Estamos a viver um tempo de grandes expectativas no coração e na mente pelo nascimento do Menino Jesus, o Príncipe da Paz, o Filho de Deus, o Salvador da humanidade, feito homem, nascido de Maria, em Belém.
Porque é Natal, a esperança torna-se o motivo da nossa vida. Somos convidados a renovar as nossas atitudes com gestos de solidariedade e de paz. O empenho para nos aproximar das pessoas - pequenas, humildes, pobres, marginalizadas, excluídas, doentes, idosas - tem o seu fundamento no nascimento de Jesus. Ele fez-Se um de nós, veio habitar no meio de nós - Mistério da Encarnação — porque ama-nos infinitamente.
O Natal do Senhor faz-nos pensar como Deus manifesta o seu amor por nós. Ele assume nossa maneira de ser. Iguala-se a nós, homens e mulheres, e ensina-nos o modo de ser humanos. Desde o nascimento, até a morte e ressurreição, Jesus revela-se sendo Salvação para o mundo. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida que todo coração procura. Para onde iremos? Só Tu tens palavras de vida eterna foi a resposta de Pedro a Jesus. Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo, foi o modo de João Baptista apresentar Jesus aos seus discípulos.
O Natal ensina-nos como Deus leva a sério a nossa vida. Ele valoriza-nos a ponto de se fazer como um de nós. Assim como Deus se revelou, somos também convidados a levar a sério a nossa vida e a dos nossos semelhantes. Pelo Natal de Jesus, a Humanidade ganhou uma grande alegria; pelo Natal de Jesus no nosso coração, somos convidados a levar aos nossos irmãos e irmãs motivos de alegria. Muitas iniciativas nas comunidades, associações, empresas proporcionam alegria às pessoas.
Mais do que objectos materiais como brinquedos, roupas, alimentos, que são de facto necessários, o Espírito Natalino ensina-nos o caminho da solidariedade e convida-nos para gestos voluntários em favor dos mais carentes. São eles: doentes sem recursos para um tratamento digno; idosos que sofrem com os efeitos da ingratidão dos familiares, da sociedade e do Estado; desempregados que não conseguem o pão com o suor do próprio rosto; crianças desamparadas sem nenhum referencial de valores para uma vida que conduza à realização; jovens desorientados profissional e vocacionalmente, entregues ao imediatismo imposto por estruturas descomprometidas com a vida humana.
Novamente aproxima-se o Natal e o nosso coração completa-se de verdadeira alegria e esperança. Deus dispõe-se a ensinar-nos pelo seu Filho. Torna-se como um de nós — humanos — e lembra-nos a solidariedade a custo zero. Faz-se voluntário pelo amor infinito a cada um de nós.
HÉLDER GONÇALVES
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