domingo, 13 de janeiro de 2013

Rolando Rivi

Reconhecido o martírio do jovem seminarista Rolando Rivi.

“Um juízo pleno e unânime”. Assim os teólogos da Congregação para a Causa dos Santos reconheceram o martírio do jovem seminarista italiano, de apenas 14 anos, Rolando Rivi.

Rolando Rivi: “Estou a estudar para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus” Esta decisão abre as portas da beatificação do menino assassinado por ódio à Fé, que proclamava corajosamente vestindo sempre a sua batina.

Rolando Rivi é o primeiro dos 130 padres e seminaristas assassinados durante e após a II Guerra Mundial pelos partiggiani — movimento armado marxista de oposição ao fascismo e à ocupação alemã da Itália — cujo processo de beatificação chega à fase final. 

Resta agora o aval dos Cardeais e do Santo Padre. 

Será também o primeiro seminarista proclamado beato por martírio na história da Igreja italiana.

Segundo Dom Luigi Negri, bispo de San Marino e presidente da Comissão Amigos de Rolando Rivi, entidade que mantém todo o processo de canonização do jovem, “nesta causa está em jogo não só o reconhecimento da santidade de vida e do martírio de Rolando, mas muito do destino da Igreja, não só na Itália”

Para o bispo, a renovação da Igreja requer um “novo sangue”. “Se no corpo da Igreja circular também o sangue de Rolando Rivi, mártir simples e puríssimo assassinado por ódio à Fé com apenas 14 anos pela violência da ideologia marxista, se circular o sangue do seu testemunho de vida e do seu amor total a Jesus, nós daremos à Igreja nova energia para voltar a ser uma Igreja fiel a Cristo e apaixonada pelo homem”.

Em 1944, após a ocupação alemã do seminário em que estudava, Rivi e os seus colegas seminaristas foram mandados de volta para casa. Lá, continuou a estudar, rezando e vivendo como fazia no seu seminário. Mais: continuou a usar a sua batina, apesar da perigosa onda anti-clerical e até do conselho dos seus pais para que deixasse de fazê-lo.

Em 10 de Abril de 1945, após a Santa Missa, facilmente identificável pela sua batina, Rolando foi capturado pelos partiggiani. Permaneceu três dias nas mãos dos carrascos, sendo torturado física e moralmente. Por fim, todo ferido, ajoelhou-se para receber dois tiros… e a palma do martírio.

“Estou a estudar para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus”.

Tivesse vivido mais algumas décadas, Rivi veria outros revolucionários, desta vez infiltrados na Santa Igreja, promover o ódio e o abandono do hábito talar.

Que o seu sangue seja semente de santas e numerosas vocações (de batina!).

Senhor, dai-nos sacerdotes.
Senhor, dai-nos santos sacerdotes.
Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes.

RICARDO IGREJA


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