A Ordem de Alcântara desempenhou um
papel importante na reconquista espanhola e, numa fase posterior; na vida
política da época. Foi, de facto, uma ordem guerreira quando teve que sê-lo,
porque assim a pátria exigia.
Mas para se entender a Ordem de
Alcântara, o melhor é recuar até à sua constituição. Foi fundada por Suera Fernández Barrientos, em meados do século XII, aprovada pelo Papa Alexandre III em 1177, com a finalidade de
combater os muçulmanos da Estremadura.
Ao longo do percurso histórico, foram
vários os combates que a instituição travou contra o reino de Portugal. Só o último
mestre de Alcântara, Dom Alonso de Monroy,
nutriu simpatia pela dinastia portuguesa, o que provocou a inimizade dos Reis Católicos,
os quais, por sua vez, viriam a provocar o declínio da ordem, devido à intenção
de constituir uma unidade nacional e retirar-lhes os poderes.
O trajecto posterior da ordem foi
turbulento. O seu esforço guerreiro deixou de ser uma mais-valia para a pátria
espanhola, estabeleceu um colégio numa universidade e fixou morada em
Salamanca. A ordem foi suprimida em 1872, mas voltou a ser constituída por
Afonso XII.
Quanto à sua cruz… Um corpo de cavalaria
do exército espanhol, no século XVII, pregou-a no seu estandarte.
HÉLDER
GONÇALVES
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