa esperança? Antes de tudo, a Confissão" (Santo Agostinho).
Já o pecado mortal destrói a caridade, destrói o amor no coração do homem por uma infracção grave á lei de Deus; desvia o homem de Deus, preferindo um bem inferior, sem valor (Catecismo 1855).
O pecado mortal é uma possibilidade
radical da liberdade humana, como o próprio amor. O pecado mortal acarreta a
perda da caridade, do amor e da privação da Graça Santificante, isto é, do
estado de graça recebido no Baptismo. Se este estado não for recuperado
mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de
Cristo e a morte eterna no inferno, já que a nossa liberdade tem o poder de
fazer opções para sempre, sem regresso (Catecismo 1861).
Para que um pecado seja mortal
requerem-se três condições ao mesmo tempo: ser matéria grave, cometido com
consciência e deliberadamente.
A matéria grave é baseada nos dez
mandamentos: não mate, não cometa adultério, não levante falso testemunho, não
roube, honre pai e mãe (Marcos 10, 19).
Requer pleno conhecimento e
consentimento. Pressupõe o conhecimento do carácter pecaminoso do acto, da sua
oposição à lei de Deus.
Envolve também um consentimento
suficientemente deliberado (meditar no que se há-de fazer, reflectir, decidir)
para ser uma escolha pessoal.
A ignorância pode diminuir ou até
desculpar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignora
os princípios da lei moral, inscritos na consciência de todo ser humano.
Em todo o caso, Deus, na sua infinita
misericórdia e amor, deixou-nos um caminho de volta.
Ele está sempre de portas abertas para
aceitar as nossas sinceras desculpas, independentemente da falta que tenhamos
cometido, desde que estejamos sinceramente arrependidos.
O Sacramento da Confissão ou
Reconciliação devolve-nos a graça de estarmos novamente no coração de Deus.
Por isso, não deixe a sua confissão para
amanhã.
Não tenha medo, receio ou vergonha de abrir-se
a um sacerdote, um ungido de Deus.
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