O monarca ordenou que a cruz contivesse uma inscrição ameaçadora: "Quem ouse roubá-la do local a que a doei por livre vontade que seja fulminado por um raio divino".
Trata-se de uma peça rica, ornamentada com pedras preciosas verdes e vermelhas, misturadas com esmaltes, que enriquecem os braços de ouro, cobertos de filigranas semelhantes às jóias carolíngias.
A Cruz dos Anjos encontra-se na Câmara Santa da Catedral de Oviedo. É um dos melhores exemplos de como a arte moçárabe se infiltrou até ao Norte, fazendo chegar à arte asturiana a técnica bizantina.
Esta cruz está igualmente no escudo de Oviedo e, rezam as crónicas, foi lavrada por seres celestiais, o que encaixa na tradição de época, uma vez que a península estava, na sua quase totalidade, nas mãos dos árabes.
Restava apenas um reduto - as Astúrias, região pobre e montanhosa, tinha sido o local escolhido pelo que restava das forças cristãs para ali se refugiarem, tendo sido o único território que escapou à ocupação.
Catedral de Oviedo |
HÉLDER GONÇALVES
Muito interessante, gosto de cruzes e crucifixos, ainda não tinha conhecimento desse assunto ^^
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