* RITOS INICIAIS
Cântico de Entrada
Saudação Inicial
Sacerdote: Este é o Domingo da Alegria. (IV Domingo da Quaresma, Ano C)
A alegria de Deus, quando vê regressar ao seu coração um filho.
A alegria de Deus que faz festa, por um só pecador que se arrepende.
A alegria do Pai, que festeja o regresso do filho a casa.
Neste domingo, revivemos, com alegria, a grande Festa de Deus, a do seu Filho. É ele Aquele que estava morto e voltou à vida. Celebramos na Eucaristia a Páscoa de Jesus.
Queremos reconhecer neste amor do Pai, de cada pai, do pai de cada menino, um vestígio, um sinal, uma participação humana no amor do Pai que está nos Céus. Este é um belo dia, para a Festa do «Pai-Nosso». Comecemos por nós voltarmos para Deus, nosso Pai, unindo os nossos corações, numa mesma prece ao Senhor.
* LITURGIA DA PALAVRA
Oração Colecta
Catequista: Em vésperas do dia do Pai, é maravilhoso ouvir Jesus falar-nos do Pai e do modo como o Pai que está nos céus, se porta e comporta connosco. Uma das mais belas parábolas de Jesus é a parábola de “um pai que tinha dois filhos”. Dois filhos diferentes, que são amados e chamados pelo Pai a deixar-se amar por Ele. Vamos ouvir, ver, sentir e acompanhar esta parábola do evangelho, que será encenada.
Evangelho - Encenação da parábola do Pai misericordioso (Lc.15,11-32)
Narrador: Naquele tempo, os publicanos e os pecadoresaproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si:
Fariseu 1: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles».
Fariseu 2: Olha para ele. Há aqui nesta terra tantas famílias boas, puras, e Ele foi logo escolher para companhia as piores.
Jesus (levanta-se e dirigindo-se-lhes, responde:)
- Qual é o problema. Não são os doentes que precisam de médico? Eu vim para salvar os pecadores! São eles que precisam de paz e perdão.
Fariseu 1-2: Explica-te melhor!
Jesus: Então escutai a seguinte parábola:
(Jesus sobe ao ambão e começa a narrativa):
«Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai:
Filho mais novo: Pai, dá-me a parte da herança que me toca. O Pai repartiu os bens pelos filhos;
Pai: Filho, toma o que é teu. Com ele, terás direito à tua parte. Vai e sê feliz.
Narrador: Logo depois, o filho mais novo, na posse da sua herança, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta!
Jesus: Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações.
Jesus: Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
Então, caindo em si, disse:
Filho mais Novo: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe:
Pai, pequei contra o céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores'.
Pôs-se a caminho e foi ter com o Pai.
Jesus: Ainda ele estava longe, (filho mais novo a meio da Igreja) quando o pai o viu: (o pai começa a descer as escadas lentamente, vindo ao encontro)
encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. (encontram-se o pai e o filho cruzando-se)
Disse-lhe o filho:
Filho mais novo: 'Pai, pequei contra o céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho'.
Narrador: Mas o pai disse aos servos:
Pai: Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha.
Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o.
Comamos e festejemos,
porque este meu filho estava morto e voltou à vida,
estava perdido e foi reencontrado.
Jesus: E começou a festa.
(entretanto os criados tratam do filho mais novo, de acordo com as ordens do Pai; o filho mais novo, uma vez vestido, vai sentar-se ao lado direito do Pai que está sentado na cadeira)
Jesus: Ora o filho mais velho estava no campo.
Quando regressou, (o filho mais velho aproxima-se do lado do santíssimo, espreitando por cima do ambão, desconfiado, surpreendido) ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos (na grade o filho mais velho chama um dos servos - em cochicho) e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe
Servo: O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo.
Jesus: Ele ficou ressentido e não queria entrar.
Então o pai veio cá fora instar com ele.
