A história de
Nossa Senhora do Carmo está ligada a um grupo de monges eremitas que habitavam
o Monte Carmelo, no Séc XIII. Eles foram expulsos para a Europa pelos
sarracenos. O superior da Ordem era São Simão Stock, que possuía uma grande
devoção a Nossa Senhora do Carmo. Este pediu-lhe que os protegesse e recebeu
dela um escapulário (uma espécie de
capinha castanha que cobria os ombros, as escápulas, cuja palavra significa
escudo, protecção) com a frase: "Eis o privilégio que dou a ti e a
todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será
salvo".
A Ordem
Carmelita é primordialmente orante. Rezam sem cessar por todo o mundo e pelas
almas dos mortos. Este é seu principal carisma. Veneram santo Elias e Nossa
Senhora do Carmo. Adoram Nosso Senhor Jesus Cristo como toda a Igreja Católica.
São monges e monjas enclausurados, extraordinários na sua missão. Grandes
santos da nossa Igreja provém do Carmelo, como Santa Tereza D'Ávila, Santa
Terezinha do Menino Jesus, São João da Cruz e inúmeros outros. Existe muita
literatura oriunda dos escritos destes santos do Carmelo. Vale a pena procurar
e ler. É fonte inesgotável de pura espiritualidade Cristã.
Quanto ao
escapulário, com o tempo passou a ser usado pelos leigos ligados ao Carmelo.
Mais tarde por todos os leigos católicos que o desejem. Tornou-se menor, com
dois fios ou fitas ligando a imagem de Nossa Senhora do Carmo e de Nosso Senhor
Jesus Cristo. O escapulário deve ser imposto a primeira vez por um Padre,
seguido das orações recomendadas e significa a nossa devoção a Nossa Senhora e a
nossa fé Cristã. O simbolismo dele é o de um hábito religioso. Garante a
salvação eterna apenas a quem o usa com fé, seguindo Jesus Cristo.
*Vinha do
senhor é o significado da palavra Carmelo.
ESCAPULÁRIO
1 -
Surgimento do Escapulário
Foi
na madrugada do dia 16 de Julho de 1251 que Nossa Senhora apareceu ao santo
carmelita inglês, São Simão Stock, e entregou-lhe o miraculoso Escapulário do
Carmo.
São
Simão Stock era, naqueles tempos, Superior Geral da Ordem dos Carmelitas. Ele encontrava-se
numa situação aflitiva, pois a sua Ordem passava por dificuldades muito sérias,
sendo desprezadas, perseguida e até ameaçada de extinção.
Homem
de uma fé viva, São Simão não cessava de implorar socorro à Santíssima Virgem,
e pedia também um sinal sensível de que seria atendido.
Comovida
pelas súplicas angustiantes deste seu fervoroso filho, Nossa Senhora trouxe-lhe
do Céu o santo Escapulário e dirigiu-lhe estas palavras:
"Recebe,
filho diletíssimo, o Escapulário da tua Ordem, sinal da minha confraternidade,
privilégio para ti e para todos os Carmelitas".
"Todos os que morrerem revestidos deste Escapulário não padecerão o fogo
do inferno. É um sinal de salvação, refúgio nos perigos, aliança de paz e pacto
para sempre".
A partir dessa misericordiosa intervenção da Mãe de Deus, a Ordem carmelita refloresceu em todo o mundo! E o Escapulário passou a percorrer a sua milagrosa trajectória, como sinal de aliança de Nossa Senhora com os Carmelitas e com toda a humanidade.
Setenta
anos mais tarde, Nossa Senhora apareceu ao Papa João XXII e fez-lhe nova
promessa, considerada como complemento da primeira:
"Eu,
como terna Mãe dos Carmelitas, descerei ao purgatório no primeiro sábado depois
da sua morte e os livrarei e os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna."
Essa
segunda promessa de Nossa Senhora deu origem à célebre Bula Sabatina do Papa
João XXII, publicada em 03 de Março de 1322, confirmada posteriormente por
vários Sumos Pontífices como Alexandre V, Clemente VII e Paulo III.
De início,
o Escapulário era de uso exclusivo dos religiosos Carmelitas. Mais tarde, a
Igreja, querendo estender os privilégios e benefícios espirituais desse uso a
todos os católicos, simplificou o seu tamanho e autorizou que a sua recepção
ficasse ao alcance de todos.
2 -
Privilégios do Escapulário
"Não,
não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu sustento que não
há outro que faça a nossa predestinação tão certa..."
(São Cláudio de la Colombière, S.J.)
1.
É um sinal de aliança com Nossa Senhora. Por seu uso, exprimimos a nossa
consagração a Ela;
2.
É um sinal de salvação. Quem morrer com ele não padecerá o fogo do inferno;
3.
A Santíssima Virgem livrará do purgatório, no primeiro sábado depois da morte,
todos os que o portarem;
4.
É um sinal de protecção em todos os perigos.
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