domingo, 3 de março de 2013

Cruz Latina


A Cruz Latina, aquela em que a haste vertical é mais comprida do que a horizontal, é, sem dúvida, uma das mais conhecidas formas da cultura ocidental.

Antes de se tornar no ícone do cristianismo e até da própria cultura ocidental, foi utilizada, na Antiguidade, por outras culturas e religiões, assumindo os mais diversos significados, como instrumento de castigo e de morte.

Os romanos, por exemplo, utilizavam o suplício da cruz – mais não era do que a crucificação imposta mais tarde a Cristo – como a pena mais cruel e vergonhosa que podia ser infligida aos seus escravos e súbditos.

O sentido espiritual da cruz, indicado pelo próprio Jesus Cristo e reforçado por São Paulo, foi incluído no culto cristão, segundo se crê, logo a seguir à era apostólica.

De instrumento tosco de suplício, composto por dois troncos de madeira unidos perpendicularmente, a cruz passou, então, a símbolo, mais ou menos elaborado, mais ou menos rico, do triunfo e do amor; utilizado na guerra e em actos litúrgicos.

Apesar de a sua forma poder variar ligeiramente, a Cruz Latina apresenta braços superiores e laterais com o mesmo comprimento e braço inferior com o dobro do tamanho dos restantes.

A tradição diz que estas eram as proporções da cruz sobre a qual Cristo foi crucificado.

A Cruz Latina é, ainda, uma forma profusamente utilizada na configuração das plantas arquitectónicas de igrejas, catedrais e outros monumentos religiosos, um pouco por todo o mundo, mas sobretudo no Ocidente, rivalizando, neste aspecto, com a Cruz Grega.

HÉLDER GONÇALVES

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