Mas ele respondeu ao Pai:
Filho mais velho: Há tantos anos que eu te sirvo,
sem nunca transgredir uma ordem tua,
e nunca me deste um cabrito
para fazer uma festa com os meus amigos.
E agora, quando chegou esse teu filho,
que consumiu os teus bens com mulheres de má vida,
mataste-lhe o vitelo gordo.
Pai: Filho, tu estás sempre comigo
e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos,
Porque este teu irmão estava morto e voltou à vida,
estava perdido e foi reencontrado.
* Homilia
* Oração dos fiéis – PELOS PAIS (homens)
Sacerdote: Pai-Nosso, santificado seja o vosso nome...
Pai: Que sejais louvado, ó Pai do Céu, pelos vossos filhos espalhados pelo mundo inteiro!
Oremos irmãos!
Sacerdote: Pai-Nosso, venha a nós o vosso Reino...
Pai: Que os corações de todos os homens e mulheres tenham desejos de liberdade, de amor, de paz, e de perdão.
Oremos irmãos!
Sacerdote: Pai-Nosso, seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu...
Pai: Que seja feita sempre a vossa vontade e não a nossa e que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade.
Oremos irmãos!
Sacerdote: Pai-Nosso, o Pão-nosso de cada dia nos dai hoje...
Pai: Dai-nos, o pão, fruto da terra e do trabalho do homem; dai-nos também o Pão que nos faz viver eternamente; ensinai-nos a partilhar do nosso alimento. Oremos irmãos!
Sacerdote: Pai-Nosso, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido...
Pai: Perdoai-nos e fazei de nós pessoas amáveis que constroem a amizade e a paz.
Oremos irmãos!
Sacerdote: Pai-Nosso, não nos deixeis cair em tentação!
Pai: Dai-nos força porque somos fracos. E precisamos de quem nos guie. Oremos irmãos!
Sacerdote: Pai-Nosso, livrai-nos do mal!
Pai: Dai-nos pressa e coragem para fugir do mal. Oremos irmãos!
* ENTREGA DO PAI-NOSSO
Sacerdote: «Levantar-se-ão, por ordem alfabética e por grupos, os meninos que vão receber a Oração Dominical»!
Catequista: Antes, porém, de receberdes o Pai-Nosso, deixai que vos lembre: O Pai-Nosso é chamado «Oração dominical» ou «Oração do Senhor». Tal «significa que a prece dirigida ao Pai-Nosso nos foi ensinada e transmitida pelo Senhor Jesus. «As primeiras comunidades cristãs rezavam a Oração do Senhor "três vezes por dia"» (CIC 2767). Serão agora os vossos pais, que vos trouxeram ao Baptismo, que vos entregarão a Oração do Pai-Nosso, que receberão das mãos do pároco.
Sacerdote: Um dia os amigos de Jesus pediram-lhe que os ensinasse a rxar. E Jesus ensinou-lhes uma oração breve, dirigida ao Pai do Céu, que continua a ser hoje a melhor oração dos cristãos. Vós já conheceis essa oração e decerto estais dispostos a continuar a rezá-la cada vez com mais dedicação. Dizei-me pois:
Sacerdote: Quereis receber o Pai-Nosso, a Oração que Jesus nos ensinou?
Crianças: Sim, quero.
Sacerdote: Quereis guardá-lo no vosso coração, como se guarda um tesouro precioso e rezá-lo e vivê-lo todos os dias, com entusiasmo e alegria?
Crianças: Sim, quero.
Sacerdote: Então recebei o Pai-Nosso; rezai-o sempre como sinal de amor ao Pai do Céu.
Crianças: Ámen.
Sacerdote: O pai de cada menino ou aquele que o representar, ao passar junto de São José, toca-o com as mãos, pedindo-lhe a bênção…
(O Pároco, entregando aos pais a cartolina do Pai-Nosso, dirige-se a cada criança pelo nome, com estas palavras):
Sacerdote: Nome, Recebe (do teu Pai) o Pai Nosso.
