O Rei Carlos Calvo, em 876, ofereceu á Catedral uma das mais preciosas reliquias.
Por esse motivo Uma coisa é certa: desde muito cedo Nossa Senhora foi venerada em Chartres.
A reliquia encontrava-se na igreja do palácio do imperador de Bizâncio que um dia deciciu enviá-la para Carlos Magno.
Essa túnica é a que Nossa Senhora levava no momento da Anunciação, quando concebeu o Verbo, sendo considerada como a reliquia mais pura.
Ainda esta se encontrava há poucos anos na Catedral, quando um Rei Viking Rollon, ainda pagão, veio e cercou a cidade em 911.
Um cronista do século XI narra que durante a batalha, o Bispo de Chartres subiu aos muros da fortaleza levando consigo a Túnica de Nossa Senhora como estandarte.
Os inimigos, quando avistaram a Túnica começaram a desertar em todos os sentidos e fugiram.
Mais tarde, Rollon ele próprio tornou-se cristão e apressou-se em fazer uma doação a Nossa Senhora de Chartres, cujo poder tinha experimentado.
Durante muito tempo conservou-se uma pequena faca presa por um cordão de seda ao pergaminho da doação, seguindo o simbolismo do direito bárbaro.
O documento possuía uma brevidade e uma grandeza épicas.
O doador ditou-o nos seguintes termos:
“Eu, Rollon, duque da Normandia, eu doou aos irmãos da igreja de Nossa Senhora de Chartres meu castelo em Malmaison, que eu ganhei com a minha espada e que com a minha espada eu defenderei. Que este punhal sirva de prova”.
A Santa Túnica foi a grande relíquia de Chartres. Foi sobre tudo ela que tornou célebre a catedral e que atraiu os peregrinos durante os séculos seguintes.
Hélder Gonçalves
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