“O
encontro entre o mensageiro divino e a Virgem Imaculada passa completamente
despercebido: ninguém sabe, ninguém fala sobre isso. É um evento que, se
acontecesse hoje, não deixaria traços nos jornais nem nas revistas, é um
mistério que se realiza em silêncio.
O que é
realmente grande passa muitas vezes despercebido e o silêncio revela-se mais
fecundo que a frenética agitação das nossas cidades, mas que – com as devidas
proporções – se vivia também nas cidades importantes como a de Jerusalém
daquela época”.
Nesse
sentido o Papa Emérito Bento XVI disse que muitas vezes “a vida frenética
torna-nos incapazes de parar e ouvir o silêncio em que o Senhor faz ouvir a Sua
voz discreta.
Maria, no
dia em que recebeu o anúncio do Anjo, estava aberta para a escuta de Deus.
Nela não
há obstáculo, não existe nada que a separe de Deus.
Este é o
significado do seu ser sem pecado original: do seu relacionamento com Deus é
livre de falha, não há separação, não há sombra de egoísmo, mas uma perfeita
harmonia: o seu pequeno coração humano está perfeitamente centralizado no
coração de Deus”.
“A voz de
Deus não se reconhece no barulho e na agitação”, e “a salvação do mundo não é obra do ser
humano, da ciência, da técnica, da ideologia, mas vem da Graça, que significa
Amor na sua pureza e beleza, é Deus como é revelado na história da salvação
narrada na Bíblia e realizada em Jesus Cristo”.
Maria
Imaculada fala-nos da verdadeira alegria que se difunde no coração liberto do
pecado. “O pecado traz consigo uma tristeza negativa, que induz a fechar-se em
si mesmo.
A Graça
traz a verdadeira alegria que não depende da posse de coisas, mas está
enraizada no íntimo da pessoa”.
“Neste
tempo de Advento, Maria Imaculada ensina-nos a ouvir a voz de Deus que fala no
silêncio, a acolher a sua Graça que nos liberta do pecado e do egoísmo, para
saborear a verdadeira alegria”.
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