domingo, 24 de março de 2013

Exame de Consciência


Se eu tenho uma dor de dentes, todo o corpo se sente mal.

Da mesma forma: Se eu faço o bem, toda a gente é beneficiada; se eu faço o mal, toda a comunidade é prejudicada.

Por isso, o perdão de Deus dá-se através da reconciliação com a Igreja.

O sacerdote é aquele que dá o perdão em nome de Deus, e reconcilia em nome da Comunidade.



  1. Calma e silêncio são aspectos fundamentais.
  2. Confesse os seus pecados e deixe os dos outros para eles.
  3. Seja simples e não conte histórias.
  4. Não passe à frente dos outros, mesmo que sejam crianças: é pecado contra a justiça. (Será necessário, para haver respeito, instalar o sistema das etiquetas por ordem de chegada?)
  5. Enquanto espera, dedique o seu tempo à oração e meditação.
  6. A confissão não é um interrogatório feito pelo sacerdote.
  7. Ao tentar enganar o sacerdote (é fácil!), está a enganar-se a si próprio, porque a Deus ninguém engana.


- Faça o propósito de tentar ser melhor em algum aspecto muito concreto.


- Diga o acto de contrição de forma que se entenda. (Se não o souber, pode aprendê-lo ou utilizar mesmo esta folha.)


        Meu Deus, porque sois tão bom,
tenho muita pena de vos ter ofendido,
ajudai-me a não tornar a pecar. Ámen!

                        OU

Meu Deus, porque sois infinitamente bom,
eu vos amo de todo o meu coração;
pesa-me de vos ter ofendido,
e com o auxílio da vossa divina graça,
proponho firmemente emendar-me
e nunca mais vos tornar a ofender.
Peço e espero o perdão das minhas culpas
pela Vossa infinita misericórdia. Ámen!



* EU... E EU PRÓPRIO

  • Aceito-me como uma pessoa com qualidades e defeitos?
  • Respeito a minha dignidade e a dos outros?
  • Aceito os outros como eles são, diferentes de mim?
  • Assumo que sou chamado a praticar o bem?
  • Sinto-me como uma pessoa de consciência e honra?
  • Procuro sempre a verdade, ou submeto-a aos meus interesses?
  • Vivo da imagem e cultivo as aparências?
  • Fundamento as minhas opiniões ou deixo-me levar na enxurrada?
  • Estou a realizar a minha felicidade ou apenas a dar mais atenção ao aspecto económico?
  • A minha realização pessoal é mais importante do que tudo?
  • Uso uma linguagem séria, honesta e limpa?
  • Que lugar ocupam as anedotas e os palavrões?
  • Sou fiel à minha palavra e levo até ao fim os compromissos assumidos?
  • Assumo os estragos, voluntários ou involuntários, causados aos outros?
  • Como utilizo o meu tempo? Sou dependente da televisão, dos jogos, ou de coisas inúteis?
  • Respeito o meu corpo e a minha saúde, ou estrago-o com excessos de trabalho, ou comendo e bebendo sem medida, fumando, consumindo drogas ou prostituindo-me?
  • O sexo é uma obsessão? Como são os meus comportamentos? Alimento pensamentos e desejos que não deveria? - Tenho consciência de que o sexo implica o amor?
  • No namoro, no casamento ou noutra situação sou honesto e fiel?
  • Revistas e filmes pornográficos que lugar ocupam na minha vida?



* EU... E A FAMÍLIA

  • Ajudo, quero bem e procuro compreender os outros, sem impor a minha opinião?
  • Sou uma pessoa preocupada com os problemas da minha família?
  • Tenho procurado realizar a felicidade dos outros, ou são eles o “bode expiatório” dos meus stress e más disposições?
  • Aceito reconhecer que errei e peço desculpa, mesmo que seja aos filhos ou aos pais?
  • Preocupo-me com a educação humana, sexual, social e cristã dos filhos? Sou para eles um bom exemplo de vida?
  • Participo nas reuniões da Escola e da Catequese? Porque não?
  • Que lugar ocupam, na minha família, os mais idosos?
  • A minha relação conjugal é equilibrada e sã? Há “outros amores”?
  • Os laços do amor quebram-se por causa do álcool ou com maus tratos?
  • Rezo em casal ou em família?
  • Gosto do meu lar ou é somente espaço para comer e dormir?
  • Ando zangado com alguém da família? É por causa das partilhas? Perdoo mesmo?
  • Respeitei sempre, na minha família, o direito à vida?
  • Na relação conjugal/sexual sou generoso ou só procuro a minha satisfação, esquecendo o outro?



