Felizes os que compreendem que a minha vista já está confusa e as minhas ideias meio baralhadas.
Felizes os que respeitam as minhas mãos enrugadas e os meus pés deformados
Felizes os que com um sorriso me dão algum do seu tempo para conversar comigo.
Felizes os que nunca me dizem: é já a terceira vez que me conta essa história.
Felizes os que pacientemente me ajudam a evocar recordações de tempos passados.
Felizes os que me dizem que gostam de mim e que ainda presto para alguma coisa.
Felizes os que pela sua bondade tornam mais serenos e ajudam a viver os últimos dias da minha vida.
Hélder Gonçalves
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