1. Amigo FRANCISCO,
hoje é o teu DIA, a tua FESTA. Deixa que me alegre contigo, e que peça a tua LUZ de
Mestre e Padroeiro para esta Europa rica, ensonada, atracada, sem mar, sem
barco, sem farol e sem ideais.
2. S. Francisco
Xavier, proclamado «Padroeiro Universal das Missões» (Pio X) e apontado como
«Apóstolo mundial dos tempos modernos» (João Paulo II), de quem celebrámos há
três anos os quinhentos anos do seu nascimento (07.04.1506 – 07.04.2006),
postou-se, na esteira de Paulo, no humilde e fiel seguimento de Cristo, vivendo
de Cristo (Fl 1,21), impelido pelo AMOR de Cristo (2 Cor 5,14) e pelo SIM de
Cristo – que «não foi SIM e não, mas unicamente SIM» (2 Cor 1,19) –, testemunha
da ALEGRIA nova de Cristo (Lc 10,21; 1 Pe 1,8) e cooperador dessa ALEGRIA (2
Cor 1,24).
3. Viveu apenas 46
anos sobre esta terra (07.04.1506 – 03.12.1552). 46 anos plenos de CRISTO, de
AMOR e de ALEGRIA.
4. Partiu de Lisboa
em 07 de Abril de 1541, dia em que completava 35 anos, para uma viagem de
20.000 km, rumo a Goa, onde desembarcou mais de um ano depois, em 06 de Maio de
1542, após paragem de quase meio ano (Setembro de 1541 até Fevereiro de 1542)
na Ilha de Moçambique para o restabelecimento dos doentes, enquanto se esperava
por ventos favoráveis à navegação.
5. Desde essa data
até à sua morte, ocorrida na Ilha de Sanchoão, às portas da China, na madrugada
do dia 03 de Dezembro de 1552, vão 10 anos e quase 07 meses de uma desmedida
dedicação aos outros, sobretudo aos pobres e doentes, testemunhando com a sua
vida humilde e dedicada a BONDADE, a PAZ e a ALEGRIA do EVANGELHO. o
CRISTO «de la SONRISA», que muitas vezes contemplou Xavier e que muitas vezes
Xavier contemplou.
6.
Cumplicidade. O Cristo daquele sorriso gravou-se no
coração e nos lábios de Xavier, tomou conta dele, configurou-se nele,
transvasou dele.
7. São, na verdade,
muitas as testemunhas que descrevem Xavier «com a boca sempre cheia de riso e
da graça de Deus» (Monumenta
Xaveriana, tomo 2, Madrid, 1912, p. 291 e 306). É também de
salientar a sua ilimitada CONFIANÇA em Deus, como transparece de uma sua carta,
datada de 05 de Novembro de 1549, escrita de Kagoshima, no Japão, e dirigida
aos seus companheiros de Goa: «Sei de uma
pessoa a quem Deus concedeu muitas graças, que se ocupava muitas vezes, tanto
nos perigos como fora deles, em pôr toda a sua ESPERANÇA e CONFIANÇA n’Ele, e o
proveito que daí lhe adveio levaria muito tempo a descrever».
8. Aquele «Sei
de uma pessoa» lembra Paulo (2 Cor 12,2). Pôr toda a sua confiança em Deus é
firmar-se em Deus, viver de Deus e desde Deus. A tanto nos desafia também a
nós, hoje, o nosso «Padroeiro Universal das Missões».
9. E aquele SORRISO
nos lábios do Crucificado e de Xavier é outro impressionante desafio para nós.
Na verdade, que EVANGELHO podemos nós viver e testemunhar sem CRISTO, sem
CONFIANÇA e ALEGRIA?
10. Obrigado, amigo
Francisco. Celebrarei gozosamente a tua Festa. Mas confesso que me sentirei
muito mais FELIZ quando a nossa Igreja viver com ALEGRIA essa PAIXÃO de
AMOR que tu viveste pelo CRISTO e pelos teus IRMÃOS.
11. E se
aprendêssemos todos essa tua cumplicidade com CRISTO?!
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