Reza-o todos os dias em sinal de Amor ao Pai do Céu!
Criança responde: Assim quero! Sou filho (a) de Deus!
Cântico durante a Entrega do Pai-Nosso:
Pai-nosso em ti cremos,
pai-nosso te oferecemos,
Pai-nosso, nossas mãos de irmãos…
* LITURGIA EUCARÍSTICA
* Ofertório
Cântico:
Tudo vos damos em clara oferta
de criaturas ao Criador.
As mãos erguidas, a alma aberta,
ao Sol divino, Senhor, Senhor.
* Santo
Ritos da Comunhão
Antes do Pai-Nosso:
Sacerdote: Nesta Festa dedicada a Deus Pai, como não havemos de pensar no Pai de cada um de nós? De facto, toda a paternidade provém de Deus Pai! E ninguém é tão Pai, como Deus! Antes de rezarmos a Deus Pai, vamos imaginar como «rezará o Pai do Céu quando olha para nós e pensa em nós»… Para isso, as catequistas de cada grupo, irão receber o «Pai-Nosso de Deus» e entregar às crianças. Depois cada menino irá entregar esta Oração a seu Pai (ou àquele que aqui o representar).
Entrega do «Pai-Nosso de Deus» aos pais
Cântico durante a entrega:
Pais recitam a oração, colocando sobre o ombro direito do filho a mão direita:
“Filho meu,
que estás na terra.
preocupado, tentado, solitário,
eu conheço perfeitamente o teu nome
e o pronuncio como que santificando-o,
porque te amo.
Não, não estás só, mas habitado por Mim,
e juntos construímos este reino
de que irás ser o herdeiro.
Alegra-me que faças a minha vontade
porque a minha vontade é que tu sejas feliz
já que a glória de Deus é o homem vivo.
Conta sempre comigo
e terás o pão para hoje, não te preocupes,
só te peço que saibas repartir com o teu irmão.
Sabes que perdoo todas as tuas ofensas,
antes mesmo de tu as cometeres,
por isso peço-te que faças o mesmo
àqueles que te ofendem a ti.
Para que nunca caias em tentação,
segura firme na minha mão
e Eu te livrarei do mal,
pobre e querido filho meu”.
Pai-Nosso cantado
Cântico de Comunhão:
Como o Senhor nos amou,
jamais alguém pode amar.
Pelo caminho da justiça,
nos ensina a caminhar!
Quando estamos reunidos
e partilhamos o seu Pão
Ele nos dá o seu amor
e a sua Paz.
É o meu corpo, tomai e comei.
É o meu Sangue, tomai e bebei,
porque Eu sou a Vida, porque Eu sou o Amor,
ó Senhor faz-nos viver no teu amor!
Acção de Graças:
Criança:
Sei uma Palavra,
pequena que me protege e serena.
Serena palavra: Pai!
Para onde vou, Ele vai.
Alegra o meu coração.
Põe na minha a sua mão.
Para onde vou, Ele vai.
Serena palavra: Pai!
O meu Pai Também é teu:
Pai-Nosso que estás no Céu!
* RITOS FINAIS
Agradecimentos
Bênção e Despedida
Cântico Final
F I M
A linguagem da fé vai, assim, alimentar-se na experiência humana dos progenitores, que são, de certo modo, os primeiros representantes de Deus para o homem.
Mas esta experiência diz também que os progenitores humanos são falíveis e podem desfigurar a face da paternidade e da maternidade.
Convém, então, lembrar que Deus transcende a distinção humana dos sexos. Não é homem nem mulher: é Deus. Transcende também a paternidade e a maternidade humanas (Sal.27,10), sem deixar de ser de ambas a origem e a medida (Ef.3,14-15; Is.49,5): ninguém é Pai como Deus.
Cf. Cat. Ig. Cat. 239
HÉLDER GONÇALVES
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