Durante a primeira Evangelização, e por
muito mais tempo, a difusão da mensagem e dos ensinamentos de Jesus Cristo
fazia-se ao ritmo e à velocidade dos meios de então.
Fazia-se de pessoa a pessoa e em grupos.
Contudo importa sublinhar que, mesmo
nessas condições básicas, o Evangelho espalhou-se rapidamente por uma grande
diversidade de povos e culturas.
Como meio de distinguir os cristãos
empreendidos nestas viagens foi necessário o uso de símbolos, isto porque
viviam na constante ameaça de serem perseguidos e até de travarem lutas contra
os infiéis.
O acróstico ICTIS (uma palavra grega que significa peixe) era um dos elementos
identificativos do Cristianismo.
ICTIS diz respeito às iniciais de Jesus Cristo, Filho de
Deus, Salvador e permitia-lhes conhecerem desenhando o perfil de um peixe,
também este empregue na arte paleocristã catacumbal.
Originário do Koiné – dialecto ático
misturado de elementos jónicos, que se tornou na língua comum de todo o mundo
grego na época helenística e romana – surgiu a mensagem FOS ZOE (que significa Luz e Vida), um outro símbolo que distinguia
os cristãos.
Deste elemento surgiu a Cruz de Luz e
Vida, pois ambas as palavras estão escritas nos seus quatro braços de tamanho
idêntico.
Na inserção destas duas palavras FOS ZOE está o “W”, que anuncia Jesus
Cristo Ressuscitado.
O Ómega vigésima quarta e última letra
do alfabeto grego, é interpretado, na tradição cristã, como o fim de algo, em
oposição ao Alfa, o início.
Por exemplo, no livro da Revelação
lê-se: “Eu sou Alfa e Ómega o início e o fim, o primeiro e o último”.
De facto, o Alfa e o Ómega eram muito
usados pelo Cristianismo, aparecendo escritos nos braços das cruzes, dentro de
um círculo ou triângulo nos anéis dos cristãos, em pinturas e em outros
ornamentos.
O Alfa, por vezes, aparece à direita e o Ómega à esquerda para indicar; que, em Cristo, o início e o fim convergem em um
só.
HÉLDER
GONÇALVES
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