sábado, 21 de julho de 2012

ANGKOR WAT - Camboja

- A cidade dos deuses khmers

- Neste lugar de perfeita geometria, visível do espaço pelas suas imensas dimensões e habitado por numerosas e fascinantes divindades petrificadas, situou a cosmogonia hindu o centro do mundo.

- Património da Humanidade desde 14.12.1992.


O complexo de templos de Angkor, no Camboja, é um dos monumentos mais extensos e assustadores do mundo. Esta enorme obra arqueológica encontra-se localizada naquela que foi a capital do reino khmer nos séculos IX a XV.

É também o único que restou com importante significado religioso - inicialmente hindu, e depois como centro de peregrinações Budista - desde a sua fundação. É considerado como a maior estrutura religiosa alguma vez construída, e um dos tesouros arqueológicos mais importantes do mundo.

Em 1586, António da Madalena, um frade Capuchinho português foi um dos primeiros visitantes ocidentais a chegar a Angkor.

Em 1860, o naturalista françês Henri Mahout descobriu a cidade, que se encontrava oculta numa pura aventura que fazia.

Angkor abrange uma extensão em torno dos 200 km², embora em 2007, uma equipa imternacional de pesquisadores recorrendo a imagens de satélite e outras técnicas modernas concluiu que Angkor foi a maior cidade pré-industrial do mundo, com um elaborado sistema de infra-estrutura estimado a uma área urbana de pelo menos 3 000 km².

Para construir este enorme complexo, calcula-se que foi necessário um imenso esforço humano para erigir esta cidade santa - terão sido necessários cerca de 25.000 mil homens durante 37 anos - o que contribuiu para a queda da dinastia khmer.

O templo consta de três recintos retangulares concêntricos de altura crescente, rodeados por um lago perimetral de 3,6 km de comprimento e de uma largura de 200 m. No recinto interior erguem-se cinco torres em forma de loto, atingindo a torre central uma altura de 42 m sobre o santuário, e 67 m sobre o nível do solo.

Efígies gigantescas estão orientadas para os quatro pontos cardeais, representando Buda omnipresente e o rei khmer.

O clima húmido e a terra fértil conbinaram-se com os anos de abandono, a partir do século XV, pena é que hoje a cidade tenha desaparecido sob o verde manto da selva, para permitir que grandes árvores próprias dos trópicos crescessem sobre as ruínas, como se pode ver na imagem.

Angkor, dormiu durante quatro séculos debaixo de uma vasta vegetação e a sua restauração definitiva só se iniciou em 1987.

HÉLDER GONÇALVES

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