segunda-feira, 23 de abril de 2012

ECUMENISMO

Recentemente, há poucos dias, recebi uma mensagem no meu email de alguém que se diz ser católico, mas escreve coisas como estas que eu não podia deixar de dar uma resposta.

Poderia por a mensagem completa, mas escreve tantas barbaridades que eu prefiro não publicar.

Mas se diz que o meu blog é ecuménico, não vejo onde esteja o mal, pelo contrário, sinto-me lisonjeado, mas para além disso, a própria Igreja Católica tem vários documentos publicados sobre o ecumenismo e, assim sendo, quem for contra o ecumenismo é contra a Igreja Católica e até mesmo contra o próprio Papa.

Email: “O meu blog é católico, o vosso é ecumênico.
Esta porta (meu blog, meu email) é católica, de verdade, da Tradição e do Magistério, de véu na cabeça e joelho no chão, de terço na mão, uma mão que não toca a Santa Eucaristia para comungar, uma católica que não bate palmas com (e como) os protestantes, nem faz caras e bocas como os carismáticos; de uma Fé contida e sóbria, toda interior. Um Fé que é toda obediência na Verdade e chicote contra os vendilhões do Templo. Nada de ecumenismo aqui. Nada de confraternizar com os inimigos de Cristo. A outra face... é para as ofensa pessoais. Para quem ofende Deus: a espada. Nada de comunistas, de liberais, de feministas aqui! Apenas católicos são bem vindos. E antes que me venham com a lenga-lenga da caridade fraterna... aconselho-vos a reaprender os vossos conceitos, desde o início, do beabá, porque estão todos impregnados de um modernismo víscido e corruptor.”


PASSO A EXPLICAR:

- O que é um Concilio Ecuménico?

- Quantos houve até hoje?

- De que constou o Concilio Vaticano II ?

Um Concilio Ecuménico é uma reunião de todos os bispos, convocada e presidida pelo Papa, destinada a analisar e resolver questões de doutrina e disciplina de interesse para a Igreja Universal (Código Direito Canónico, 337, 341; etc…).

Considerando que a Igreja não estava ainda suficientemente expandida, o Concilio de Jerusalém só imprópriamente se poderia considerar ecuménico (convocação de todas as igrejas locais).


Por conseguinte, consideram-se, até agora, os seguintes Concílios Ecuménicos:

1. I de Niceia – 325
2. I de Constantinopla – 381
3. Éfeso – 431
4. Calcedónia – 451
5. II de Constantinopla – 553
6. III de Constantinopla – 680 – 681
7. II de Niceia – 787
8. IV de Constantinopla - 869 – 870
9. I de Latrão - 1123
10. II de Latrão - 1139
11. III de Latrão - 1179
12. IV de Latrão - 1215
13. I de Lyon - 1245
14. II de Lyon - 1274
15. Viena - 1311 – 1312
16. Constança - 1414 – 1418
17. Basileia – Ferrara – Florença - 1431 – 1443
18. V de Latrão - 1512 – 1517
19. Trento - 1545 – 1563 - com interrupções
20. Vaticano I - 1869 – 1870 - interrompido pela guerra da unificação da Itália.
21. Vaticano II - 1962 – 1965 - O Concilio de Vaticano II, anunciado a 25.01.1959 pelo Papa João XXIII e por ele convocado (Const. Ap. Humanae salutis, 25.12.1961), decorreu em quatro sessões, nos Outonos de 1962 a 1965, sendo as três últimas presididas pelo Papa Paulo VI. Destinado a promover a renovação da Igreja, produziu os seguintes documentos:

4 Constituições:

- Dogmática Lumen Gentium - sobre a Igreja.

- Dogmatica Dei Verbum - sobre a divina revelação.

- Sacrosanctum Concilium - sobre a sagrada liturgia.

- Pastoral Gaudium et Spes - sobre a Igreja no mundo actual.


9 Decretos:

- Christus Dominus - sobre o ministério pastoral dos bispos.

- Presbyterorum Ordinis - sobre o ministério e a vida dos sacerdotes.

- Optatam Totius - sobre a formação sacerdotal.

- Perfectae Caritatis - sobre a renovação da vida religiosa.

- Apostolicam Ecclesiarum - sobre as Igrejas orientais católicas.

- Ad Gentes - sobre a actividade missionária da Igreja.

- Unitatis Redintegratio - sobre o ecumenismo.

- Inter Mirifica - sobre os meios de comunicação social.


3 Declarações:

- Dignitatis Humanae - sobre a liberdade religiosa.

- Gravissimum Educationis - sobre a educação cristã da juventude.

- Nostra Aetate - sobre a relação da Igreja com as religiões não cristãs.


Depois disto tudo, acho que não tenho mais nada a acrescentar, a não ser que quem quiser consulte os documentos oficiais da Igreja antes de escrever asneiras e barbaridades, pois tem muito que ler.

Da minha parte, sou CATÒLICO sim, mas com muito orgulho da minha fé, sei bem o chão que piso e a fé que professo, mas não espezinho o meu irmão, independentemente da raça ou fé que professa, pois somos todos criaturas e filhos de Deus.

Em todas as religiões, existem pessoas boas e más, mas no mundo actual cada vez mais globalizado onde todos nos misturamos cada vez mais é importante conhecermo-nos uns aos outros, a fim de podermos conviver entre todos.

A única coisa que eu não aceito, são os extremistas e fundamentalistas como este, que nem ele próprio sabe o que é e o que professa. Está muito longe do ideal cristão.

Sejam TOLERANTES, para um mundo melhor.

HÉLDER GONÇALVES

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