O Advento coloca-nos
algumas perguntas.
Esperamos o quê?
O Messias? Que
Messias?
Para que homem?
Eis que Ele vem, os
profetas O anunciaram, e no entanto os que esperavam por Ele não o acolheram.
Ele está no meio dos seus e os seus não O reconhecem.
O messias que
esperamos é muitas vezes bem diferente d’Aquele que vem!
O Messias que vem ultrapassa as nossas concepções humanas, está à espreita nas
definições que Lhe damos.
Esperamos um messias de glória e de majestade…eis que Ele vem até nós como um Filho
de homem.
Esperamos um messias bem visível aos olhos de todos…Ele vem até nós sem brilho.
Esperamos um messias revolucionário…eis que vem um Messias paciente, que não
muda a história de um dia para outro.
Esperamos um messias de sacristia que se coloca ao serviço da religião…eis um Messias que irrita os fariseus e expulsa do Templo.
“És Aquele que
há-de-vir?”, pergunta João Baptista.
Falta de fé da parte do profeta?
Ou uma maneira de dizer que o Messias o surpreende na acção, na sua maneira de
exercer a missão.
João esperava talvez a vingança, a hora de Deus…algo de forte, capaz de calar
os inimigos, de acabar com o pecado.
Jesus dá como resposta
as curas e as libertações que Ele realiza.
Com isso, Ele afirma que Ele é bem o Messias esperado, porque a Boa Nova é
anunciada aos pobres, porque os doentes são curados e os mortos ressuscitam.
Eis a vingança e a
hora de Deus, que não são feitas num Deus que arrasa e triunfa, mas no anúncio
aos pequeninos, aos últimos e marginalizados deste mundo.
A vingança e a hora de
Deus não estão na morte dos inimigos, mas na vida dada aos que precisam.
É este o Messias que
esperas?
Sem comentários:
Enviar um comentário