domingo, 6 de outubro de 2013

Cores Litúrgicas

Quando vamos à igreja, notamos que o altar, o sacrário, o ambão, e até mesmo a estola e a casula usadas pelo sacerdote, combinam todos com uma mesma cor.

Percebemos também que, a cada semana que passa, essa cor pode permanecer a mesma ou variar. Se acontecer de no mesmo dia irmos a duas igrejas diferentes, comprovaremos que ambas usam a mesma cor, com excepção, é claro, da igreja que celebra o seu padroeiro. Na verdade, a cor usada um certo dia é válida para a Igreja em todo o mundo, que obedece a um mesmo calendário litúrgico. Conforme a missa do dia, indicada pelo calendário, fica estabelecida uma determinada cor.

Estas diferentes cores possuem algum significado para a Igreja: elas visam manifestar externamente o carácter dos Mistérios celebrados e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do Ano Litúrgico. Manifesta também, de maneira admirável, a unidade da Igreja.

No início havia uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas cores litúrgicas. Estas só foram fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo, devido ao seu alto valor teológico e explicativo, os cristãos do mundo inteiro aderiram a esse costume, que tomou assim, carácter universal. As cores litúrgicas são seis, como veremos a seguir.


BRANCO:  O branco é usado nos Ofícios e Missas do Tempo Pascal e do Natal do Senhor, bem como nas suas festas e memórias, excepto as da Paixão; nas festas e memórias da Bem-aventurança Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não Mártires, na festa de Todos os Santos (1 de Novembro), na Natividade de São João Baptista (24 de Junho), na festa de São João Evangelista (27 de Dezembro), da Cátedra de São Pedro (22 de Fevereiro) e da Conversão de São Paulo (25 de Janeiro). O branco é símbolo da luz, tipificando a inocência e a pureza, a alegria e a glória.


VERMELHO:  O vermelho é usado no Domingo de ramos e na Sexta-feira Santa; no domingo de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos e Evangelistas (com excepção de São João), e nas celebrações dos Santos Mártires. Simboliza as línguas de fogo em Pentecostes e o sangue derramado por Cristo e pelos mártires, além de indicar a caridade inflamante.


VERDE: O verde se usa nos Ofícios e Missas do Tempo Comum. Simboliza a cor das plantas e árvores, prenunciando a esperança da vida eterna.


ROXO:  O roxo é usado no tempo do Advento e da Quaresma. Pode também ser usado nos Ofícios e Missas pelos mortos. Significa penitência, aflição e melancolia.


PRETO:  O preto pode ser usado, onde for o costume, nas Missas pelos mortos. Denota um símbolo de luto, significando a tristeza da morte e a escuridão do sepulcro. Ao contrário do que pensam muitos clérigos e leigos, a cor preta não foi abolida nem pela IGMR anterior nem pelo actual  Segue sendo uma opção para a missa pelos mortos, onde for costume utilizá-la. No Brasil, contudo, o uso do preto nas celebrações pelos fiéis defuntos foi, na prática, abolido, havendo sido substituído pelo uso do roxo, uso este facultado pela própria IGMR. Isto não constitui óbice, contudo, para que um clérigo venha a utilizar paramentos negros.


ROSA:  O rosa pode ser usado nos domingos Gaudete (III do Advento) e Lætare (IV da Quaresma), ocasiões em que também poderá ser utilizado o roxo.

HÉLDER GONÇALVES

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