domingo, 7 de dezembro de 2014

Imaculada Conceição no Advento

“O encontro entre o mensageiro divino e a Virgem Imaculada passa completamente despercebido: ninguém sabe, ninguém fala sobre isso. É um evento que, se acontecesse hoje, não deixaria traços nos jornais nem nas revistas, é um mistério que se realiza em silêncio.

O que é realmente grande passa muitas vezes despercebido e o silêncio revela-se mais fecundo que a frenética agitação das nossas cidades, mas que – com as devidas proporções – se vivia também nas cidades importantes como a de Jerusalém daquela época”.

Nesse sentido o Papa Emérito Bento XVI disse que muitas vezes “a vida frenética torna-nos incapazes de parar e ouvir o silêncio em que o Senhor faz ouvir a Sua voz discreta.

Maria, no dia em que recebeu o anúncio do Anjo, estava aberta para a escuta de Deus.

Nela não há obstáculo, não existe nada que a separe de Deus.

Este é o significado do seu ser sem pecado original: do seu relacionamento com Deus é livre de falha, não há separação, não há sombra de egoísmo, mas uma perfeita harmonia: o seu pequeno coração humano está perfeitamente centralizado no coração de Deus”.

“A voz de Deus não se reconhece no barulho e na agitação”, e  “a salvação do mundo não é obra do ser humano, da ciência, da técnica, da ideologia, mas vem da Graça, que significa Amor na sua pureza e beleza, é Deus como é revelado na história da salvação narrada na Bíblia e realizada em Jesus Cristo”.

Maria Imaculada fala-nos da verdadeira alegria que se difunde no coração liberto do pecado. “O pecado traz consigo uma tristeza negativa, que induz a fechar-se em si mesmo.

A Graça traz a verdadeira alegria que não depende da posse de coisas, mas está enraizada no íntimo da pessoa”.

“Neste tempo de Advento, Maria Imaculada ensina-nos a ouvir a voz de Deus que fala no silêncio, a acolher a sua Graça que nos liberta do pecado e do egoísmo, para saborear a verdadeira alegria”.


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