sábado, 4 de maio de 2013

Túmulo de Konya - Turquia

- Origem dos dervixes

- O poeta sufi Jalal ar-Rumi descobriu a inspiração pela boca de um vagabundo chamado Tabriz.

- Mergulhado num estado de êxtase permanente, Rumi fundou a ordem dos dervixes de Konya, onde foi enterrado depois da sua morte, em 1273.


A cidade de Konya, é a antiga capital do império Séljúcida e disputa o título de cidade mais antiga do mundo. 

Foi fundada no II século a.C. e possui actualmente 2 milhões de habitantes, sendo a segunda maior cidade da Anatólia Central, depois de Ancara.

Konya é o berço dos dervixes dançantes, fundada por Mevlana, filosofo e místico do sufismo, um muçulmano que defendeu a tolerância ilimitada, raciocínio positivo, bondade, caridade e sensibilização através do amor. 

Nela encontra-se o museu de MEVLANA, situado perto da mesquita. 

Esta abadia foi convertida em museu em 1927 o "Tekke" de Mevlana, e é antigo convento dos Dervixes fundado por Mevlana Celalettin Rumi, poeta místico que deixou 3229 odes e 34662 dísticos, dentre os quais Marco Lucchesi, em "A Sombra do Amado", seleccionou alguns dos que mais directamente toca o tema da busca do Amado. 

Funciona também como santuário do túmulo de Mevlana. 

Abriga o seu túmulo e do seu filho, o sultão Veled. 

Contém objectos utilizados nas cerimónias, como instrumentos musicais, tapetes e vestimentas usadas.

Os seus ensinamentos fizeram um apelo aos homens de todas as seitas e credos, respeito uns pelos outros! 

Foi o fundador da «SEMû, a única cerimónia de dança, música e canto autorizada pelo Islão.

Esta prática foi proibida em 1925 e considerada perigosa para a nova república. Foi praticada em segredo até ser novamente autorizada em 1953.

Para assistir a este ritual, é expressamente proibido fotografar, filmar ou conversar!

A «SEMû, é formada por sete partes, cada uma delas com um significado diferente, que em conjunto representam uma viagem espiritual para a perfeição. 

Os dervixes vestem longas vestes brancas e um chapéu em forma de cone. 

Quando começam a rodopiar, já na fase final da cerimónia, erguem a mão direita para o céu para receber as bênçãos e a energia vinda do supremo. 

A mão direita aponta para o chão, para transmitir essa energia para o mundo terreno. 

Os dervixes entram numa espécie de hipnose, em harmonia com a música de acompanhamento, ganhando velocidade e intensidade até terminar numa espécie de exaltação espiritual. 

O túmulo encontra-se dentro do edifício principal, coberto com um pano bordado a ouro e com um chapéu dervixe por cima.

Os quartos onde dormiam os dervixes continuam decorados como noutros tempos. 

Numa das salas, podemos também encontrar um caixão, que dizem conter um fio de cabelo de Maomé.

No santuário, existe também uma peça em prata onde os seguidores de Mevlana esfregam a testa e depositam beijos.

Konya é um centro religioso muito importante e chegam milhares de peregrinos todos os anos no dia 17 de Dezembro.

HÉLDER GONÇALVES

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