Símbolo universal do Cristianismo, a
cruz grega tem sido especialmente utilizada ao longo da história.
É também conhecida como cruz simples,
pois tem as quatro hastes iguais, em altura e largura, inserindo-se num plano
quadrado.
Era já usada pelos gregos e romanos como
símbolo de mistério e aparece em manuscritos, cartas e diplomas de imperadores,
reis e pontífices.
É também frequente encontra-la em
contratos comerciais ou outros documentos medievais de grande importância, que
eram selados com o sinal da cruz.
Na arquitectura, foi utilizada em muitos
monumentos da antiguidade cristã e tem tido um papel importante na disposição
da planta de igrejas e catedrais, rivalizando com a cruz latina das construções
românicas e góticas.
Esta disposição em cruz grega teve
origem na magnífica arquitectura bizantina. Os primeiros exemplos foram
realizados em Constantinopla, actual Istambul (Turquia), e Ravena (Itália), de
onde se estenderam para o Ocidente.
Saint Front de Perigueux, em França, é
um excelente exemplo da utilização da planta em cruz grega e assinala a
influência da arquitectura cristã oriental.
Esta cruz tem também servido como
decoração em templos ou lugares de especial significado espiritual e religioso.
Encontram-se muitas vezes pintada,
executada em forja ou outros materiais requintados, ou ainda talhada em pedra,
adornando as cúpulas dos templos e as paredes exteriores de igrejas e
mosteiros, como sinal da esperança para o ser humano.
HÉLDER GONÇALVES
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