A criança começou a subida com muito entusiasmo, pois queria mostrar ao pai que era forte e capaz.
O caminho, porém, tornava-se cada vez mais ingreme e difícil e por isso, o menino de vez em quando caía, mas, porque era corajoso, levantava-se e recomeçava de novo a subir.
Os espinhos rasgavam-lhe a roupa e feriam-no, mas mesmo assim, continuou a subir até que deu uma valente queda e não pode subir mais. Então, a chorar, voltou-se para o pai e disse:
- Paizinho, não posso continuar: já não tenho forças! Ajuda-me a subir.
Então, o pai pegou no filho ao colo e levou-o até ao alto do monte. Ele nunca esperara que a criança conseguisse subir sózinha.
Deus não quer que subamos a montanha da nossa vida sozinhos. Toda a nossa experiência ensina-nos que temos um grande Amigo invisível, é certo, mas muito real, que espera o momento em que nós, conscientes da nossa fraqueza, como a criança extenuada e sem forças, nos voltemos para Ele, em busca da proteção e auxílio.
Deus, na sua infinita bondade e misericórdia, pode e quer proteger-nos, pode e quer dar-nos a sua mão; eu diria até: que "levar-nos ao colo".
Recorramos, pois, a Ele com a mesma confiança com que a criança recorreu ao apoio do pai.
Ricardo Igreja
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