tinha uma luz que, naquela hora e naquele lugar,
tu não tinhas.
O seu carro avariou e, se não fosse ele,
tu terias que dormir na estrada perigosa.
Ele veio, humilde, falando mal,
mas agindo certo, com a sua luz salvadora.
Levou-o a quem podia consertar o seu carro
e devolver-lhe ao caminho.
Não fez nenhum discurso: só iluminou a sua estrada.
Tu eras o doutor e ele o iletrado e o inculto,
mas quem ficou sem luz foste tu, e não ele.
Quem ficou nas trevas foste tu, e não ele.
Quem precisou foste tu, e não ele.
A luz dele salvou-te!
Da próxima vez que achar que só tu és um iluminado
lembre-te daquele homem simples.
Ele também, na hora certa e da maneira certa, iluminou-te.
A nosso modo todos temos as nossas trevas,
e ao modo deles, os outros têm as suas luzes.
Por isso, dialogue e aprenda sempre.
Tu nunca sabes quando vais precisar da luz dos outros.
Quem acha que já tem todas as luzes que precisa,
não entendeu a vida!
Nunca seremos iluminadores se não nos deixarmos iluminar...
Ricardo Igreja
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