* EU... E O MUNDO


  • Sinto que os outros são tão importantes quanto eu? Julgo-me superior a eles?
  • Gozo com a ignorância ou simplicidade dos outros?
  • Defendo os mais simples ou estou sempre do lado dos poderosos?
  • Sigo a verdade e a minha consciência, ou deixo-me levar por clubismos, fanatismos, influências, compadrios, politiquices ou “cusquices”?
  • Prejudiquei os outros: no trabalho, nos bens, em roubos, assaltos, incêndios, falsos testemunhos, fuga aos impostos? Vivo à custa dos outros, ou exploro o trabalho, a generosidade, etc. de alguém?
  • Pertenço ao grupo dos críticos de tudo e de todos, ficando eu de fora?
  • Tenho colaborado em actividades ilícitas?
  • Procuro realizar um trabalho sério para ter direito a uma remuneração adequada?
  • Estou preocupado com os grandes problemas e necessidades do mundo, sou sensível à partilha com os mais pobres?
  • Colaboro activamente nas associações e organizações a que pertenço?
  • Preocupo-me com a perda de valores da nossa sociedade? Que faço para os promover?
  • Que lugar ocupa o voluntariado no meu dia-a-dia?
  • Tenho consideração e respeito pelas crianças e pelos deficientes? Maus tratos, pedofilia, trabalhos inadequados?
  • Penso mal ou faço juízos precipitados a respeito dos outros?
  • Que tenho feito para que haja mais paz e justiça e o mundo se torne melhor?



* EU,... DEUS E A IGREJA


  • Que lugar ocupa Deus na minha vida? Paro para O escutar, ou vivo apenas preocupado com o êxito, o poder, o dinheiro, o sexo, o prazer e o bem-estar? Que lugar dou à oração e à escuta da Sua Palavra?
  • Deixo-me amar por Deus pondo n’Ele toda a minha confiança?
  • Tenho procurado esclarecer e purificar a minha fé? Deixo-me seduzir pela superstição, horóscopos, bruxarias e “outros poderes”?
  • O meu Deus é o Deus de sempre ou o Deus da ocasião e do medo?
  • Como baptizado, exprimo a minha fé em comunhão com a Igreja?
  • Tenho procurado viver a Vida Nova de Jesus Cristo, ou limito-me às “vistorias” obrigatórias?
  • Tomo parte activa na Missa dominical, ou sou cliente de “corpo presente”?
  • Rezo a pensar só em mim, ou tenho o sentido da oração comunitária?
  • Rezo pelas grandes intenções da Igreja?
  • Rezo pelos doentes, pela igreja missionária e pelas vocações?
  • Vivo em comunhão e paz com os outros? Se ando zangado, continuo a comungar o Corpo de Cristo?
  • Sou membro activo da Igreja, ou jogo com um pau de dois bicos?
  • Aceito a renovação da Igreja, ou jogo sempre à defesa?
  • Assumo a doutrina da Igreja, mesmo quando não me agrada?
  • Fora da igreja, procuro ser fiel à minha fé, ou tenho vergonha de me afirmar?
  • A minha religião fica guardada na igreja, ou levo-a para o mundo do trabalho, da política, da vida social, da escola, para as férias, para as discotecas, para o futebol?..
  • As anedotas a respeito de padres e freiras dão-me gozo ou pena?
  • Quando é preciso apresentar opiniões, apareço ou fico em casa, demitindo-me da minha corresponsabilidade e comunhão de Igreja?
  • Contribuo generosamente com bens e serviços para o bem da Comunidade, ou vivo à custa dos outros?
  • Participo da ideia de que os padres dão cabo da fé ao povo, para defender tradições vazias?
  • Resisto aos apelos de Deus? Estou a seguir a minha vocação?
  • O bem que faço está impregnado de amor ou simplesmente pelo sentido do dever?
  • Que é que eu podia ter feito de bem e não fiz?

HÉLDER GONÇALVES

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