Embora seja designada como cruz, é
sobretudo uma figura simbólica semelhante à cruz cristã, com uma forma côncava
na parte superior.
A sua origem não está bem esclarecida,
mas é um dos amuletos mais antigos da civilização egípcia e representa o ar e a
água, elementos dadores da imortalidade, que eram oferecidos aos reis como
“sopro da vida”.
A parte inferior em forma de T combina
os princípios criadores do homem (linha vertical) e da mulher (forma redonda).
O princípio criador masculino é
representado pela profunda fertilidade da terra, que será penetrada pelo
espírito, enquanto as águas da emotividade simbolizam o feminino.
O pequeno círculo superior representa a
Consciência ou o Espírito, que se encontram acima do ser humano, a quem é
facultado o contacto com o Espírito Superior.
Esta cruz aparece frequentemente em
decorações sepulcrais, acompanhada por um hieróglifo que significa “Dar”, bem
como em monumentos e representações da deusa Sekhet.
Era também utilizada por feiticeiros em
cerimónias e rituais de encantamento e adivinhação, e está associada à figura
do faraó.
Neste caso, surge muitas vezes adornada
com outros elementos, como vasos, que derramam água sobre a cabeça do faraó,
simbolizando o poder criador deste elemento sobre o rei.
HÉLDER GONÇALVES
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