Hoje em dia sente-se nos cristãos um
certo cansaço, uma fadiga, um desânimo, uma certa frustração e desilusão pela
prática religiosa, em especial nos jovens que não se sentem nada atraídos para
a Igreja Católica.
Porquê? Perguntamos
Se calhar existem muitas respostas e
muitas razões.
Em muita gente ficou a ideia da prática
religiosa como uma tradição, um costume social, como quem cumpre uma lei
externa para não pecar, em vez de se ter procurado dar formação às pessoas para
elas perceberem que a prática religiosa devia ser entendida como uma
necessidade que vem de dentro, como um verdadeiro encontro com Deus dentro e
fora de nós, um encontro vivido em comunidade.
Ora, como se perdeu a noção de pecado,
foi fácil deixar de ir à missa, deixar de se confessar, deixar de comungar,
pois perdeu-se a motivação interior baseada na amizade a Deus, na necessidade
de fazer da prática religiosa um encontro de corações e de dois amores: Deus e
Eu…
O que é que estará mal na prática
religiosa para muita gente se sentir mal disposta, triste, desiludida,
contrariada, julgando que ir à igreja é perder tempo, rezar é perder tempo e
que nada se lucra em ir a esse lugar sagrado rezar e praticar a religião.
O mal está na forma como se encara a
prática religiosa: quem entende que se trata apenas de cumprir uma lei, um
preceito, uma obrigação, vem contrariado à igreja, pois ninguém gosta de ser
obrigado a fazer as coisas.
Ir à igreja praticar a religião porque
se é obrigado, cansa, não dá alegria e até revolta algumas pessoas.
Acontece, por exemplo com os filhos que
enquanto pequenos e solteiros são “obrigados” pelos pais a frequentar a igreja
e a praticar a religião.
Quando se tornam mais independentes (vão
para a universidade, emigram, casam, etc) deixam de ir.
Isso porque lhes faltava a motivação
interior da fé baseada no amor íntimo a Deus e a Jesus Cristo e só iam pela
pressão exterior dos pais.
PORQUE SOU CRISTÃO?
Uma das grandes falhas é que muitos
católicos não se interrogam, não fazem perguntas, não reflectem acerca da sua
vida e identidade cristã.
Por isso, faz bem a cada crente
interrogar-se a si mesmo e fazer uma reflexão séria acerca da sua vida cristã:
“Quem é Deus para mim?
Que valor e importância tem Deus para
mim?
Que ideia tenho eu de Deus?
Que significa ser baptizado na Igreja
Católica?
Para que serve a minha fé no Deus de
Jesus Cristo?
Porque é que eu rezo?
Porque é que eu vou à igreja praticar a
religião?
Porque é que eu sou cristão?
Alguma vez já fiz da minha fé, um SIM,
uma opção consciente e responsável por Jesus Cristo e pelo seu evangelho?
Sou cristão convicto, que procura ler,
esclarecer e formar-se na fé cristã, ou limito-me a ser um cristão católico por
rotina, por tradição? ”.
Por outras palavras: é preciso parar,
fazer silêncio, meditar, pensar na minha forma de ser cristão católico.
Alguma vez, meu irmão e minha irmã, tu
paraste para pensar nestas ou noutras perguntas semelhantes?
Alguma vez pensaste para ti mesmo(a):
“porque é que eu sou cristão? Porque é que eu acredito em Deus, no Deus de
Jesus Cristo?”.
Pensar pode ajudar a enraizar a
verdadeira fé cristã, torná-la mais profunda, mais esclarecida.
Isso implica também ler livros de
formação cristã, ler a Bíblia, ouvir homilias, reflexões, conferências,
encontros de formação cristã, dialogar com pessoas que sabem um pouco mais do
que nós, etc.
Sem um esclarecimento adequado as
inteligências, não pode haver fé adulta, nem comportamento comandado por uma
consciência e coerência cristã.
Importância da Palavra de Deus, da
Oração e dos Sacramentos.
É a Palavra de Deus que converte e leva
a viver uma vida de forma cristã.
Vemos muitos católicos cuja fé é ainda
bastante infantil, ainda não atingiu a fé adulta, consciente, fé sólida, bem
formada, comprometida, responsável, coerente no dia a dia.
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